Newton Brodie-Sangster, ou Pudim para os íntimos, visto pela última vez no dia 09/12/2006, durante as férias da família em Londres. Ele tinha apenas 8 anos quando desapareceu.
Sonya McNamara, vista pela última vez dia 17/08/2001 durante um passeio...
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Point of View of A.D.Janson
Essa é a melhor notícia que tenho em anos. Meu precioso está acordado, sem sequela alguma e do meu lado, sorrindo mesmo que seja bem fraco em resposta. Reviro meus olhos ao perceber o médico velho roncando na poltrona ao invés de ser pago para fazer o que pedi.
- Como se sente? – pergunto ao loirinho e lanço um olhar para que Blue saia do quarto, deixando-nos em paz.
- Eu estou bem. – ele responde envergonhado, mordendo os lábios de uma forma inocente, é a maneira que ele me domina por inteiro.
- Vou pedir para este inútil cuidar de você!
Levanto da beirada da cama e sigo até o animal deitado, acordando-o com um solavanco. O médico assusta e logo pede perdão por estar dormindo em serviço. Faço um gesto até onde Newt encontra-se deitado, o homem ergue a sobrancelha, talvez espantando por ver o garoto bem e estável a sua frente.
- Faça tudo que estiver ao seu alcance para cuidar dele e liberá-lo logo dessa droga de cama. Quero ele no meu quarto ainda hoje se possível. – ordeno.
Newt me fita com um brilho no olhar, algo diferente de tudo que já vi. Não sei se isso é bom ou ruim, não tenho ideia do que se passa dentro da cabeça dele. Nós precisamos conversar, mas isso deve ser feito em sigilo e de preferencia na minha suíte. Passo longos minutos apenas sentado na poltrona sorvendo os cuidados que o médico tem com meu garoto. Ele toma nota de uma porção de perguntas, faz alguns testes de reflexo, testa tudo que está ao seu alcance para liberar o garoto da máquina que o prende a cama. Retira as ventosas pelo corpo de Sugar, desligando o aparelho, em seguida retira a sonda, ganhando uma careta adorável do loirinho sobre a cama. Ele resmunga algo gracioso quando o médico puxa o cateter e eu posso imaginar o motivo.
- Você vai demorar para ter firmeza nas pernas por ter ficado alguns dias deitado, o ideal seria voltar a caminhar aos poucos, com a ajuda de um apoio.
- Eu o ajudo. – digo para o doutor.
Com o auxílio do velho ele senta na cama lentamente, então eu paro na sua frente, ajudando-o a ficar em pé. Noto Newt titubear ao ter que segurar na minha mão para manter-se erguido, ele voltou a ter medo de mim e isso é uma coisa positiva, ao menos não agirá mais como o animal que me feriu no rosto dias atrás. Ele dá alguns passos e fraqueja, sendo amparado pelos meus braços.
- Eu... Eu não consigo... – bufa frustrado, encolhendo-se em meus braços.
- Vou te ajudar.
Quem pensou que ia erguer o tronco dele e esperar completar cem anos até que ele se mexa de verdade, errou feio, sou desprovido de paciência. Agarro logo o garoto pela cintura e o jogo em meu colo, tomando o rumo diretamente até minha suíte.
