Olá, amoras e amores! Esse capítulo é dedicado às minhas queridas leitoras que fizeram aniversário recentemente e a Sara Cabral que vai ser mamãe em breve <3 Parabéns, minhas lindas :)
- Então, quando eu fui atender o celular, Lita jogou dentro da banheira. Como não queria chamar a empregada para me ajudar, tive que colocar ela no chão, enquanto tentava achar o aparelho em meio a toda aquela espuma. – Mari começou a relatar o que aconteceu na nossa casa, nesses dias em que me mantive longe. – Quando encontrei a droga do celular e me virei para pegar a bebê, ela estava prestes a engolir a tampinha do sal de banho, que havia perdido uma noite antes.
- Ela não engoliu, né? Já imaginou o que aconteceria? Cristo! Só de imaginar eu já fico...
- É tão bonito ver você assim, tão "papai". – Comentou do outro lado da linha. Eu me distraí tanto com que ela disse, que nem reparei que tinha me aproximado da borda da sacada. Instantaneamente várias pessoas começaram a gritar o meu nome, e em seguida os flashes dispararam. Me afastei dali o mais rápido possível.
- Isso ainda é muito estranho para mim, sabe? É como dar uma entrevista coletiva pela primeira vez, você meio que não sabe o que fazer na hora, tem medo de fazer algo que resulte numa merda gigantesca.
- Para um pai de primeira viagem, até que você está se saindo bem.
- Tirando a troca da frauda e ter manipulado a escolha do nome?
- A troca da frauda foi uma lição, ninguém nasce sabendo isso. Quanto a história do nome, acho que já superamos essa parte.
- Concordo. – Ficamos um tempo em silencio, observei a paisagem linda desenhada a minha frente. – Queria que você duas estivessem aqui. Já visitou Madrid?
- Ainda não. – A ruiva respondeu. – Quase fui uma vez, porém o meu pai teve um compromisso de última hora, e a viagem foi cancelada. Era o período de férias no internato, passei todo aquele tempo sozinha, já que todas as meninas sempre saiam para passar as festas de fim de ano com a família.
- Seu pai é um filho da puta. – Quando ouvi um som de surpresa do outro lado da linha, continuei. – Não vou pedir desculpas, porque é verdade, aposto que essa não foi a primeira vez que ele deixou você trancafiada no colégio... – Parei de falar abruptamente. – Espera um pouco, você estudou num colégio interno?
- Sim, por que a pergunta?
- Qual deles? Aquele bonitão que só estuda as patricinhas?
- Sim, Luke, mas nem todas eram patricinhas.
Fiquei em silencio, meu cérebro processando a informação, e o meu inconsciente mandando imagens desconexas. A combinação garota ruiva mais colégio interno, me faz ter emoções fortes que me deixam mais maluco do que sou, pois por mais que eu force, nada de preciso vem a minha mente.
- Luke, você está aí?
- Sim, é que eu estava pensando.
- Lembrou de alguma coisa importante? – Aquilo era expectativa na voz dela?
- Eu não sei. – Respondi. – Sabe aquela sensação, quando você olha algo e sabe que conhece de algum lugar, mas por mais que tente, não consegue lembrar?
- Sei.
- Acho que estou deixando passar algo muito importante, no que diz relação a você. – Argumentei. – Tem alguma coisa que você queira me contar, Mari?
Ela passou tanto tempo em silencio, que eu até afastei o celular da orelha, para checar se a ruiva ainda estava na linha. Posso não ter a inteligência do Nicolau, mas aquele silencio diz muita coisa.
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Luke
Romance**VOLUME III DA SÉRIE GOLDEN BLOOD** Agora sou oficialmente o único guitarrista da Golden Blood, dividia o posto com Aaron, mas ele abdicou do mesmo. Sei que a decisão foi mais para fazer com que eu leve mais a sério o meu papel na banda. Não costum...