Capítulo 5 - Telefone

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Eu voltei caminhando pelo parque. Minha bolsa pendia de um lado do corpo, porque eu mesma não estava reta. Fiquei observando os ladrilhos do chão enquanto passava.

Fiquei no mínimo mais uns 3 minutos parada naquele corredor. No mesmo lugar. Quando a compreensão dos fatos finalmente me atingiu, olhei ao redor assustada. Onde eles estavam?

Passei por todos os corredores da feira, e logo comecei a perguntar como uma louca por um garoto de cabelo azul. Cheguei a dizer que ele era muito parecido comigo e que uma senhora de cabelo rosado o acompanhava. De alguma forma eles passaram despercebidos nos stands, e a feira começou a encher mais. Ninguém mais ali dentro parecia um rosto conhecido. perdi até mesmo Violette. Respirei fundo, tentado sentir algo. Ele estava confuso. E eu também estava.

Quando desisti de procurar, mandei uma mensagem para Vio, avisando que havia encontrado a pelúcia. Ela respondeu dizendo que estava na entrada do parque e seu pai havia aparecido para buscá-la. Disse que a encontraria lá.

Quando os ladrilhos coloridos do parque acabaram vi a saída à minha frente. O carro do pai de Violette estava ali. Tirei a pelúcia da bolsa e entreguei a ela pela janela. Ela me agradeceu muito e eu me despedi dos dois.

Conforme caminhava pensativa, relembrando os fatos, acabei com os pés na areia da praia. Decidi andar por ali mesmo. Era uma boa forma de pensar.

*Nova mensagem de Violette*

"Obrigada de novo por ter achado minha pelúcia. Eu acho que Alexy pode estar procurando por vc. Acho que o vi na feira, mas não é certeza. Parecia com..."

Se havia algo mais na mensagem, realmente não sei. Parei de ler e não pude deixar de pensar se era ele. "Aoba"...

Continuei meu caminho pela praia, determinada. Eu olhava ao redor procurando vê-lo, mas achar Alexy era uma prioridade. Quando avistei minha mãe no carro fechando o porta-malas, dei até uma corridinha. Alexy apareceu da frente do carro, e quando me dei conta, estava na frente dele.

- ... Oii! Ajudou a Vio?... - ele disse surpreso pela minha chegada.

- Ajudei. Tudo certo. - Interrompi. - Foi... Foi me procurar por acaso? - ele me olhou confuso.

- Ué, não. Eu fiquei aqui ajudando sua mãe. Acabamos agorinha.

Meu sorriso de canto foi inevitável. Violette o viu. Viu, e foi tudo real!

Respirei fundo assentindo.

- ... Mas, por quê? Você está meio estranha...

- Nada. É impressão sua. - menti - Cadê Rosa? - falei mudando de assunto.e procurando por ela.

- Disse que passaria na loja, pegava umas coisinhas e ia pra sua casa em uma horinha. - assenti.

- Certo. Tudo bem, então. - sorri, forçada.

- ... Tudo okay, mocinha? Que cara é essa?

- Não é nada, mesmo, rs. É realmente impressão. Só meio cansada. Dia agitado, sabe...

- Ahh, claro. Esse foi O Aniversário!, por favor! Você gostou?

O sorriso animado (claro) de Alexy não podia me manter apenas cismada com o que tinha ocorrido. Sorri para ele.

- E como! Foi muito divertido! Nenhuma outra festa poderia ser melhor. - Alexy sorriu com todo seu corpo (sério, ele se contorce todo quando faz isso) então me deu um de seus famosos abraços de urso..

Twin Heart  - Coracão GêmeoOnde histórias criam vida. Descubra agora