"Capítulo III" Haras

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Capítulo III Haras

Apenas a lua como testemunha, a noite em tons azulados, o frio queimava a pele do rosto daquela mulher que deslizava entre as pequenas ruas da cidade, em meio aos grupos que se escondiam pelos cantos escuros e becos. Pequenas lamparinas nas entradas escuras das casas, o vento as faziam a luz ficar bruxuleantes. Usava uma capa de veludo preta, que a cobria o corpo inteiro, não fazia barulho ao caminhar, tamanha delicadeza ao pisar nos paralelepípedos do lugar. Ela tinha pressa, não olhava para trás, sentia os olhos dos homens em cima de si, mas não se importava com nenhum um deles, estava indo encontrar, o seu amor, esse sim, ela queria. O lugar era de uma beleza espetacular, via-se a lua em formato de bola, amarelada, e enorme, o morro onde ela estava chegando, tinha uma casa no penhasco, de uma construção antiga feita de pedras. De longe avistava as luzes, que pareciam mais uma luz de vela pela janela. O clarão da lua clareava a estrada de cascalhos que circundava a casa, ela entrou pelos fundos.

Entrou por entre as folhagens úmidas que escondia uma pequena porta, empurrou e deu num corredor à meia luz, os lampiões faziam um caminho como se a convidasse a entrar. Subiu alguns degraus e entrou por um corredor, que a levou a uma câmara, onde se fez ver um homem de costas. Tirou o longo casaco, dentro colorido de vermelho, ela está nua. O corpo bem feito em contrário a luz da vela dava uma enorme figura na parede. O homem que antes estava virado de costas, vislumbrava aquele corpo perfeito, que tanto amava, ela era linda, tinha um, digno da pintura mais bela. 

Ela foi até ele, deslizando suavemente, largando aquele casaco no chão. Ele a tomou nos braços, e deslizou suas mãos no corpo daquela mulher linda! Ela tinha os cabelos longos, cor de fogo, cachos que pareciam cascatas. Suas curvas o deixavam louco de paixão e desejo. Ele escorregava as mãos pelas partes íntimas seu rosto que a meia luz ilumina, e se vê, a Dama da noite nos braços do amado. Eles se deitam, e o amor, os leva a uma intimidade tanto desejada, as mãos procura o sexo dela, os beijos são ardentes e ele a beija, procurando os lugares mais íntimos daquela que ama. Ela solta gemidos de prazer ao ser tocada pelas mãos tão sabias daquele que ama, mãos que parecem brasas. Ela se entrega, ela o ama sem reservas. Após o ato de amor, ele levanta, e sai do quarto as pressas, ela fica ali sentada;

— Não sei porque ainda venho aqui, faz-me de idiota toda vez; levanta-se e veste o casaco está de saída quando o homem retorna:

— Haras não vá, você tem que entender, não posso abandoná-la;

— Acredito que já fomos longe demais, e se você não quer me acompanhar, eu não voltarei mais aqui, esta será nosso último, noite juntos, adeus... e sai dando uma virada e olhando aquele homem pela última vez. Ela caminha pelas pedras como se tivesse pisando em brasa, esta brava e com raiva, nunca deveria ter levado esse amor até onde chegou e agora o que vai fazer? Os sentimentos estão misturados e ela sabe que não é o melhor momento, segue para casa, lá pensará no que fazer. Na floresta Tengia e Sarah chegam em frente à cabana e ficam a vislumbrar o lugar, as saudades é grande. A cabana foi construída por um caçador que morreu ali mesmo há muito tempo, foi quando Tengia fugia dos soldados da santa inquisição, ela o encontrou morto em estado avançado, retirou ele de lá e fez a cabana de modo que pudesse morar, ali ela se sentiu em casa. Agora estava de volta depois de muito 39tempo fora e via como era linda sua casa... As matas exuberantes da floresta, ervas silvestres e amoreiras formavam um labirinto espessos entre velhos carvalhos, pinheiros e espinheiros contorcidos, escondendo a entrada. Um caminho de pedregulhos musguentos serpenteava pelos canteiros de folhagens verdes e acinzentadas, enquanto, ao redor, ervas, flores com a coloração do arco-íris ondulavam com a brisa perfumada de rosas.

— Sarah, veja como está linda, continua a mesma de quando deixei, você vai adorar conhecer lá dentro. Haras prometeu e cumpriu, cuidou de tudo.

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