Capítulo 5 - Os quatro elementos

4 1 0
                                    


Base militar russa, 12km Noroeste de Moscou.

     Jean Hill não era só um estudate de diplomacia na Rússia. Estava ligado a um grupo acadêmico, que pretendia montar um documentário sobre os mistérios militares russos. Para isso implantaram escutas em soldados, carros militares e localidades de bases militares russas. Testavam equipamentos de espionagem criados por estudantes da universidade, que faziam parte desse mesmo grupo. A uma semana atrás, um militar russo detectou uma escuta movel, controlada por controle remoto de curta distancia. Um militar ativou o alerta de segurança anti espionagem. Varias viaturas e a força especial, montaram um cerco na região. Identificaram e prenderam o estudante graças a moradores da região que viram o rapaz correndo. Prenderam o rapaz, e usaram métodos de tortura até que ele entregou toda o grupo que o ajudava. Encontraram jean em seu apartamento com recortes de jornais, maquetes e um roteiro de investigação.
     Uma sala fechada com uma cama de pedra, um sanitário e uma pia. Jean estava de jeans, descalço e com uma camisa social, suja e amassada. Já haviam cinco dias que ele estava encarcerado naquela solitário. Não tinha informações do mundo exterior e não sabia dos seus amigos que também foram pegos. Dois guardas entraram na sala, jean tentou se aproximar pedindo seus direito. Mas o empurraram violentamente para o canto da sala. Um terceiro homem mais baixo e careca entrou logo de pois e fecharam a porta.
- Eu sei dos meus diretos. Nao podem fazer isso comigo.- Falou Jean com seu russo ruim.
- Você não tem mais direitos nenhum.- Falou o careca com a voz grave e carregada.- Fale o que queremos saber.
- Eu já disse tudo. Somos apenas estudantes. 
     O homem pegou jean pelos cabelos o pôs com o rosto para a privada.- Quem são os seus contatos? Pra quem você trabalha? Quais informações você passou?- O homem perguntou com uma voz estridente e quase gutural. E bateu a cara de Jean contra a privada e ele caiu de cara no chão. O careca se afastou e um dos outros o agarrou e o pôs de pé. Depois deu um soco no rosto, e jean caiu novamente.
- Fale!! - Gritou o homem mais uma vez impaciente.
- Não temos nada!! Somos acadêmicos.- Jean expressou seu pânico e aflição. Mas por gestos que palavras.
- Tragam! - Falou o careca aos outros dois. Que trouxeram o amigo de Jean, responsável pela mecânica dos equipamentos, o outro homem trouxe uma cadeira e o amarraram. Trouxeram um balde dágua e um aparelho ligado a uma bateria. Aqueceram o aparelho e deram enumeras cargas de choque no amigo de Jean, que ja não aguentava mais e ja quase desfalecendo, Jean gritou:
- Eu falo!
     Os homens pararam. Havia uma tensão indescritível. E Jean falou:
- Tudo bem.- Quase sem fôlego de tanto pavor.- Tem um contato na america. Enviei uma mensagem falando sobre a responsabilidade de vocês no atentado na Alemanha. O homem careca deu um sorriso sarcástico. Retirou a pistola do coldre e desferiu um tiro contra a cabeça do amigo de Jean.

                            ......

     O dia amanheceu, mas a noite havia sido longa, Elisa conseguiu se sentir segura. Seus pensamentos só a perturbavam quanto a incerteza do que estaria por vir. A dor e o sofrimento de familias inteiras destruídas, aldeias arrasadas. A destruição em Flea era indescritível. Duas servas entraram em seu quarto para lembra-la de ir ao templo. Elisa a cada dia que acordava, se lembrava mais do seu mundo. E era tudo muito estranho. Ela se levantou, as servas ajudaram-na a se vestir, puseram um vestido branco poposo. Ela estava deslumbrante. O príncipe Haniel a cumprimentou no corredor, se maravilhou com tamanha beleza, e seguiu na frente, numa porta mais a frente saiu Baltazar, o rato, com roupão real feito sob medida.
- Bom dia meu amigo. Você esta muito bem.
- Obrigado pequena guardiã. Digo pequena, não semanticamente. Mas de uma forma a expressar meu carinho.
     Elisa riu.- O que tem feito meu amigo?
- Alem de desfrutar das magnificas acomodações? Ja viu maravilha maior que o queijo de Gaulle. Com certeza é um presente da deusa. Você viu a biblioteca do palácio? Nunca havia visto nada igual.
- Não sabia que gostava de livros.
- Para andar entre os homens, um ser tão pequeno precisa exercitar a mente. Você sabia que a guerra contra os dragões durou 50 anos? Houve uma revolta e eles se libertaram do domínio dos homens, se juntaram com os homens repteis e habitaram um terra que hoje se chama Draconia.
- Realmente tem lido bastante.
- De fato minha cara.
     Uma carruagem branca esperava Elisa nos portões do castelo. Eles seguiram pelos portões frontais pela ponte ao exterior do castelo quando ouviu alguem gritando seu nome. Era a princesa Selena.
- Quase não te alcanço.- A princesa falou e foi subindo na carruagem. - Como passou a noite.
- Pensei bastante. Muita coisa para ser digerida.
- Realmente parece uma grande responsabilidade.
     A cidade de Lienór estava movimentada, era feira. Comerciante de diversas localidades comercializavam especiarias, tapeçarias, artesanatos. Algumas ruas depois, uma grande escadaria, um templo gigantesco, rodeados por enormes pilastras. Eles subiram, várias pessoas se concentravam em volta, nas escadarias, a baixo e em cima. Entraram por portas gigantes. O sumo sacerdote ja estava posicionando as pedras elementais. Cada uma com uma cor e um simbolo representando os quatro elemento. Começaram um hino a deusa.
- Quem é a deusa matriarca?
     Selena ficou surpresa.- Você não sabe? Foi quem criou o nosso mundo. A mãe de todas as coisas. Quando ela terminou de criar nosso mundo, era simples, mas ja havia a magia principal. Com o passar do tempo vieram outros deuses criados por ela e continuaram sua obra. Acreditamos que você seja a descendente da deusa. Assim como os outros guardiões que vieram antes de você.
- Então com certeza eu deveria saber disso. Talvez seja culpa da minha amnésia.
     Nesse momento o Sumo sacerdote dizia:
- Foram dias de trevas. O mal invadiu o nosso mundo. Mas eis que veio a nossa salvadora. A que livrará nosso mundo das trevas, e trará de volta a paz. Por favor guardiã venha até aqui nos prestigiar com sua presença.- Elisa foi até a frente vendo aquela multidão.- Eis a nossa salvadora.
     Uma multidão começou a se aproximar, subindo as escadas do altar. Varias pessoas mutiladas, deformadas. O sumo sacerdote pegou as mãos de Elisa e pôs sobre as feridas de uma mulher com a pele cancerosa da radiação.
- Está escrito que os guardiões podem tudo.- Falou o sumo sacerdote.
     Elisa fechou os olhos e a moça foi curada. A pele ficou limpa. As pessoas se maravilharam e vieram se aproximando. Varias pessoas foram curadas, "foi um milagre." Elas diziam. Foram muitas pessoas curadas, ao ponto de o rei usar a força para dispersar a população. Por que a guardiã precisa focar em coisas maiores primeiro. Quando a multidão foi contida, fecharam as portas do templo, ficando só as pessoas mais influentes selecionadas.
- Guardiã Elisa.- Falou o sumo sacerdote na presença da elite de Lienór.- estas são as pedras elementais. Através dos quatro elementos, conhecidos como "arche", todas as coisas foram criadas. A agua como elemento básico, o fogo para transformação, a terra da qual foi criada todas as coisas e onde morre todas as coisas e as plantas, responsáveis pela manutenção da vida.-
     O sacerdote pegou as mãos de Elisa.- Faça brotar fogo das suas mãos.
- Você consegue.- Disse Selena.
- Acredite.- Falou Haniel.- Use a imaginação.
     Mas nada aconteceu. Mesmo com diversas tentativas. Nada. Dispensaram Elisa para que ela descansasse. E o rei que observava calado, ordenou que se reunisse novamente o conselho. 
   

Guardiões entre mundos [RASCUNHO]Onde histórias criam vida. Descubra agora