Quando se passa um ano de algo, você se pergunta o quê você fez no último ano. Bom eu não fiz quase nada, hoje completa um ano que Sara está em coma. Daqui a umas duas semanas, os médicos querem desligar as máquinas as quais fazem com que eu tenha um pouco de esperança de que ela retorne para mim algum dia, mas tenho que respeitar a opinião dos pais dela. A mãe dela no último ano vem definhando assim, como eu nesse hospital. Perdi cerca de 12 quilos nesse tempo que ela está internada no CTI, ela não foi para o quarto pois os médicos acharam melhor que ela ficasse no centro de terapia intensiva, porque aqui ela tem mais chances de se recuperar e também, porque seria difícil tratar o coagulo formado no cérebro devido ao atropelamento o qual ela foi vitimada naquela data catastrófica.
Acabo de acordar e olho em meu criado mudo perto da minha cama e vejo um bilhete; "ESTAMOS TE ESPERANDO NO JARDIM bjs sua esposa"
No momento em que li aquelas palavras me senti confuso. Como vim parar aqui ? eu estava no hospital com a Sara e agora estou em casa casado? quantos anos se passaram ?quando será que ela morreu ? como eu pude me casar ? estamos te esperando? será que tenho filhos ? qual será o nome deles ? como será minha esposa ? Todas essas perguntas se passaram em minha cabeça no vapor de poucos segundos e pode-se dizer que agora estou aqui na sala de minha casa, bom na casa em que cresci com minha irmã e tem alguns retratos que desconheço, como eu segurando um bebê recém nascido com uma roupinha amarela sorrindo, logo abaixo um bebê com uma mantinha azul e do outro lado uma menininha pela manta que a cobria ser toda rósea clarinha. Então tenho três filhos. Não vi ainda nem uma foto de minha "esposa" o pior de tudo é que quando penso na palavra esposa meu coração dispara como se eu a amasse loucamente. Vou em direção ao jardim e vejo minha irmã sentada conversando com uma mulher loira e pelo que percebo elas estão grávidas e bem descontraídas pelas gargalhadas incessantes das duas. Tem cinco crianças pequenas correndo pelo jardim, três parecem ter a mesma idade, um menininho um pouquinho mais velho e uma menina que parece ter um ano e alguns poucos meses. Ao me verem parado na porta as crianças correm em minha direção gritando: --papaiiiiiiiiiiii .Falou as cinco crianças, no momento em que ouvir essa pequena palavra foi um misto de terror e alegria ao mesmo tempo.
--Oi meus amores, tão felizes? meu inconsciente respondia por minha boca e meu corpo. Abaixei e fiquei da altura deles.
--tamo, papai .respondeu uma voz doce atrás de mim que ao ouvi-la fez com que eu virasse no mesmo momento para trás, separando-me de meus pequenos.
Era ela, aquela família era nossa, aqueles cinco filhos eram nossos e o bebê a caminho também era nosso . Eu me levantei tão rápido que nem vi que Lavinha estava se segurando em meu ombro que sem querer acabei derrubando a minha pequena. Não sei de onde o nome da caçulinha veio em minha cabeça, mas sei que fui tão rápido em chamar seu nome que me surpreendi tanto quanto, a rapidez de segura-la para não cair que só quando ouvi o soar de sua gargalhada de bebê foi o que fez com que meu coração voltasse a normalizar e com que eu soltasse o ar qual nem sabia que estava prendendo.
E todos nos sentamos na mesa para comer com uma babá para Lavinha, a mãe de Sara ajudando Eron e Henrique, o pai dela ajudando Melissa e Melanie a comer e o meu cunhado cuidado do bebê mais novo de sua família Heitor, Hannah e Will comendo sem nem ao menos parar para mastigar loucos para brincar com os primos pouco mais novos já que eles tem seis anos e Eron meu mais velho vai fazer cinco daqui a três meses.
No momento que olhei para o lado e percebi que nada ali era realidade fiquei um pouco que desolado ,pois aquilo tem que acontecer realmente falta apenas a minha querida Sara voltar para mim antes que os médicos a tirem de mim.
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UM EMPRESÁRIO OBCECADO
RomanceJoe Ryan é um empresário da área de publicidadade sua paixão , bem sucedido e dono de um grande império,que construiu, após, a morte de seu pai,quando, ainda estava na faculdade de publicidade.Mas com trinta e um anos já estava entre os dez maiores...