Capítulo 29

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Demorou tempo, mas finalmente eles conseguiram. Nos parecíamos uma família maluca, mais do que já fomos. Ainda bem que é cedo e ninguém vem para cá cedo.

- Arthur - chamo-o e ele vem ate mim. - Podes ir lá buscar a carrinha por favor? - pergunto.

- Só se eu conduzir minha senhora. - diz na brincadeira. Dou lhe as chaves e ele vai a correr buscar a carrinha.

- Vamos meninos, o Arthur já foi lá buscar a carrinha, vamos ter com ele. - digo e eles os 4 vêm até mim.

- Mãe já sei andar melhor do que o John. - diz a Sue pegando a minha mão e dado a mão a Blue.

- Todos sabem andar muito bem com as pernas. - digo.

Ouvimos um bip e olhamos para trás e vimos a carrinha.

- Azul - disse a Blue. - Lindo. mas como vai andar?

- Vamos entrar e depois descobres esta bem? - pergunto.

Abro a porta de trás e meto os meninos primeiro, eles quiseram ir a trás e por fim as meninas, ponho o cinto a todos e fecho a porta e abro a da frente e entro.

- Vamos para casa do meu pai. - digo e o Arthur arranca.

Ligo o radio e começo a cantar, era inglês e eles não sabem falar ainda por isso, só acertavam no refrão, nos estamos sempre a ouvir musicas lá no reino. Chegamos lá rápido, a casa do meu pai estava igual. O Arthur estaciona a frente da garagem do meu pai e saímos do carro, ajudo os miúdos a saírem do carro, trancamos o carro e fomos até a porta, meti os meninos a atrás com o Arthur e fiquei a frente. Ouço ele a destrancar a porta e abre e fica exatamente como aquele quadro O Grito.

- Minha menina voltou. - diz ele a sorrir. - Estas aqui. - diz ele a abraçar me. - Voltas te. - diz ele com as mãos nos meus ombros e afastou me. - Tu mudaste tanto. - diz ele me abraçando outra ves. - Espera. Sabes que tens crianças atrás de ti certo. - diz.

- Pai, estes são os meus filhos. Meninos este é o avó Henrique. E aqui a trás é o Arthur a ama deles. - digo e o Arthur olha para mim como se tivesse a dizer o que????? Eu não pensei no que ia dizer ao meu pai e isso veio a minha cabeça. - Pai este é o Mike, a Blue, a Sue e o John. - disse.

- Que adoráveis... Bem vindos a família. - disse o meu pai abraçando eles um por um.

- Olá avó. - diz o Mike.

- Entrei. - diz ele abrindo mais a porta. Entramos e sentamos no sofá.

- Finalmente , estas pernas doem. - diz a Blue a sentar se , olho para ela assustada, ela não pode dizer isso.

- És tão nova e já te doem as pernas. É só descansares um pouco e isso passa. - diz o meu pai para ela. Sorri e tentei mudar de assunto.

- A tão pai? O que mudou por cá? - pergunto.

- Eu fui promevido no trabalho, a tua mãe esta igual, pior quero dizer. Desde que te foste embora eu tenho estado aqui sozinho. E é só acho. E tu? Mudas te tanto o que tens feito? Porque adotas te 4 meninos? Tens estado bem? - perguntou. Eu não pensei no que lhe dizer. Olhei para o Arthur que estava atento as crianças.

- A minha casa é grande e sentia me sozinha - acabo por dizer a verdade de alguma forma, só não digo que moro num castelo. - Eu adorei estes meninos logo que os vi e se podesse ficava com mais mas eu tenho muito trabalho, eu organizo os papeis e cuido das contas. - Novamente completamente verdade só não disse que eu era rica e que sou rainha de um reino. - Tenho estado muito bem. - digo olhando para eles.

- Ainda bem. Quando quiseres podem vir passar férias para cá, temos espaço. - diz ele a sorrir.

- Eu moro longe mas sempre que possa venho. Desculpa não vir depois destes anos mas eu estava mesmo ocupada a trabalhar. - disse. - E pai vai te calçar, nos vamos ao shopping eu pago o almoço - digo a sorrir. - Não tive cá algum tempo por isso quero recompensar, almoçamos no shopping e damos uma volta e tu podes conhecer melhor os teus netos.

- Está bem. - diz ele a calçar se. - Eu ainda tenho a mota, se tu quiseres ir nela e eu for no teu lugar no carro queres. - diz ele pegando na chave.

A mota, tantas saudades. Tenho quase a certeza que os meus olhos estam a brilhar neste momento. Mas e os meninos, eles podem dizer alguma coisa e assim podemos ser descobertos e eu não quero isso. Não pode ser a não ser que o meu pai venha comigo.

- O que é uma mota vó? - pergunta o John.

- A tua mãe nunca te mostrou uma mota? - pergunta o meu pai e olha para mim impressionado. - Vamos a garagem que eu mostro te.

Fomos todos até a garagem e o meu pai levantou um lençol onde estava a mota por baixo. Ele tinha metido um lençol por cima dela.

- A tua mãe adorava esta mota. Ela conduzia muito bem. Eu não mexi mais na mota desde que ela me deu a chave. - o meu pai diz. Aquela mota traz muitas lembranças. Do meu pai a ensinar me a andar, da minha mãe a gritar para eu não andar.

- Que tal uma volta pelos velhos tempos, tu vens comigo ao shopping e eles vão na carrinha sim? - pergunto e viro me para o meu pai.

- Vamos ver se tu ainda andas tão bem quanto andavas. - diz ele com uma voz desafiadora. Ele não fez isso!!

- Nunca se esquece. - digo, - Vamos?

Fechamos a porta, meti os meninos no carro , abrimos a garagem, tiramos a mota de lá de dentro e fechamos a garagem.

- Segue me. - disse para o Arthur. Ele diz que sim com a cabeça e entra no carro.

Subo para a mota e o meu pai sobe de seguida e ligo a. Como me esqueci deste barulho. Há 7 anos que não ando mas esta todo no meu pensamento. Arranco a mota a uma velocidade que fazia o meu pai gritar de alegria. E via que o Arthur vinha mesmo atrás de mim. Escolho ir pelo caminho mais longo assim aproveito o tempo perdido.

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