"Capítulo XLVI"As médium

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Os guias conhecem a médiumHaras, Sarah e Hannah e mais alguns espíritos,partiriam para a terra . Elas junto com mais um grupode espíritos, que seriam os guias da mesma médium, porexemplo o Exu Sr. Pinga Fogo, pretos velhos um casal,e assim como, o mentor que já acompanhava a meninadesde o nascimento, Frei Danilo. Linha da mata, daságuas. Todos iriam sair desse ponto se fixar ao seulado. Muitos já estavam juntos dela. Todos estavamansiosos para ver a mediadora, entre o plano espiritual ematerial. apenas a linha dos exus não conheciam amédium ainda.

 — Irmãos, a pequena "V" que vocês vãoacompanhar desde agora, será a futura médium quevocês farão o intercâmbio pela mediunidade no centro espírita, ela ainda é criança, aliás podem fazerrevezamento entre vocês, para ajudá-la na caminhada,sem interferir em nada. Ela tem obstáculos a superar,para o próprio crescimento e conhecimento da vidaeterna. 

 —Ela está com que idade? 

 —Está para fazer com 7 anos, vocês daqui parafrente poderão intuí-la do que é bom e mau, maslembre-se que ela tem o livre arbítrio de escolha, entãopode ser incisivos na intuição. Desde pequenina ela temo seu anjo guardião e o seu mentor, que vocês estãovendo aqui, Frei Danilo, ele comandará os trabalhoscom ela, ele é como se fosse um agenciador dela, entãotudo que precisem fale com ele. Ele foi Frei na terra, e aacompanha desde que nasceu. Ele tem a missão decuidar da parte mediúnica dela, da missão dela na terra.Sarah você será a ajudante dele, quando ele precisar seausentar...

 —E quando vamos conhecê-la?- disse Haras

 —Já estamos de partida, logo nosso transportechegará e iremos até a casa dela. levem o que acharemque deve, pois será um período bem longo, vão poderretornar quando quiserem mas sempre um tem que ficarpara ajudá-la nessa caminhada. Você como tem odireito de circular entre a direita e esquerda, junto deHaras, poderão protegê-la de todo mal que vierem fazerpara prejudicar sua vida. Trabalharão, direcionadas peloorixá de cabeça dela, isso vocês me entendem não é?

  —Senhor Manolo, estou feliz e agradeço por ter meescolhido por esse trabalho, disse Sarah. 

 —Minha amiga, aqui na espiritualidade um cargo édado por merecimento baseado na conquista. Quando aconhecer entenderá melhor o porquê você foi aescolhida. E assim o transporte chegou e partimos. otransporte parecia um carro híbrido bem grande, nodesenho parecia um bondinho, de cor prata, deslizavasem barulho, a paisagem que seguia a frente eradeslumbrante e ao mesmo tempo assustadora.Descemos entre as nuvens, e víamos a terra ao longe,uma grande nuvem escura encobria a terra. Quando ocarro entrou nesta parte, houve uma turbulência,ouvíamos barulhos, como se fossem vozes misturadas,sem ser audível. Ao passar por ela, Manolo deu logouma explicação; 

 —Senhores esse zumbido que ouviram, são asvozes dos encarnados, elas pairam no ar, e é precisochuvas para dissipá-las, muitas vezes só umatempestade para fazê-lo. Logo em seguida, avistamos aterra limpa, um azul profundo, o sol iluminava partedela, e queimava os resíduos dos volumes dospensamentos. Se formavam em nuvens redondas que semoviam, se ouvia estalos, o tempo todo, e pequenosraios.Fomos direto para uma região, uma cidade pequena,com ruas pequenas de terra batida, a civilizaçãoparecia que havia acabado de chegar ao local.

— Chegamos, esta é a casa dela, está lá dentro,vamos entrar. Quando entramos pela porta dos fundos,vimos uma cozinha com um fogão a lenha, umamulher de uns trinta anos cozinhava, mexia na panelade feijão. Era apenas essa panela, notamos que haviaum pão duro em cima da mesa. Vimos a menina sentadaem uma cadeira de criança na parte dos fundos dofogão, estava enrolada em uma coberta e se aquecia dofrio, era inverno.A menina era clara, cabelos na altura dos ombrosfeitos cachos, cor de avelã. Tomava algo na caneca, suaspequeninas mãos, se revezavam segurando. 

 —A mãe de "V" havia escolhido ser mãe dela, tinhadébito com a menina, porque em outra vida faltou, emcuidar dela, fora governanta da menina e anegligenciou. O pai, de agora outrora, voltava comopai no presente, a irmã mais velha tinha sido a mãe quefalecera ao nascer a pequena "V". Todos na famíliatinham resgate com a pequena, e todos a cuidavam. 

 —Senhor Manolo, tenho um enorme carinho porela, sinto que a conheço, disse Haras. 

 —Sim, minha amiga, você a conhece, comoprometi, aqui está sua amiga Lilith. Lágrimas caíram dorosto da jovem mulher, foi até a garota, e passou a mãonos cabelos dela, ela como sensitiva, percebeu a figurade mulher do seu lado.

 —Mamãe, minha amiga está aqui 

 —Como filha ? Não, sua amiguinha está na casa dela, está muito frio. A menina olhou para Haras e sorriu, vianela uma amiga, a reconhecia, e Haras sumiu. Manolonão deixou que a visão continuasse. Sarah seaproximou da menina, e deu-lhe um beijo no rosto, aliestava sua protegida, cuidaria dela com muito zelo. Suaamiga de outrora, ali sob seus cuidados. Quantasreencarnações que ela tivera? O tempo passava, a vidada menina não era fácil, ela não tinha roupas própriaspara o frio. A alimentação não era rica, muitas vezesfaltava o pão. Mas como Manolo dizia: —Ela se tornará uma pessoa que valorizará tudoque tem, sem ser mesquinha e no futuro, quandoalguém falar em fome, compreenderá. Tudo éaprendizado. 

Os guias a acompanhavam, cada um ficavaum dia, e ela foi crescendo, e tudo melhorando, chegoua adolescência e o primeiro namorado, o qual foi seuprimeiro amor, primeiras descobertas, a gravidez e ocasamento com seu segundo amor. Desde criança tevereligião, nasceu na igreja católica, depois foievangélica, e mais tarde conheceu o espiritismo. Setornou médium aos 35 anos, iniciada no kardecismo,onde estudou e cursou a mediunidade durante anos,juntos do evangelho, depois estudou tudo sobre aUmbanda, se desenvolveu, recebeu seu mentor, FreiDanilo, recebendo todos das sete guias , as 7 linhas.Passou a trabalhar, dando consultas a quem precisava,não cobrava, fazia trabalho uma vez por semana dandopassagem para espíritos sofredores em busca de luz, e o   trabalho de psicografia, onde os espíritos podiamescrever suas dores, desenhar quando não podiamfalar... 

Consulta de Hannah na dia da gira dos erês:O rapaz que Hanna havia amarrado a fitinha laranja,estava todo feliz, desde o ponto que entrou no centro,agradecia a todos que desciam do plano espiritual Masele queria a pequena Hannah, a guia da médium.Aguardou o início dos trabalhos, até que chegou suavez. 

 —Oi tio, a sua benção, Hannah beijou as costas damão do rapaz.

 —Hanninha quero hoje te agradecer, e medesculpar.

 —Porque tio, eu não fiz nada. 

 —Fez sim, lembra que te pedi proteção, então eu fuiassaltado, e iam me matar, mas na hora eles correram. Edesculpe eu tinha tirado sua fitinha, e coloquei ela nobolso da calça, fiquei com vergonha de usar aquela cor. 

 —É tio, eu sabia, por isso fiz a proteção, mesmovocê tirando a proteção estava lá, mas podia ter sidodiferente, mas lembra, eu não fiz nada, deus teprotegeu, eu apenas usei uma maneira de te dar algoque estava imantado de energia de afastamento de coisaruim. 

 —Eu sei, agora entendo, eu te trouxe um presente. 

 —Um presente, não posso aceitar, meu vovô nãovai gostar(as crianças obedecem os pretos velhos)Ele abriu um pacote, e deu para ela uma boneca negra, elachorou. 

 —Ai tio, eu queria uma dessas, mas não podiapedir, ela lembra uma amiguinha que morreu, tio Deuste abençoe, viu. E assim o rapaz aprendeu, que quandoum espírito protege, cada um usa o que ele acha quedeve e dá proteção, seja a cor que ele acha necessário.

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