Observada

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Eu desci correndo, a Gabi estava sendo levada numa cama branca num carro da ambulância, a dona do orfanato falou que ela iria voltar bem e que era pra eu subir porque já estava tarde, ela se virou e foi pra cima, mas eu não, corri em direção ao carro e montei no capu, foi um pouco arriscado mas peguei uma carona naquele carro grande e espaçoso, eu não podia deixar a Gabi só, pena que ninguém pensa assim, não que eu seja uma pessoa lá que linda e comportadinha menininha, muito clichê né? hahaha sou docemente picante, essa é a palavra que me define, meia confusa mas eu sou uma mistura, sou doce  quando eu quero mas quando eu viro ruim ninguém me segure porque a coisa vai ficar feia, focando no assunto não posso ser vista no capu pelos médicos, e se a Gabi me ver não pode contar isso pra ninguém, o carro deu um impulso fortemente e então estacionou, eu caí de joelho no chão, fui rastejando até a árvore que ficava ao lado do Hospital Luna Sweet, eu vi a Gabi sendo levada por vários homens correndo para o hospital, e eu fui o mais rápido possível, mas meus joelhos sangravam muito, mas mesmo assim lá fui eu me apoiando nas paredes até chegar ao quarto, eu me senti vigiada, como se estivesse alguém me acompanhando em todos os lugares em que eu ia, senti uma respiração que parecia vir de trás de mim, e derrepente uma dor insuportável na perna, era uma injeção, que eu não sabia que líquido havia ali, só me virei pra trás e vi uma pessoa encapuzada, logo desmaiei ou sei lá o que...

Coração de papelOnde histórias criam vida. Descubra agora