Capítulo 19

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- TU PODIAS TER CONTADO A ELE, EU SEI QUE GOSTAS DELE, EU SEI. - Gritou a Cloe.

- Sim, gosto dele como amigo, eu não sei mas ele não gosta de mim e ainda por cima eu conheci a pouco tempo e se ele não confia em mim não posso fazer nada. - digo calmamente.

- Mas ele gosta de ti, ele, os costumes dele, o que ele aprendeu até esta certo e tu tens de mostrar que esta mal porque tu sabes que esta mal. - disse ela calmamente.

- Não sei. Eu vou cumprir o que disse. Eu vou destruí la, até ela ficar sem nada e vier pedir te ajuda. E não vou falar com o Lucas. Ele não quer.

- Quer acredita. Vai falar com ele, acredita em mim. Ele gosta de ti. Agora tens que acordar.

- NÃO, EU QUERO FALAR CONTIGO.
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- NÃO - grito, e percebo que estou acordada, fixe. Vou ao almoço da família.

- O que se passa? - diz o meu pai e o Pedro a abrir a minha porta preocupados.

- Nada, eu só não quero ir ao almoço. - digo calmamente.

- Como é que consegue viver com ela? - pergunta o Pedro ao meu pai. Um pouco irritado porque o acordei, reparo nisso porque ele está só de boxers, e o meu pai já esta de fato, deve ir trabalhar agora.

- Tas a brincar? Adoro esta rapariga - diz o meu pai a rir se. - Não partas a cara a ninguém no almoço. Parte alguma coisa menos os teus primos. - diz e eu olho a sorrir para o Pedro. - E menos o Pedro.

- Tas me a estragar a felicidade toda. Tu não vais?

- Tenho uma reunião. Mas diverte te com o Pedro, que ele vai te ajudar, não é Pedro?

- Eu? Porque eu? - perguntou o Pedro.

- Esquece, não preciso de protecção, os outros é que precisam. - digo calmamente.

- E eu que o digo. - diz o Pedro tocando nas suas costas. E eu olho para lá preocupada.

- Tens razão. - diz o meu pai a rir se.

- Desculpa. - digo para o Pedro.

- Tudo bem. Não te esqueças de levar biquíni, vamos para a piscina. - diz o Pedro e depois sai do quarto.

- Vês, podes passar o tempo todo a nadar agora. Diverte te. - diz o meu pai e sai para ir trabalhar. Ouço a porta de lá de baixo a fechar se e levanto me da cama.

Encho a banheira e vou lá para dentro, nem em 5 segundos me transformo em sereia. O meu pai vai ficar a pensar que eu vou estar me a divertir na piscina, mas eu não posso entrar lá.

***

- Chegamos - diz o Pedro a entrar para casa. - Eles devem estar lá fora. Vamos?

- Tenho que ir. Sou obrigada.

Fomos lá para fora, para o jardim quero dizer. Os homens estam ao pé do grelhador, as mulheres estavam na outra ponta a conversar e os outros estam a brincar na piscina ou a jogar a apanhada ou outra coisa. Quando chegamos todos começaram a olhar para mim e para o Pedro menos os homens, ele estavam ocupados a falar. E ouço as mentes deles. Olho para as mulheres primeiro.

Meu deus o que ela fez ao cabelo?
Que horrível.
Ela está tão diferente.
Como ela fez isso?
Não sei como a minha irmã deixou fazer aquilo ao cabelo.
Meu deus, porque que disse para ela vir?

Acabo de ouvir a minha mãe, e paro de ouvir mais, não acredito. Ela tem vergonha de mim. Ok, vamos lá fazer este almoço e é se esta casa não cair primeiro. Olho para as crianças que adoram o que fiz ao cabelo e olho para os mais velhos, da mesma idade que eu.

Ela é da familia.
Que gostosa.
Ela é mesmo a Bella?

Paro por ai. Pego no telefone e nos fones, tiro o vestido e vou para uma toalha deitar me. Ponho a musica a dar, me viro para cima e fecho os olhos. Ainda sinto alguns olhares em mim mas esqueço.

Depois de ouvir as minhas musicas todas, são poucas, eu tenho de passar mais músicas para o tele. Levanto me e vou até aos homens.

- Ainda demora muito? - pergunto.

- Um pouco, mas vai lá brincar com os teus primos. - disse um homem que eu nem sequer conhecia, sem olhar para mim.

- SAIM DAQUI - grito e eles começam a olhar todos para mim, - SAIM QUE EU FAÇO ISTO, É QUE SABEM É PARA COZINHAR NÃO É PARA CONVERSAR MENINAS, - digo por fim e eles vão se embora para um canto e as mulheres, tias, começam a olhar para mim como se tivessem a perguntar qual era o meu problema e a fazer me má cara. Mando lhe com as minhas duas mãos dois piretes. E começo a fazer os hamburgeres.

- Eu ajudo. - diz o Pedro.

Fazemos todo e as crianças vão comer primeiro e alguns adultos, nos fomos sempre os ultimos a comer, já que fomos muito e não cabemos em duas mesas. Volto a deitar me na toalha e sinto alguém a tocar e levantar me como se eu fosse um saco de batatas a levar me para a água, não. Era o Carlos.

- LARGA ME - começo a entrar em pânico a bater lhe nas costas com força. - SOLTA ME RAPIDO. TIRA ME DAQUI. EU NÃO QUERO IR PARA A ÁGUA. SOLTA ME - bato lhe com mais força ainda. E ele solta me, mas solta me ao pe da água na parte onde estava molhada. Bolas. Corro para a casa de banho, por favor aguenta, não te transformes. Quando estou a fechar a porta caiu de cara no chão. Au. Tento chegar a porta para tranca la. E ouço passos. Tento agir o mais rápido que consigo e tranco a porta. E relaxo. Alguém bate a porta.

- Bella podes sair daí? Eu quero ver como estam as minhas costas, está a dor muito. Abre a porta. - diz o idiota do Carlos.

- Não. Saí daqui. E é bem feito. Tu merecias muito mais por me fazeres isso. - respondo.

- Saí daqui Carlos. - ouço a voz do Pedro.

- Ok, mas como estão as minhas costas?

- Vermelhas e tas um pouco a sagrar. - diz o Pedro a rir se.

- Bolas aquela miuda tem força. - diz o Carlos e ouço passos a sair. Ufa saíram.

- Bella? O que que tens? O que se passa? Porque que bateste ao Carlos e fugiste. Foi só porque ele te quis meter na água? - pergunto o Pedro. Bolas ele ainda está cá.

3 minutos depois ele ainda estava calado mas ainda estar lá eu ouvi a sua respiração.

- Já sei. - disse ele, como se tivesse a pensar os 3 minutos, falta só um va la. Eu até usava a toalha só que não há aqui nenhuma toalha. - Já sei porque que fugiste. Já sei porque queres desistir do teu treino. Está tudo ligado.

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