Eeny, Meeny, Miney, Mo!

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Point of View of A.D.Janson

Duas horas e pouco rodando pelo interior da Ucrania atrás do sinal do rastreador de Benjamin e sinto-me cada vez mais vivo, cada vez mais perto de ensinar uma lição a esse garoto audacioso e ridículo. Quem Sheffield pensa que é para fugir assim de mim depois de tudo que fiz por ele?

Eu enxerguei o potencial desse cretino desde cedo, privei ele de uma vida dura e sofrida como meus garotos e garotas, dei a ele a chance de crescer ao meu lado, ter uma certa liberdade e regalias se fosse fiel a mim. Agora isso? Me fazer sair no meio da madrugada atrás dele? Isso pra mim é o fim da nossa relação. Vou ensinar uma lição a este garoto e a todos os outros que pensam que podem me passar para trás.

Adentramos em uma pequena cidade, que dorme pacata pela noite fria e chuvosa, Derek dirige seguindo o sinal, a poucos minutos de nós.

- Acho que o garoto está naquele hotel ali. – Hale estaciona o carro a uma distância segura, onde me permite analisar o local.

É um hotel velho, caindo aos pedaços. Me questiono como Sheffield conseguiu dinheiro para bancar sua estadia, já que não recebe um puto do meu bolso, além de casa, comida e roupa lavada. Observo a cena, estudando como proceder. Noto cinco portas viradas para o estacionamento, apenas duas janelas tem as luzes acesas. Decido sair do carro e seguir o rastreador, até que ele me leva para a última porta do corredor, com a luz apagada.

Faço um sinal com a cabeça para que Hale invada o quarto na frente, já em posse da sua arma e eu com a minha. O capanga soca o pé no meio da madeira, partindo-a ao meio, invade o quarto com fúria, em busca da minha presa.

Ao adentrar a primeira coisa que faço é ascender a luz, a segunda é procurar pela alma de Sheffield pelo recinto velho e mal cheiroso.

- O banheiro. – digo para Derek.

- Aqui está limpo! – ele diz com uma cara de tacho, tão ou mais decepcionada que a minha.

Volto minha atenção ao quarto todo revirado e com algumas coisas que foram deixadas para trás. Além de uma calcinha, que levo instantaneamente até meu nariz tentando reconhecer a dona daquele cheiro, encontro o celular que o filho de uma puta deixou para trás. Há também um par de meias largado no chão, próximo ao cobertor. Noto as iniciais B.S escritas com caneta preta para tecido. B.S só pode ser a porra da Brenda Salazar, a vadia que fugiu dias atrás.

- Isso só pode ser brincadeira desses filhos da puta! – dou um soco na parede, possuído em ódio.

Pego o aparelho sobre a cama, vou logo checando as últimas ligações que ele efetuou ou recebeu. Encontro duas efetuadas para um numero desconhecido, que anoto no bloco de notas do meu celular. O restante é o número da minha sala no Maison. Quando checo as últimas mensagens recebidas, encontro o número de Parrish com uma ligação feita um pouco depois que eu e Derek saímos de Kiev.

REMEMBER ME - Newtmas FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora