Capítulo 3 - A Esfinge

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O pipoqueiro ouviu um rugido e saiu do chalé

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O pipoqueiro ouviu um rugido e saiu do chalé. Logo atrás, vieram Elisa e Baltazar. Mais uma vez um rugido que vinha do céus cobrindo o sol. Tremeu o chão quando pousou a esfinge. Um animal parte mulher e parte leão alado.
- Saudações do reino de Lienór. O rei Alésia pede encarecidamente a presença da Jovem guardiã. Ele pede que viajem imediatamente sob minha proteção.
     O sábio pipoqueiro se adiantou:
- Estávamos esperando por você.
     Elisa olho para o sábio, que assentiu com a cabeça.
- É seguro minha jovem Elisa. Lá você estará sob proteção. Elisa concordou e se aproximou da esfinge, que se abaixou para que a menina subisse em suas costas. Seu fiel escudeiro Baltazar a acompanhou.
- Você não vem? - Perguntou Elisa ao sábio.
- Não posso querida. Preciso ficar aqui.
     A esfinge pediu licença  ao sábio, perguntou se haviam segurado firme e saltou no ar batendo suas imensas asas. Aos poucos podia-se ver todo o reino. O castelo dominado de Flea estava sob sombras negras que o envolvia. Toda a vegetação estava morta. As arvores secas, e uma grande devastação assolava o reino.

                          .....

    Uma das coisa que Ario mais gostava era correr pelos jardins do palácio. Quando não o fazia, brincava de se esconder com os gnomos do reino ou perambulava pelas passagens secretas do castelo. Sempre sob a vigilância de uma coruja das torres. Uma coruja com um piar agudo e estridente que anuncia caso haja algum perigo. Cada um dos filhos do rei possui uma com um piar diferente. Então são três corujas. Quanto mais jovem o filho for, mas agudo é o piar. Quando Ario corria pelo bosque, seu irmão Haniel veio com seu cavalo rajado.
- Te procurei por toda parte. Ta na hora do treinamento. - Falou o mais velho.
- Esses treinamentos são inúteis. Nós ja temos guerreiro que nos defendam.- Retrucou Ario.
- Esse pensamento é tão pequeno quanto você seu pirralho.
     Ario. Fingiu que ia subir no cavalo, passou por baixo do animal e correu pelo bosque. Haniel ordenou o cavalo que corresse, o animal com sua incrível tração acelerou, Haniel deitou-se no cavalo, puxou Ario por trás da camisa e o pôs na garupa. Rumaram para casa a largos galopes. Ao chegarem, um soldados os interceptaram:
- Vossa alteza. O rei solicita sua presença na sala de reuniões.
- Obrigado. Pegue esse garoto e o leve para o campo de treino. Nao importa o que ele faça ou diga. Isso é uma ordem.- Haniel conhecia muito bem as travessuras do irmão pequeno.
     O príncipe subiu as escadarias do palácio até a sala de reuniões. E na grande mesa, estavam reunidos. Seu pai o rei Alésio, a rainha Tertuliana, o general Killian, O sumo sacerdote e o conselheiro do rei.
- Alguardavamos sua presença meu filho. Fomos informados do ataque a uma de nossas aldeias. Não vai demorar muito até que as hordas cheguem até nós. Mas como já sabemos, gracas a deusa Matriarca, receberemos uma guardiã em nosso apoio.
- Só aguardamos a chegada dela para iniciarmis os preparativos do nosso ataque alteza.- Disse o general.- quanto mais demorarmos, mais o exercito inimigo irá crescer.
- Nos relataram que o fogo azul da vida aos mortos e esse exercito esta aumentando cada vez mais. E não são só humanos, animais e outras criaturas.- falou o sumo sacerdote.
- Não podemos pôr a guardiã em risco.- Falou o príncipe.- Ela é nosso maior trunfo.
- Com certeza não podemos.- Falou o sumo sacerdote.- O poder da guardiã é maior do que imaginam. Não contavamos com sua presença. Agora o jogo muda. Precisamos descobrir o que ela pode fazer.
     Nesse momento entrou um soltado magro de uns dois metros e meio de altura.
- Com licença. Mas a esfinge chegou com alguem. Diz ser urgente.
- Obrigado soldado. Pode ir agora.- Falou o rei.- Haniel! Reúna todos os principes na sala do trono.
     O rei subiu com o restante e se reuniu próximo ao trono. Todos estavam de pé, lado a lado em forma de respeito, esperavam a tão esperada. Logo se reuniram os príncipes, o conselho, os sacerdotes e comandantes de batalha para recepcionar a guardiã. Não falavam, estavam mudos. Exceto pelo príncipe Ario que cochichava e puxava o manto do rei, perguntando quando ela ia chegar. 
     A porta se abriu e entrou a esfinge, que passou apertada na porta que ja era enorme. Depois entrou Baltazar, o rato anunciando:
- Anuncio-vos a tão esperada. Herdeira de poderes divinos, a abençoada, a esperança...
- Não precisa de nada disso Balt.- Falou Elisa que se assustou com a quantidade de pessoas que a esperava. Todos na sala a olharam sem dizer uma palavra. Haniel falou baixinho: "Ela é bem jovem." O rei concordou baixinho, meio desconcertado. Tertuliana cutucou o rei que se adiantou:
- Então! Seja bem vinda jovem guardiã.
- Obrigada.- Falou Elisa sem graça.
     O rei apresentou todos na sala, que a cumprimentaram. Então o rei falou:
- Princesa Selene. Por que não acompanha nossa guardiã para que descanse um pouco?
- Claro meu pai.
     A princesa Selene pediu que a acompanhasse, as duas saíram pelo corredor e Baltazar correndo atrás. 
- Bonitos cabelos. É uma moda no seu país, cortalos curtos?- Perguntou Selene.
- Ah. De certa forma, posso dizer que sim.
- De onde voce veio mesmo?
- Não sei como te explicar. Mas ate pouco tempo nem eu mesma lembrava, aos poucos minha mente foi clareando. Só não me lembro como cheguei aqui.
- Dizem que os guardiões têm uma marca no pescoço, posso ver?
- Ah sim. Mas não sei bem. Só sei que tenho de nascença.
Elisa puxou a gola da camisa e mostrou um forma que parecia um "f".
- As pessoas me olharam com espanto.- Comentou Elisa.
- Não se preocupe. Acho que não esperavam alguem tão jovem. Mas esperem ate verem seus poderes.
- Bom. Sobre isso, eu não sei se tenho algum poder.
Selena riu baixo.- A claro. Tudo bem.
    Logo entraram por uma porta onde havia uma piscina de pedra, com aguas perfumadas.
- Desculpe pequeno cavalheiro.- Falou a princesa com o rato e fechou a porta, deixando-o de fora. O cheiro era muito bom. Havia incenso, pétalas de rosa, óleos de cheiro e duas criadas. Selena começou se despir em sua frente. Os peitos eram brancos, um pouco bronzeado, do tamanho do arco de uma mão. As auréolas rosadas. A barriga lisa e magra. Mais abaixo pareciam pétalas de rosas prestes a desabrochar. Elisa a olhou desconcertada enquanto ela entrava na agua sorrindo. Chamou Elisa, que hesitou em tirar as roupas alí. Mas sem ter escolha, abriu a camisa xadrez e a Camus branca. Tirou a calça e os sapatos. Ficou só de calcinha e sutiã ao entrar na agua. A princesa começou a rir.
- Não precisa ter vergonha. Esse é um costume comum nosso. Deixe-me ajuda-la.
     Selena veio por trás e retirou o sutiã de Elisa. Abaixou e retirou também a parte de baixo. Pôs um óleo nas mãos e começou massagear as costas de Elisa que ficou toda desconcertada. Seu coração disparou de nervoso. Então Selena sorriu ao mergulhar e nadar pela piscina.

Guardiões entre mundos [RASCUNHO]Onde histórias criam vida. Descubra agora