Between Bears

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Point of View of Thomas O'Brien

Lydia me guia até a suíte principal do iate. Ao menor sinal da ruiva fechar a porta, saco desesperadamente meu celular do bolso e peço socorro para Malia. Agora são dez da manhã em Sitka, diferença que onze horas no fuso, ela deve estar na faculdade ou na academia de boxe.

TOM: SOCORRO, PRECISO DA SUA AJUDA!

MALA SEM ALÇA: O que aconteceu, abestado? Como estão as coisas aí? Em que minha humilde pessoa pode ajuda-lo?

TOM: Preciso de um milhão pra ontem.

MALA SEM ALÇA: E vou cagar esse dinheiro da onde, Tom? O que você fez com a grana que a gente tinha?

TOM: Peça para Gally entrar em contato com o Sr. Ambrose e peça que ele venda minha cobertura em Nova Iorque, esse cara queria comprar ela mês passado, ainda deve estar interessado. Ela vale mais de 80 milhões.

MALA SEM ALÇA: Vou perguntar novamente, dissimulado, o que você fez com os três milhões que conseguimos para o plano.

TOM: EU COMPREI SEU IRMÃO :)

MALA SEM ALÇA: VO-CÊ O QUE THO-MAS O-BRI-EN? O QUE? VOCÊ O QUE PORRA? THOMAS PELO AMOR DE DEUS...

Não passa nem dez segundos até meu celular acusar alucinado uma chamada de Sitka com o número de Malia Sangster no visor.

- Não grite! – peço falando baixinho, com medo que alguém nos escute.

- Tom, você... – ela gagueja emocionada – Você encontrou o Pudim?

- Encontrei, um filho da puta leiloou seu irmão hoje.

- Meu irmão foi o que? Como ele está? Quero falar com ele? Ele está bem? Alguém machucou ele? Quanto você pagou? Onde você está? Ele está feliz em te ver? Ele lembra da nossa casa? Manda uma foto dele! Ele ainda é loiro? É forte como eu? Está alto ou baixo? Perdeu o sotaque britânico? Ainda gosta de comer pudim? – a maluca pergunta sem parar para respirar do outro lado da linha.

Ouço um barulho no corredor.

- Malia, eu preciso do dinheiro até amanhã na minha conta. Depois respondo suas perguntas, eu preciso desligar, eles estão chegando! – digo e finalizo a ligação na cara dela, desligando posteriormente meu celular para não ser incomodado pela Malia raivosa e ansiosa.

Corro até uma poltrona de couro no canto do quarto e esparramo meu corpo, tomando uma pose como se estivesse super tranquilo e de boa com a vida. Ben Sheffield dá algumas batidas na porta e então finalmente entra carregando meu melhor amigo no colo. Ben sorri fraco para mim, Derek Hale está logo atrás dele de olho, fazendo marcação serrada.

- Pode deixar o garoto na cama, por favor! – digo grosso e indiferente, voltando a ser Stiles nessa droga de jogo.

Sheffield relaxa o corpo do loirinho sobre os lençóis e saí junto com Hale, batendo a porta. Corro automaticamente até ela e giro o trinco, trancando meu melhor amigo e eu na suíte. Giro rapidamente a avanço afoito até a cama, saltando sobre Newt.

- Ahhhh, puta merdaaaaaaa! Você está vivooooooo, caralhoooo! – tomo seu corpo frágil e mole em meus braços, dando o abraço mais apertado que alguém já recebeu de mim em toda minha vida.

Ele não corresponde, seus braços estão enfraquecidos, como toda sua estrutura. Newt geme baixinho, esforçando-se para abrir os olhos e acompanhar a cena tentando escapar da viagem alucinante que deve ser ter heroína pulsando em suas veias. Tomo sua nuca com a mão, segurando-a carinhosamente, finalmente vendo seu rosto perfeito a centímetros dos meus.

Newt finalmente abre os olhos, olhos de chocolate, castanhos, olhos tão lindos e tristes, contrastantes com toda a minha euforia e felicidade.

- Eu senti sua falta... – sussurro quando a primeira lágrima escorre dos meus olhos, molhando seu rosto febril. – Agora você precisa dormir e descansar, meu loirinho. – beijo sua testa, repousando sua cabeça sobre o travesseiro macio. – Durma tranquilo, estarei acordado guardando seu sono, como quando fomos acampar no meio da floresta do quintal de casa, você se lembra, Newt?

Mantenho um monólogo com ele, deitando ao seu lado.

- Você achou que um urso da montanha ia aparecer a qualquer momento e não soltou meu pescoço, acreditando piamente que eu seria capaz de mata-lo com minha lanterna caso ele aparecesse.

Digo sorrindo, voltando meu rosto para o loiro. Newt está acordado, porém estático, tem seu olhar frio e distante hora nos meus olhos, hora em minha boca.

- Aí a louca da Malia sacou que você estava com medo e saiu da barraca dela com a Kira, as duas enroladas naquele cobertor fedido marrom que elas arrastavam por todos os cantos. Elas passaram a arranhar o nylon da nossa barraca, rosnando e esfregando o tecido. Você escondeu sua cabeça dentro da minha camisa do pijama e passou a chorar desesperado, enquanto eu não sabia se ria junto com elas ou te protegia.

Newt tem a respiração fraca e suave, posso sentir a quentura dela tocando minha pele devido a nossa proximidade na cama, ele não desvia o olhar de mim, pisca algumas vezes bem devagar, mas não para de me olhar.

- Eu fiz o que você queria. Sentei a lanterna na cabeça delas e salvei a noite. Você se lembra disso, Pudim? – questiono esperançoso que a qualquer momento esse garoto abre a boca, que sua viagem passe e ele caia na real, mal posso esperar para ver sua reação diante disso tudo.

O loirinho não me responde, isso me frustra um pouco, no entanto sei que no fundo ele se lembra desse dia, está apenas drogado como um marginal, preso numa trip qualquer. Para meu espanto, Newt remexe o corpo devagar e ergue sua mão até meu rosto, ele o toca com as pontinhas frias dos seus dedos, pontinhas curiosas, apalpando e sentindo minhas bochechas rosadas como as suas.

Percebo sua boca entre aberta, como se ele desejasse dizer algo, mas nenhum som sai de dentro dela, sai algo muito melhor, sai algo divinamente maravilhoso, como se fosse o grande prêmio da noite. É isso que me derruba e me parte ao meio, porque enquanto seus lábios moldam um sorriso casto, mesmo que muito pequeno e preguiçoso, dos seus olhos escorrem uma lágrima densa, carregada de sofrimento.

E em momento algum ele desviou os olhos cansados de mim...

- Isso vai acabar logo. Eu prometo pra você. – digo limpando a água com meu polegar, incapaz de encará-lo.

Corro dele.

Não é medo, nem frescura.

Corro dele para poder me trancar no banheiro e chorar sozinho, descarregar tudo que está entalado na minha garganta, pois não quero de jeito algum que ele me veja assim, totalmente fraco e quebrável. Preciso ser forte, sou a força que ele necessita para sair desse lugar, não posso simplesmente ficar sensível, sem minhas defesas, sem os muros que precisei construir para chegar até aqui e tê-lo pra mim.

Preciso que o Thomas O'Brien do dia do acampamento na floresta anos atrás volte, pois Newt ainda tem medo de ursos e por aqui pelo visto teremos a companhia de um monte deles. 


// amanhã a gente volta com a... bomba??? hihihihi

REMEMBER ME - Newtmas FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora