Já faz algum tento que eu não escrevo.
Tem acontecido muitas coisas na minha vida que nem eu mesma consigo explicar. Na verdade eu consigo sim, e eu vou contar tudo.Era uma vez....tá bem estou brincando.
Nem sei por onde começar. Talvez eu comece por uma semana depois do cinema.
Exatamente no dia que eu apresentei meu amigo Vitor para Raquel e Jéssica.
Ele andava meio triste,e talvez conhecer pessoas novas fizesse bem a ele.Não que Raquel e Jéssica fossem o melhor tipo de pessoa,mas era o que eu tinha.Liguei pra ele bem cedo:
- Oi!-falei.
- Oi Manu.-respondeu ele.
- E ai,tá tudo bem?
- Tá sim, e você?
- Eu estou bem , mas pode ficar melhor se você topar sair pra conhecer as minhas amigas.
-Hoje?
- É,hoje.
Ele parou por alguns segundos e depois disse:
- Tá,pode ser.
- Então eu vou falar com elas.E mais tarde te ligo denovo.
Desliguei o celular e fiquei parada por algum tempo.Depois liguei para as meninas e combinei tudo.
Fomos numa sorveteria perto de casa mesmo.- Então,ele não vem?-Perguntou Raquel.
- Ele disse que vem,então, ele vem.
Esperamos mais um pouco.E então vi ele chegando.
- Ele já vem.Por favor gente, não deixem ele sem graça, porque ele é muito tímido, quer dizer não muito, mas é. Ahh vocês entenderam.
- Tá bom Manu , fica de boa.
Ele chegou,comprimentou cada uma, depois se sentou e por fim disse:
-Me desculpem pela demora.É que eu tive que passar em um lugar antes.
- Ah não tem problema, nós chegamos quase agora também. -falei.
- Você tem quantos anos?-Perguntou Raquel .
- Eu tenho 16.
- Você é muito bonito.- Disse Jéssica .
E Vitor ficou super vermelho e sorriu.
- Obrigado. -respondeu ele.
Passamos um bom tempo lá, todos conversando,rindo e compartilhando histórias das nossas vidas.
Vitor parecia bem.Ele sorria de um jeito tão espontâneo.Eu realmente me importo com ele, porque ver ele ali sorrindo também me fazia bem, eu acho que eu até. ...- Manuuuu??
- Oi?O que? Que foi?
- Você aí, dormindo acordada.
Eles riram.
- Ai me desculpem.Mas o que você queria falar ?
- Vamos embora?
- Vamos.
- Eu vou pra casa,porque ainda tenho que fazer umas coisas.-Disse Vitor.
- Mas então a gente se vê depois,você é um cara muito legal.- Falou Raquel.
Ele agradeceu e deu um abraço em cada uma.
- Me liga mais tarde, tá? -eu disse.
- Eu ligo.
Voltamos para casa,e como eu pedi Vitor me ligou.Conversamos até tarde.
E depois fui deitar.Alguns dias depois ,Vitor me ligou muito triste me contando que o pai tinha ido para o hospital em uma situação crítica.
Eu fiquei muito sem reação, na real não sabia o que fazer.
Confesso que isso me abalou muito.Eu não tenho muito contato com o meu pai,mas eu sei como isso é difícil.
Então decidi,que o melhor que eu tinha a fazer era estar ao lado dele.Ser o ombro ,que ele precisava pra chorar. Conversei com minha mãe e ela permitiu que eu fosse até o hospital onde o pai dele estava.
Peguei o ônibus e depois de meia hora cheguei ao local.
Quando entrei na recepção vi Vitor e alguns familiares na sala de espera.
Ele me viu e veio ao meu encontro.Me abraçou e eu pude perceber tristeza e medo em seu rosto.- E então alguma notícia?
- O médico disse que ele precisaria fazer uma cirurgia. Mas depois disso eu não soube muito.
- Vai ficar tudo bem Vitor,se Deus quiser.
Mesmo com a tristeza estampada em seu rosto,ele sorriu e disse:
- Obrigado por ter vindo.
- Eu sempre estarei aqui,quando você precisar .
Fiquei algum tempo lá, e depois a mãe de Vitor me levou em casa.
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Diário de Uma Garota Quase Invisível
RandomManuela, uma garota de 14 anos, confessa tudo o que sente em seu diário, desde os acontecimentos escolares até seus primeiros amores.