Sehun (Exo)

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"The Sound of Silence"

Olá escuridão, minha velha amiga.

Eu vim falar com você novamente, porque uma visão suavemente arrepiante deixou sementes enquanto eu dormia. E a visão que foi plantada em minha mente, ainda continua dentro do som do silêncio.

Nenhuma palavra ousou sair de minha boca desde o momento que acordei. O quarto, ainda escuro, nunca pareceu tão assustador. Ainda não me acostumei com solidão. A sensação do abandono.

Em meus sonhos agitados eu caminhei sozinho. Ruas estreitas pavimentadas sob a luz de uma lâmpada de rua. Eu virei meu colarinho para me proteger do frio e umidade. O lugar era familiar e de certa forma me deixava em paz, depois de meses em completa confusão.

E eu podia ouvir sua voz sendo sussurrada solta em cada esquina. Me guiava por esse meio. Ou pelo menos tentava.

Nossas risadas ecoavam em minha mente e martelavam nas duras memórias de um passado bem recente. E tomado por uma dor inconfundível e agonizante, decido continuar. Porque eu daria a vida para vê-la outra vez. Mesmo que fosse apenas uma única vez.

E a cada passo dado o buraco em meu peito parecia aumentar. Algo precisava servir de alimento para os demônios ao meu redor. E a dor.... Ah, essa dor. Nada melhor do que o sofrimento de um jovem rapaz apaixonado.

Ao que a cidade ficava para trás, a estrada escurecida. As luzes não eram mais tão visíveis assim. Então ela apareceu. E seu sorriso era tão inocente quanto no dia em que nos conhecemos. Seus olhinhos curiosos estudavam minha expressão. Eu estava confuso. Nunca estive tão perdido. Era tão real, era ela ali, minha garotinha estava de volta.

A luz da lua refletia em sua pele branquinha. As mãos jogadas para cima e os olhos fechados sentiam os astros. Era a sua tão sonhada liberdade. Finalmente ali, ao seu alcance.

- Oh Sehun, eu estou te vendo.- e tão rápido como veio, ela se foi, quando meus olhos foram apunhalados pelo lampejo de uma luz forte.

E aquele carro a levou outra vez para longe de mim.

Ao que meus olhos abriram lentamente, as imagens estavam frescas em mente. O sorriso, a risada, o som de sua voz. Encarando o teto do quarto, tento não pensar em muitas coisas ao que o nó em minha garganta começa a crescer. E logo uma lágrima solitária escorre pela lateral de meu rosto.

Quem criou a dor? Prendam a dor. A condenem em prisão eterna no lar dos solitários. Não entre no meio do caminho do destino. Não force os elos que juntam duas almas perdidas. Que um dia se encontraram.

Não deixe que a levem de mim.

Ela não está mais aqui.

"Tolos", disse eu, "vocês não sabem. O silêncio é como um câncer que cresce.
E o aviso disse:
As palavras de profetas estão escritas nas paredes do metrô e corredores de apartamentos.

Então ela veio. E sua risada ecoou no som do silêncio.

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