Capítulo XI - Parte I

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  Aquela era uma das minhas visões preferidas, Isabella dormia tranquilamente abraçada em Alice que igualmente a mãe tinha um sono tranquilo. Tomei um banho rápido, o dia seria lotado e queria poder voltar logo pra casa e ficar com minhas garotas. Incomodei um pouco Ruby, que preparava algo para o almoço e sai apressado rumo ao estúdio. Ao chegar no local os moleques já estavam me esperando e começamos a reunião sobre nossos próximos passos para dominar o mundo.
- Fechamos a tour na America Latina. – Anthony disse empolgado.
- Hum, brasileiras, muitas brasileiras e seus belos biquínis. – Foi a vez de Henry comemorar.
- Clara vai pirar, acho que vou ter que levar a ciumenta junto. – Scott disse rindo.
- Ela vai pirar, ou você que não quer ficar sem teu buraco exclusivo? – Anthony perguntou rindo.
- Acho que as duas opções. E que buraco,meus amigos... – Scott ia se vangloriando.
- Hey e você Dan, não fala nada? – Anthony perguntou intrigado.
- Ah cara, não sei se a Bella vai querer ir, to preocupado na verdade é com a Emma.
- Ué, por quê? – Foi Scott quem perguntou.
- Porque aquela mulher é louca, e se eu ficar muito longe daqui, tenho medo das merdas que ela pode fazer com meu filho.
- Mas vocês não conversaram?
- Conversamos, mas eu não consigo confiar cegamente nela.
- E você e a Bella, estão bem? - Anthony indagou.
- Estamos, nossa, aquela mulher me mudou drasticamente. – Ri nervoso. – Aliás, tenho algumas músicas para mostrar pra vocês.
- Todas de homem apaixonado. – Scott debochou.
- Não, tem umas meio descornado também, de quando ela me abandonou, ou quando fiz umas merdas.
- Poxa amor, não fica assim, eu nunca vou te abandonar. - Henry fez uma voz fina, tentando sentar no meu colo.
- Sai porra, vamos trabalhar!- Falei rindo e saindo da sala de reuniões, indo em direção ao nosso estúdio.

O dia passou muito rápido, consegui fazer as prés de uma música e pré-selecionar as que entrariam no novo cd. Tínhamos um prazo curto para concluir a parte de gravação e mixagem, então decidimos trabalhar todos os dias, inclusive nos finais de semana. Nossa agenda estava em hiatos desde o acidente, mas voltaríamos para os shows em menos de dois meses, com todas as novidades.
Liguei para minha noiva informado que levaria ela e Alice para jantar. Por mais que Ruby e Poppy amassem ficar com Alice, sabia que ela não gostaria de deixar nossa pequena, Isabella era um grude com a filha e eu entendia, poxa, nossa menina é linda! Estava indo para casa quando recebi uma chamada de Emma, depois de nossa conversa imaginei que pudesse ser importante e atendi.
- Dan, por favor me ajuda. – Emma dizia parecendo aflita.
- O que aconteceu? - Perguntei colocando o telefone no viva voz.
- Eu não sei como, mas cai um tombo, me deu uma tontura e eu cai, agora to com muita dor na barriga.
- Você teve algum sangramento?
- Não, quer dizer, eu não tive coragem de olhar, to com dor e com medo. – Falou parecendo chorar.
- Já estou indo pra ai! – Disse mudando a direção do carro, tentando chegar o mais rápido possível no apartamento dela. Bati na porta um pouco desesperado e logo Emma abriu mostrando que realmente tinha chorado, sua aparência estava péssima, seus olhos vermelhos indicavam o choro e um pouco curvada ela disse que estava sentindo muita dor.
- Ainda bem que você veio. – Fui tudo que ela disse antes de me abraçar e desabar chorando.
- Calma, vai ficar tudo bem, vamos pro hospital. – Falei pegando-a no colo e levando até meu carro, estacionado em frente ao prédio. Senti um medo enorme de perder aquele pequeno pedaço de gente, mesmo não sendo um bebê planejado ou fruto de uma noite de amor, era um pedaço de mim e depois que descobri como era bom ser pai, não poderia deixar nada acontecer com ele.

Chegamos no hospital e logo a equipe médica nos atendeu levando Emma para fazer alguns exames, tentei olhar as horas no celular, mas o mesmo ficou sem bateria, pensei em ligar para Isabella, nesse momento o médico me chamou para acompanhar na ecografia.
Sentei ao lado de Emma que imediatamente segurou minha mão, se Isabella visse aquela cena, com certeza ficaria enciumada, mas não consegui agir diferente e segurei firme a mão dela, tentando demonstrar que sempre estaria presente, quando o assunto fosse meu filho.
- Vamos ver esse bebê agitado? – A médica sorriu passando o gel na barriga de Emma e começando a examinar. – estamos chegando na 22ª semana, os batimentos estão normais... Tamanho e peso também, está tudo bem, provavelmente essa dor foi porque você ficou nervosa.
- Eu já estou com 24 semanas? Mas, achei que fosse menos. – Emma respondeu.
- Sim, pelo que tudo indica, é normal, ás vezes as primeiras eco apontam uma semana a mais ou a menos.
- Dá pra saber o sexo? – Ela perguntou curiosa.
- Claro, vamos ver se ele quer mostrar para nós. – A doutora voltou a examinar. – Olha só o garotão está com as pernas bem abertas, é um menino! – Disse nos olhando.
- Caramba é mesmo teu filho, gosta de mostrar o pinto! – Emma falou gargalhando.
- Pow, eu nem curto mostrar muito. – Ri encarando o pequeno visor, meus olhos estavam cheios de lágrimas, poderia chorar a qualquer momento, mas tinha que mostrar para meu filho que homens são fortes e não choram.
- Pronto casal, está tudo bem com o bebê, vocês já sabem o nome? - Perguntou limpando a barriga de Emma.
- Adam! – Emma respondeu sem que eu esperasse.
- Adam? - Perguntei sem acreditar.
- Sim o nome do cara que a mãe dele mais ama e que com certeza vai ser um exemplo pra ele. – Falou segurando carinhosamente minha mão.
- Emma, nós... – Tentei falar, mas fui interrompido pela médica.
- Estão liberados, você deve passar pelo médico e terminar a medicação antes de ter alta. – Disse voltando-se para Emma. – E parabéns pelo meninão, vocês formam um belo casal.
- Obrigada. – Emma sorriu feliz, não deixando que eu desmentisse o fato de sermos um "casal" e foi comigo até a sala de espera.
Não demorou até o medico prescrever um calmante que ela poderia tomar e também marcar algumas consultas de seu pré-natal, ela me entregou uma cópia para que me programasse e pudesse acompanhar pelo menos todas as ecografias, ver meu bebê era incrível, sentia algo indescritível. Ainda conversaríamos sobre o nome, não sei se Isabella se sentiria confortável com essa situação, mas gostei bastante de ver sua vontade em chamar nosso filho pelo meu nome.
Levei Emma até sua casa e fui para minha, chegando em silêncio. Entrei no apartamento e me deparei com Isabella dormindo no sofá, ao seu lado estava Alice agarrada na mãe, as duas estavam muito bonitas, o que me fez lembrar do jantar e de ter esquecido de avisar que não conseguiria chegar a tempo. Peguei Alice no colo e levei até sua cama, ela não acordou, dormia tranquila, depois que tirei o vestido que estava vestindo e cobri com seu cobertor preferido fui até a sala buscarIsabella, mas ela não estava mais lá. Resolvi ir até o quarto e vi minha mulher tirando o vestido que estava usando, com certa agressividade.
- Obrigado Adam.
- Amor, eu, desculpa.
- Você não estava com os meninos, são 3 horas da manhã, pode me dizer com quem estava que nem ao menos se deu o trabalho de me ligar? – Despejou com raiva.
- Eu... Fiquei sem bateria no celular.
- Pelo que eu saiba, tem um carregador no seu carro.
- Tem, mas eu fiquei nervoso, a Emma passou mal e...
- E você esqueceu que eu existo e foi ajudar ela. – Falou sentando na cama, magoada.
- Não é isso, eu só, precisei ajudá-la, foi muito rápido. Me desculpa, nunca esqueceria que você existe. – Disse tentando me aproximar.
- Então por que não me ligou?
- Já disse o porquê.
- Significa que esqueceu. – Falou emburrada.
- Não, eu só fiquei sem bateria e não tive como ir pegar no carro, porque estávamos no hospital, a Emma passou mal, caiu um tombo e sentiu muita dor, tive que ir levar ela...
- Você estava com ela quando ela caiu?
- Não Isabella. – Falei tentando não perder a paciência. – Ela me ligou assim que sentiu a dor, poxa eu sou o pai, tenho que ajudar! – Falei tirando minha roupa.
- Então vai lá ajudar ela Adam. Eu e a minha filha estamos bem.
- Ela e meu filho também estão.
- Que bom. – Falou com raiva, vestindo uma camiseta qualquer minha e se deitando.
- Amor... – Me aproximei tentando abraçá-la, mas fui impedido.
- Não encosta em mim.
- Isabella eu errei em não te ligar, mas isso não é motivo...
- Você errou em não me ligar, em me deixar igual uma idiota te esperando com a nossa filha, enquanto você estava preocupado com outra mulher.
- Outra mulher que passou mal e carrega um filho meu em sua barriga. – Disse perdendo um pouco a paciência.
- Mulheres sabem se virar sozinhas quando querem, isso não é motivo! – Falou com raiva, cega de ciúmes.
- Mas você tem que entender que eu não quero deixá-la sozinha, enquanto meu filho ta dentro da barriga dela. É meu filho Bella, poxa, custa entender? – Falei segurando seu braço sem muita força, fazendo-a me encarar. – Hoje a Emma passou muito mal, eu tive que levá-la no hospital, ela podia ter perdido ele e você está mais preocupada com uma ligação, com um jantar, do que com algo que é tão importante pra mim, você nem ao menos perguntou como meu filho está.
- Eu odeio aquela mulher. – Falou emburrada.
- Eu não gosto dela, gosto do que está dentro da barriga dela, meu amor, você é a mulher da minha vida. – Falei roubando um selinho.
- Mas Adam eu...
- Shiu, não briga comigo. – Pedi roubando mais beijo.
- E se fosse o contrário, o que você ia sentir?
- Ciúmes, mas você é melhor do que eu, você tem coração. – Falei abraçando minha pequena e puxando para deitar em cima do meu peito.
- Você também tem um coração Adam.
- Sério? Onde?
- Idiota, bem aqui. – Falei apontando pro meu peito.
- É? E ele é todo seu, sua ciumenta! – Disse lhe roubando um beijo, pela primeira vez correspondido.
- Sai Adam, to com sono, com fome, e sigo querendo arrancar teu pinto fora e dar pras galinha comer.
- Acho melhor eu guardar as facas da cozinha. – Falei me levantando e indo até a cozinha.
- Para de ser bobo Adam. Volta logo pra cama! – Ela disse vindo atrás.
- Você disse que esta com fome...
- Não jantei! – Falou voltando a ficar braba.
- E a Alice, ela...
- Ela jantou, eu dei a sopa dela, e depois ela mamou antes de pegar no sono.
- Hum, então vamos comer alguma coisa, porque eu estou morrendo de fome também. – Falei pegando uma lasanha pré-pronta e colocando no microondas.

A noite passou sem sexo dessa vez, mas ela estava um pouco magoada e com razão. Procurei não falar mais de Emma ou do meu filho, precisava ter cuidado com Isabella, ás vezes ela parecia uma incógnita pra mim, me amava, disso não tinha dúvidas, mas não se sentia segura em nosso relacionamento, parecia estar esperando eu lhe magoar a todo momento. O fato de Emma carregar um filho meu, só complicava as coisas, a cada atitude, tentava demonstrar o quanto a amava e como ela e Alice eram importantes em minha vida.

Um mês depois 


N/A: Oi meninas, que saudade de atualizar aqui! Durante essa semana posto a parte dois do capítulo, enquanto isso, o que estão achando?  E essa Emma hein? Detesto essa mulher!

Quer fazer perguntas pra Bella, pro Adam ou pra Emma? Corre lá no ask da história e deixe a sua! Ask.fm/problemchildfanfic 


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