Foi feita uma seleção entre os soldados mais experientes e selecionados 30 guerreiros para a missão de acompanhar Elisa até a montanha dos gigantes. Mais o principe Haniel, O general Killian, Baltazar, o comandante do navio Beiruque, algumas servas para cuidar da guardiã e um sacerdote, um rapaz jovem de cabelos castanhos curtos. E mais a esfinge que acompanharia o Fogo Negro. Ao chegar próximo ao transporte que o conduziriam, Elisa ficou surpresa com a magnitude. Era um grande navio, com um balão enorme, como um dirigível, apelidado de Fogo Negro. Estava preso a cordas numa base com argolas de ferro, fixas no concreto ao lado de um grande penhasco. Os suprimentos ja estavam no navio. Os tripulantes se preparavam para embarcar, quando um mensageiro veio de encontro ao general killian. Sua expressão não era nada boa. O general pediu que o príncipe apenas o acompanhasse, Haniel e o general pegaram cavalos e seguiram ao palácio.
- O que será que aconteceu? - Perguntou Elisa para uma serva.
- Não sei. Mas parecia urgente.
......Os dois cavalos deixavam o rastro de poeira para trás. O príncipe apenas sabia da urgência. Ao chegarem, estavam uma multidão. Alguns em prantos, como a rainha Tertuliana, que chorava próximo ao corpo do filho deitado numa cama móvel, coberto por um pano. Haniel saltou do cavalo e se aproximou correndo. Se ajoelhou próximo ao corpo e retirou o pano do rosto do irmão. Estava pálido, ele repuxou mais um pouco, um grande buraco no peito, era macabro.
- Nãaao! - Gritou haniel. E chorou sobre o corpo do irmão. Os murmúrios entre as pessoas era grande. "O que será que fez isso? Será que foi algum animal?". As pessoas tentavam supor o que teria acontecido. O rei mantinha a postura apesar do sofrimento, precisava manter o controle da situação. A rainha se levantou e abraçou o rei.
- Mataram nosso menino. Ele era tão inocente. - Falou a rainha.
Elisa chegou voando na esfinge.
- Pela deusa! Mataram o príncipe.- Falou a esfinge. Quando Elisa viu, um remorso tomou conta, ela caiu no chão de joelhos. Seu pesar foi maior que a tristeza ao ver uma criança morta, ou alguem que ela acabara de conhecer. Foi uma dor no coração.
- Quem será que fez isso?- Perguntou Elisa angustiada.
- Suspeito da feitiçeira, por tamanha crueldade. - Falou a esfinge.- Sua coruja da torre não está aqui. Essa é a missão de suas vidas. Quando seu protegido morre, elas informam ao tutor sobre o acontecido e depois se matam sobre o corpo.
- Então o que aconteceu com ela?
- Essa é a questão mi Leide.
A princesa veio na direção de Elisa e a abraçou.
- Você não pode fazer nada?- Perguntou a princesa. O sumo sacerdote ouvindo, balançou a cabeça negativamente para Elisa. Sabia que esse era o maior dos feitos que um guardião poderia fazer, e sem seus poderes todos liberados, ela não poderia ajudar.
- Desculpe Selena. Lamento muito pelo seu irmão.
O príncipe se afastou do corpo com ódio nos olhos e andou firme ate seu cavalo, o montou e correu pela floresta. Sumiu entre as arvores. Sua coruja o acompanhou triste do céu.
O sumo sacerdote que consolava a rainha, veio até Elisa e falou para a princesa que estava com ela.
- Lamento muito princesa. Mas não se preocupe. O espirito dele está conosco. - Falou o sumo sacerdote dando sinal para Elisa chamando-a. Elisa demorou um pouco e se afastou da princesa e caminhou com o sumo sacerdote, que falou:
- Elisa. Com certeza isso foi obra da feiticeira. É a nossa única inimiga no momento, os outros reinos e criaturas nos apóiam, e as que não apóiam, seguem as ordens dela. Então é a única culpada. Com certeza sua intenção é nos fragilizar. Mas precisamos estar preparados pra sua chegada. Vá até o príncipe Elisa. Precisamos que ele volte para sua campanha. O quanto antes vocês embarcarem, mais rápido você recuperará seus poderes. Precisamos agir agora, antes que a feiticeira descubra nossos planos. Elisa concordou e saiu.
- Esfinge, você pode me levar até o príncipe.- Perguntou Elisa.
- Claro mi Leide. Vamos.- A esfinge se abaixou e Elisa subiu. A esfinge deu um salto e bateu as enormes asas criando um rajada de vento. Voaram sobre a copa das arvores procurando o príncipe, pouco tempo depois o viram. A esfinge pousou. O príncipe estava perguntando às criaturas da floresta se alguem viu alguma coisa, se tem pistas para achar quem matou Ario. Elisa desceu da esfinge e se aproximou do príncipe, que interrogava um sátiro. Mas ele também não sabia de nada. O príncipe veio até Elisa.
- O que faz por aqui? - Perguntou o príncipe.
- Vim atrás de você. - respondeu Elisa.- Precisamos descobrir o que os gigantes têm a dizer. Não podemos nos deixar abater, nossa missão é ir até os gigantes espíritos da terra. Eles vão nos responder o que procuramos.
- Acho melhor montarmos nosso exercito e ir atrás da feiticeira.
- Haniel. É isso que ela quer, que saiamos de nossas defesas e a ataquemos. Precisamos montar nossa estratégia de forma calculada, e buscar todo apoio que podermos.......
O sábio pipoqueiro recebeu um papel de carta magico que veio voando pela sua janela e pousou sobre sua mesa. O pipoqueiro veio para pega-lo, seu cérebro dava palpitadas em sua cabeca, o sábio apertou o nó em seu chapéu e pegou a carta. Abriu e leu:
*Caro sábio amigo. Informo que as coisas não vão bem no reino de Lienór. No momento estou a bordo do Fogo Negro, o navio flutuante do rei. Estavamos preparando nossa ida até os gigantes espíritos da terra, quando soube da morte do príncipe mais novo, Ario. Mas os sacerdotes da deusa matriarca ainda têm muita força por aqui. Creio que precisamos fincar nossas raízes aqui no reino o quanto antes, ja que a situação em Flea já não é viável.
Assinado Baltazar, o rato. No final da carta estava escrito, "incinerante", uma lingua celta que significar incinerar. Então após o sábio ler a carta, ela se incendiou. Nesse momento bateram a porta. O sábio pediu que entrasse, e uma coruja velha entrou pela porta. Era a coruja do Cipreste.
- Ví que chegou uma carta e vim ver que de quem era.- Falou a coruja.
- Do nosso amigo Baltazar. Creio que seja a hora de alguem fazer uma viajem.- Falou o pipoqueiro......
O príncipe embarcou com a tropa no fogo negro, ligaram as hélices, os servos do cais soltaram as correntes, e o navio zarpou, começou a subir. Beiruque, o comandante do navio, mandou aumentar a velocidade. O navio subiu a uma certa altura e começaram a navegar, numa linha ascendente para acima das nuvens.
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Guardiões entre mundos [RASCUNHO]
FantasiaUm mundo dentro de outro mundo, em que nivel estamos? Desde antes de Adão e Eva ao fim do mundo. O livro conta a história de varias pessoas com um ancestral em comum, a matriarca, que graças ao desenvolvimento de uma determinada região cerebra...