xxiv. auto-arrimo

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Às vezes me sinto tão solitário quanto Zabulon Simintov, o último judeu em solo afegão, que tinha uma disputa com o falecido penúltimo judeu em solo afegão, que metafisicamente seria o único que o entenderia. Às vezes até quem nos entende, acaba desentendendo. Desta maneira, Zabulon assim como eu permanece frequentando sua sinagoga, com a companhia de pássaros e sua própria sombra nos dias que o sol brilha um pouco mais.

Às vezes me sinto tão frágil quanto a Islândia: uma crosta fina sob o encontro de duas placas tectônicas, as norte americana e euro-asiática. Ainda sim cresço mais a cada período de 365 dias (dois centímetros e meio, para ser exato).

Às vezes me sinto tão parte de coisas maiores que quem hei de ser quanto um monólogo regido a dois; "Nunca te deixarei só, meu amor", proclamei para quem escutasse nesta vasta floresta de caminhos estreitos e desfeitos (neste caso fora eu mesmo).

Às vezes me sinto tão rejeitado quanto as ilhas francesas do Oceano Pacífico: inabitadas, prontas para guerrear e jogadas de um lado para o outro por mais de três povos e cinco séculos.

Às vezes me sinto tão condenado quanto Rangi e Papa, céu e mar, que foram forçados a se separar e nunca mais se tocar por seus próprios filhos, tudo por um propósito maior. 

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