Durante o resto do dia fiquei deitada. A noite enquanto observava as mensagens das meninas ele chegou com uma bandeja trazendo meu jantar. Eu havia desligado o celular quando ouvi o barulho das chaves, porém esqueci de desligar a de Ari. Ele acabou o vendo um dos nossos vídeos antigos e o desligou. Pude sentir que vê-lo o deixou incomodado, minhas amigas me conhecem o suficiente para saber que percebo as coisas no ar e meu espírito investigador não falha. Ariane com toda certeza havia ficado incomodada com a minha suposta viagem. Mas também, ele tinha de pedir logo a ela para desmarcar meus shows? Se bem neste ponto não tinha outra solução pois ela era a única pessoa que quase morava comigo (na verdade somos vizinhas mas ela ficava mais na minha casa do que na dela). Aliás, ele fez bem! Jamais me perdoaria deixando meus fãs esperando por um show que eu não iria.
- Trouxe comida! - Nossa depois de desligar meu celular ele me diz algo assim.
- Não sou cega!
- Perguntei? Não então cala a boca e come, ainda tenho de refazer seus curativos.
Jantei e mesmo tendo várias respostas a altura para ficarmos horas discutindo, me calei.
- Em uma hora eu volto.
Enquanto o esperava tentei ligar para Ari. Parecia que ele só estava esperando eu fazer algo errado, nem comecei a discar os primeiros números e ele invadiu o quarto.
- Chega! Você não vai mais tentar ligar para elas! - ele tomou o celular de minhas mãos - Camila precisa pensar que você já está morta e mortos não fazem ligação. As roupas limpas estão aqui. Pode ir tomar banho e se não tomar banho direito vou ter que desinfectar as feridas de novo.
- Eu sei tomar banho, não sou mais criança.
- Tá bom EX criança, eu estou te esperando e se tentar fugir eu entro no banheiro e dou banho em você.
O deixei rindo e me fui ao banheiro. Quando voltei o encontrei sentado na cama, desta vez ele me deu apenas um shorts jeans e uma lingerie preta em renda. Olhei procurando a camiseta e perguntei onde estava, ele me respondeu que eu não colocaria a camiseta enquanto ele não se certificasse de uma coisa que o incomodava. Briguei, xinguei, esperneei e nada o fez mudar de ideia. Acredita que ele me ameaçou, caso eu não o obedecesse me deixaria nua, só com a toalha até eu me comportar. Que homem mandão, prepotente, e lindo. E como sou uma anta, cedi a suas chantagens.
Me vesti e fui ao quarto onde ele me esperava, totalmente envergonhada com os braços cruzados em frente ao peito para tampar o máximo que pudesse. Ele pediu para me sentar, e riu ao dizer que tinha ido a farmácia e comprado remédios, que não usaria mais pomada para assadura, mas ficou em silêncio ao ver que eu não ria da piada, quando terminou todos os curativo voltou a me dirigir a palavra.
- Se deite de barriga para cima com as costas sobre aqueles dois travesseiros.
Ou ele era louco ou queria me matar de dor. E como sempre minhas queixas e reclamações não o fizeram mudar de opinião.
- Se não deitar vou ter de tirar minha dúvida de uma forma que você não vai gostar. Se fosse você eu deitaria.
Seu sorriso debochado me assustou de tamanha forma que resolvi seguir suas ordens, com muita dor me deitei, uma fisgada no local do corte próximo ao seio - que eu não mostrei para ele - me fizeram gemer e involuntariamente levei a mão ao local. Leonardo pediu para que levantasse, retirou os travesseiros e mandou me deitar novamente de barriga para cima.
- Como eu suspeitava. Você tem um corte no peito e não me mostrou. Sabia que isso pode infeccionar? Prefere morrer de dor do que tirar este sutiã na minha frente?
- Eu não tenho corte nenhum.
- Então prove. Tire o sutiã!
- Nunca!
Me levantei e corri a porta que, adivinha, estava trancada. Não tinha para onde fugir, tentei lutar contra Leonardo que me segurou pelos braços, dizendo que precisava fazer um curativo por bem ou mal. Continuei me debatendo, preferia morrer ao ficar quase nua na presença dele. Leonardo se revoltou, sem dó nem piedade me jogou na cama, ficou em cima de mim, prendeu meus braços com as pernas e apesar de eu tentar me mexer não conseguia, estava imobilizada, com suas grandes mãos novamente frias ele tentou retirar meu sutiã. Por conta de meus inúteis movimentos para escapar, ele não conseguiu removê-lo, irado com minha incessante tentativa de fuga, Leonardo segurou o sutiã e com a força das mãos o rasgou ao meio, parei de me debater e fiquei o olhando enquanto ele observava meus seios sem nenhuma expressão facial.
- Eu sabia que tinha um corte aqui, não se mexa.
Fiquei calada, ele me soltou e mesmo querendo não conseguia me mover, fiquei paralisada, enquanto ele pegava os curativos.
- Primeiro vamos desinfectar isso. Por favor não me olhe como se eu fosse um monstro, eu só faço isso para seu bem.
- Se quisesse meu bem me respeitaria.
- Se te respeitasse você iria continuar com dores. Quando era criança sua mãe nunca te bateu, disse que era para o seu bem e mais tarde você compreendeu que ela estava certa? É quase a mesma coisa.
Não reagi, porque não acreditei que ele estava se comparando com a minha mãe.
- Tá bem! Foi uma péssima comparação.
- Você é um psicopata!
- Garota para e pensa um pouco. Você tinha de levantar as mãos para o céu e agradecer a Deus por ter feito você linda, com seus cabelos negros cacheados, seus olhos castanhos encantadores, sua pele morena sensualmente cheirosa, suas pernas maravilhosas, esse bumbum perfeito, seu corpo escultural e principalmente, sua boca hipnotizante, que apesar de contê-los, meus impulsos masculinos me fazem perder a cabeça e agradeça a eles por estar viva! Se não fosse por eles eu não teria tido maledicência de dar uma leve levantada naquela saia de couro.
- Você teve a ousadia de levantar minha saia seu tarado!
A partir daquele momento eu já havia me esquecido que estava praticamente nua, pois estava sentada na borda da cama discutindo com Leonardo.
- Sua ingrata! Preferia ter morrido intocada, com coisa que ainda fosse, ou ter ficado viva? E deite aí!
- Por que você é tão bom às vezes e de uma hora para outra vira esse monstro sem coração?
- Uma hora eu sou um homem que se apaixonou por uma garota que acabou de conhecer, bem na verdade foi por ela dormindo por quem criei uma paixão, por ela acordada eu criei AMOR. Mas na hora em que começo a me deixar levar por esse amor eu lembro que a importância da vida da minha filha é muito maior!
As palavras dele me deixaram tonta. Acabei novamente tomada pela força misteriosa e adivinha, cedi.
- Pode fazer o curativo!
A partir daquele momento achei que aquele confronto estivesse terminado, mas não, Leonardo surtou atirando ao chão um frasco de remédio.
- Já chega! Faça você mesma o curativo.
- Eu não consigo!
- Pelo que eu vejo, você só está com mão esquerda enfaixada!
- Eu sou canhota! Não consigo fazer o curativo com a mão assim.
Quando eu disse isto ele abaixou a cabeça, respirou fundo e como eu acho que ele é um pouco bipolar, mudou de reação.
- Desculpa, me alterei um pouco.
- Viu? Você estava um monstro e agora virou um anjo de novo. Por favor se decide, você é um anjo santinho ou um bad boy acapetado?
Levei o famoso vácuo, ele simplesmente fez o curativo e saiu. Agora vou morrer de tédio pois não posso conversar com as meninas e com ele não tem chance.
Eu já estava quase dormindo quando ele invadiu o quarto correndo. E olha que se eu houvesse percebido que ele não tinha trancado a porta eu tinha ido vasculhar a casa da qual eu só conheço o quarto e o banheiro. Mas antes, o que será que Leonardo quer agora?****************************************************************************
Oiiiiiiii gente! Então oque acharam deles hj? Postei os dois capítulos pq minha vó veio pra minha casa de surpresa, então durante a semana vou ter q cuidar dela e não vou ter como postar. Aliás, spoiler, me digam aí se gostariam que rolasse um momento HOT entre esses dois? Talvez, isso é um talvez, role já no próximo capítulo. Mas isso é só semana que vem kkkkkkk!Bjs Crossle
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre milhões... Eu
Lãng mạnComo se não bastasse descobrir que foi traída, Diana simplesmente foi sequestrada. Entre fugas, discussões e uma pitada de amor, a vida de Diana e Leonardo Thadeu se entrelaça. Nessa relação de amor e ódio, o jovem e improvável casal - uma DJ e um s...