Capitulo 1

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Saio do carro com o meu pai, e abro o porta bagagens, e tiro a minha mala, é pequena, já tenho algumas coisas aqui, que a minha mãe compra para mim.

- Xau filha, porta te bem em casa da tua mãe okay? - Diz o meu pai a olhar para mim.

- Claro que sim pai, eu sempre me comporto bem - Disse a olhar seria para o meu pai, segundos depois começamos a rir, o meu pai sabe como sou, e como não aguento o meu irmãozinho.

- Vá, até domingo, boa sorte para a competição - Diz o meu pai.

- Xau - dou um abraço ao meu pai - Obrigada, mas não vens ver? É a minha ultima competição pai, e tu nunca foste este verão me ver.

- Eu digo te amanha se vou ou não, se for avisas o teu treinador que vou.

- Ok, ate domingo.

Vejo ele a entrar no carro e sair. Viro me para trás e vejo a casa da minha mãe. Não gosto nada de vir para cá para casa, mas tem de ser, a minha competição é aqui perto, por isso.

Bato a porta, e a minha mãe abre.

- Não era preciso bateres filha, tens a chave - Diz a minha mãe com um sorriso na cara.

- Eu sei, mas...

- Perdes te a chave Isabella? - Grita a minha mãe furiosa.

- Não perdi nada fogo - A minha mãe olha para mim confusa - Dei a chave ao pai, assim ele sabe se eu não sair desta casa, é porque alguém me prendou, e em vez de ele arrombar a porta, ele abre a porta calmamente - Disse e subo as escadas para ir para o meu quarto. Mas tenho uma desilusão, aparece alguém na minha frente.

- Bem me pareceu que estava a ouvir gritos, ola maninha, desculpa eu não ter estado la em baixo para te receber como deve ser. - Disse o idiota que esta parado a minha frente.

- Olha quem é ele? A tua sorte é que somos irmãos, e eu preciso de ficar cá neste fim-de-semana, porque se não acontecia te pior que no fim-de-semana anterior.

- Queres dizer a parte em que te vais embora? - Diz ele com um sorriso.

- Não, quis dizer a essa marca que ainda tens nesse braço. - Aponto para o braço dele - nem acredito que ainda esta negro - Passo ao lado dele e vou para o meu quarto.

Não acredito que este idiota não saiu de casa sexta a noite só para me torturar. Ele sabia que eu vinha sexta a noite por causa da competição. Ficou cá para me chatear. Que raiva.
•••
Arg! Desisto, estou a tentar dormir a que tempos mas não consigo, não paro de pensar na competição mais importante do mundo, pelo menos do meu, estou muito nervosa, não paro de olhar para o relógio em 2 em 2 minutos acho que nem isso. Já decidi. Vou correr, tenho que aliviar o estreasse. Visto o biquíni, uma camisa, uns calções e calço as sapatilhas. Pego os meus fones e saio de casa, não levo chaves, já que ainda é cedo por isso depois toco a campainha e a minha mãe abre, ou entro pela janela, acreditem ou não, isso já aconteceu varias vezes. Corro até a praia, que é um pouco longe mas não faz mal. Quando chego la, vou até a costa e olho para o sol, que está a nascer e para o mar.

- Como é lindo - Suspiro.

- É mesmo - Diz um rapaz a passar por mim a correr.

Olho para trás para ver quem disse isso. Disse aquilo em voz alta? Meu Deus, mais uma razão para dizer que sou louca, falo sozinha e nem reparo.

•••

Dou uma volta pela praia a correr, e a ouvir música claro, o meu amor, claro que não é o único porque eu adoro nadar.

Olho novamente para o mar, parece que ele me chama, sei la. Tiro os meus sapatos e a minha camisa e os calções e vou a correr para a água. Mergulho logo, não sou daquelas pessoas que primeiro molha os pés, depois molha a mão, e continuando nê? Eu me atiro logo, sem olhar, custa muito mais ficar a fazer tempo. Quando era pequena e ia para a barragem com os meus primos, eles eram mais velhos que eu claro, era sempre a primeira a saltar na agua, e eles só ficavam a olhar para mim, dizia sempre para eles virem para a agua, ter comigo mas eles nunca vinham, podia ter 14 anos, mas eu queria companhia, até houve uma vez que eu ouvi dizer que odiava essas pessoas, que pedia para vir para a agua, a tão ela odiava me, ela pensa que não ouvi, mas ouvi perfeitamente, de certa forma, eu não sou muito pegada aos meus primos, nem falo com eles, eles odeiam me, e para ser sincera, eu não quero ter nada a ver com eles. Mas vá, isso já foi há a 4 anos.

Fico a nadar um pouco, nado para longe, não importa se a corrente me leva. Paro de nadar um pouco e olho para a costa. O que vejo? Vejo areia, e chapéus em cima, e a estrada, porque que não pode haver um mundo na água?

Fico mais um pouco no mar, sempre no mesmo lugar, a olhar para o horizonte e penso na minha vida. Amanha vou ter a tal competição, e eu estou super nervosa admito. No mergulho livre consigo fazer 70 metros só. Eu estou a treinar para chegar aos 80, seria brutal. Imagino, alguns a olhar para mim, com raiva de eu ter ganho, e outros a dar me os parabéns, eu a sorrir, com a medalha ao pescoço, e mandar beijos as pessoas que tiveram comigo, a acompanhar me e claro as pessoas que me odeiam neste momento, isso passa. Mas vamos ser sinceros, nem daqui a milhões de anos vai acontecer tal coisa.

Saio da agua, e vou até as minhas coisas, espera, não tenho nenhuma toalha.

Pois, supostamente era para correres, não para ires nadar. Só trouxeste o biquíni para apanhares sol, ou caso tivesse muito calor, mas o que fizeste tu, foste nadar. - digo para mim mesma.

Fogo, até eu mesma ralho comigo, lindo. E agora como vou secar????

Como é um ano novo decidi postar o primeiro capítulo. Mas e agora? Como ela vai secar?

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