"Capítulo XLV"Médium e Guia

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Nosso trabalho na terra dependia da médium, ointercâmbio que se fazia a comunicação no centroespírita. Ela era disciplinada, os estudos dentro doespiritismo lhe trouxeram a seriedade queprecisávamos. Com ela aprendemos tudo sobre kardec.O período de desenvolvimento a acompanhamos, parapoder crescer junto dela. Os espíritos aprendem com osencarnados, e vice-versa. No início tivemos que ficarmais perto uma da outra, conhecer seus medos eanseios, seu dia a dia. A primeira necessidade éevangelizar-se a si mesmo antes de se entregar àsgrandes tarefas doutrinárias, pois, de outro modopoderá esbarrar sempre com o fantasma do, emdetrimento de sua missão.

 Devemos salientar os imperativos de trabalho etolerância, compreensão e bondade para construirmos a completa no mundo. Médiuns repontam em toda parte,entretanto, raros já se desvencilharam do passadosombrio para servir no presente à causa comum daHumanidade, sem os enigmas do caminho que lhes éparticular. E como ninguém avança para diante, com aserenidade possível, sem pagar os tributos que deve àretaguarda, saibamos tolerar e ajudar, edificando com obem ...Todos os dias a experiência nos traz aconfirmação de que as dificuldades e os desenganos,com que muitos encontram na prática do , se originamda ignorância dos princípios desta ciência. Dirigimo-nos aos que veem no Espiritismo um objetivo sério, quelhe compreendem toda a gravidade e não fazem dascomunicações com o mundo invisível um passatempo.Um não pode dispensar os estudos, contando, demaneira absoluta, com os seus guias espirituais.Os de um médium, por mais dedicados e , não lhepoderão tolher a vontade e nem lhe afastar o coraçãodas lutas indispensáveis da vida, em cujos benefíciostodos os homens resgatam o passado delituoso eobscuro, conquistando méritos novos. 

O médium tem obrigação de estudar muito, observarintensamente e trabalhar em todos os instantes pela .Somente desse modo poderá habilitar-se para odesempenho da tarefa que lhe foi confiada, cooperandoeficazmente com os Espíritos sinceros e devotados aobem e à verdade.Se um médium espera muito dos seus guias, é lícito  que os seus mentores espirituais muito esperem do seuesforço. E como todo , para ser continuado, não podeprescindir de suas bases já edificadas no espaço e notempo, o médium deve entregar-se ao estudo, sempreque possível, criando o hábito de conviver com oespírito luminoso e benéfico dos instrutores daHumanidade, sob a égide de Jesus, sempre vivos nomundo, através dos seus livros e da sua exemplificação. 

O costume de tudo aguardar de um guia podetransformar-se em vício detestável, as possibilidadesmais preciosas da alma. Chegando-se a essedesvirtuamento, atinge-se o declive das mistificações edas extravagâncias doutrinárias, tornando-se o médiumpreguiçoso e leviano responsável pelo desvio de suatarefa sagrada. É justo que um médium se valha daestima fraternal de um companheiro de crença, paraassuntos de confiança íntima e recíproca, mas, nafunção mediúnica, o portador dessa ou daquelafaculdade deve buscar em seu próprio valor o elementode ligação com os seus do plano invisível, sendocontraproducente procurar o amparo, nesse particular,fora das suas próprias possibilidades, porque, de outromodo, seria repousar numa fé alheia, quando a féprecisa partir do íntimo de cada um, no mecanismo davida. Além do mais, cada médium possui a sua esferade ação no ambiente que lhe foi assinalado. Abandonara própria confiança para valer-se de outrem, seriasobrecarregar os ombros de um companheiro de luta, esquecendo a cruz redentora que cada Espíritoencarnado deverá carregar em busca da claridadedivina.

 O Mentor ou Guia Espiritual. Diferente do quemuitos pensam o Mentor ou Guia Espiritual é, na maiorparte das vezes, um espírito ainda em evolução, ou seja,imperfeito, mas que já alcançou um grau de purezamaior que seu pupilo, sendo por isso capaz de auxiliá-lono caminho espiritual da atual encarnação. Isso nãodesmerece o seu trabalho, muito pelo contrário, já quedeixa de utilizar seu tempo livre para a própriaevolução e o dedica a outro espírito. Mentores eMestres-Um mentor não é igual a um Mestre, osMestres não precisam mais encarnar, são perfeitos epossuem um grau de evolução muito superior aosmentores. Alguns médiuns podem entrar em contatocom os Mestres, que estão sempre dispostos a ajudar,bastando para isso elevar sua vibração. Esse contato érealizado, na maior parte das vezes, no plano mental,porque é muito sacrificante para um Mestre aparecerem um corpo astral. Os médiuns não devem ficarpreocupados ou com a mente fixa em entrar em contatocom os Mestres, se um dia isso for permitido entãoacontecerá. O Mentor e Anjo da Guarda-O mentor também não éo mesmo que anjo da guarda, embora, não haja indíciosque isso não possa acontecer, são papéis diferentes queum ou mais espíritos exercem durante a encarnação deum médium.

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