TEMPO

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O incrível de tudo o que conheço é que estou perdida dentro de um imenso castelo sombrio com um ar gótico , o qual conheço de minha imaginação em uma leitura  que fiz ainda no colégio na França, há cerca de uns oito anos, lembro-me de querer lê este livro, entretanto o colégio não permitia que alunos que não pertencesse a série cuja a leitura era obrigatória conseguisse alugar este livro de Vladimir Nabovok, eu e Andressa entramos na biblioteca às 2:00 da madrugada queríamos pegar esse livro a qualquer custo, mas acabamos sendo pegas pela bibliotecária, Dona Emma Bowary,  sorte que ela me adorava pena que junto a ela estava Dom Gusttave nosso então odiado diretor, nós o odiávamos, pois ele, apesar de ser o  diretor da instituição,  era um homem muito arrogante com seus até então 34 anos e a maior parte de nós com até cerca de ente 13 a 17 anos. O pior de tudo é que ele ainda era aquele tipo de diretor que apesar de ser mais velho que nós as estudantes do colégio ele ainda se  envolvia com algumas de nós, amava defender Megan, uma menina de 16 anos que era loucamente apaixonada por ele, mas nem tudo são flores eles acabaram se afastando e alguns anos depois recebemos a noticia que ela havia se suicidado devido a depressão após esse triste episódio ele que na época ainda tinha seus 28 anos, eu e Andressa havíamos acabado de entrar no colégio interno e não o conhecemos antes da catástrofe. Muitas das estudantes mais velhas que nós contaram-nos que ele andava com ela o colégio inteiro e que assim, que tornou-se diretor iria falar com os pais dela e pedi-la em casamento, mas uma tal de Geórgia que era obcecada por ele contou aos pais de Megan que ela e o diretor moravam juntos coisa inventada por ela já que a menina dormia no dormitório junto a outra moça, porém esse amor acabou sendo interrompido e ela se foi para sempre. Após conhecer um pouco da vida dele mudamos nossa opinião ,mas continuamos não gostando muito dele. A imagem que vejo na minha frente é um quadro pintado do ódio no olhar dele ,mas lembro-me que quando ele viu o que eu segurava em minhas pequeninas mãos de treze anos era o mesmo o que ele não permitira que eu lesse e então ele perguntou-me o que me interessava naquele livro, o que tanto eu via nele para fazer com que eu me arriscasse a uma suspensão por um livro. Então o responde com uma voz um pouco trêmula que sua capa me enfeitiçava e fazia com que me desse sede de lê-lo e desvenda-lo. Ele por sua vez me disse que eu poderia me arrepender de julgar um livro pela capa, então, eu pensei: o que me faz odiá-lo ? e tive minha resposta rapidamente seu olhar  endurecido e sua tristeza no profundo de sua alma. Pensei como uma criança arteira no momento e perguntei o que te faz pensar que posso me arrepender? e ele me respondeu nem todos somos o que aparentamos. Pela primeira vez o vi como um ser humano e lembro e que ele me deu o livro e disse leia-o e descubra o mistério. Li todo e na semana seguinte fui falar com Gusttave a respeito e disse que não enganei-me com o livro ,contudo enganei-me a respeito dele, desculpei-me ,nos tornamos amigos. Quando estamos em coma muitos pensam que estamos mortos, porém estamos vivos. Pois é nesse momento que nossa mente vaga sobre o passado e lembramos de coisas de muitos anos que nos marcou e, nem nos damos conta que estamos marcados na vida inteira.

UM EMPRESÁRIO OBCECADOOnde histórias criam vida. Descubra agora