Leandro
Desde que voltei pra casa dele, sinto em seus olhos um misto de medo, culpa e mais alguma coisa, quando acordei no hospital agora a pouco – parece que deu uma leve alteração no exame e me deram alguns remédios que deram sono – o Giu falou comigo, disse que o Julio tinha contado tudo a ele e que era pra conversarmos, que perdíamos tempo magoando um ao outro enquanto poderíamos estar curtindo ou apenas conversando, por mais que o Giu seja um crianção, ele é extremamente maduro, temos pouca diferença de idade e perto dele me sinto um moleque às vezes.
Nossos olhares se cruzavam o tempo todo, mas eu senti que ele desviava quando acontecia, quando finalmente todo mundo foi embora a Aninha me deu um beijo e pediu pra eu não ficar mais "tiste" não tem como não amar essa menina gente, fiquei no sofá e esperei o Júlio voltar, era a minha vez de pedir desculpas
- Le, preciso falar com você
- Eu também
- Por favor me deixa falar primeiro – assenti – me desculpa, eu tinha planejado tanto a noite de ontem que quando uma coisa saiu errado eu exagerei, quando vi que era ele que trouxe a comida me arrependi de não ter pedido em outro lugar
- Espera, ele quem?
- Então você não?
- Eu o que? – Não estou entendendo nada
- Pq você não foi jantar comigo?
- Pq achei que fosse pra eu jantar sozinho e que você estava de saída, não me toquei que toda a sua produção de ontem poderia ser pra mim, fiquei com ciúmes – pronto falei
- Ciúmes de você mesmo? Não era mais fácil me perguntar?
- Não pensei nisso, aí quando você se trancou no quarto e eu fui pra cozinha que entendi, mas me explica o que o entregador tem a ver com isso?
- É que eu e ele já tivemos algo, nada muito sério, mas era tipo amizade colorida pra mim e romance pra ele, e vamos dizer que hoje não temos nem uma coisa nem outra; achei que você tivesse sacado alguma coisa e ficado daquele jeito
- Eu nem percebi, aliás o que eu posso fazer? Ele é seu ex, o problema será quando ele quiser ser seu atual e principalmente se você gostar da ideia
- Então tudo aquilo ontem a noite foi por nada?
- Parece que sim
- E hoje de manhã?
- Então, quando me toquei do que fiz fiquei pensando em um jeito de pedir desculpas, aí saiu as panquecas e tal, quando vi que tinha acordado corri pra cozinha pra comermos juntos, mas você saiu pela porta da frente e nem foi me encontrar
- É que eu não queria correr o risco de te ver dormindo no sofá então quase passei pela sala de olhos fechados, e a cozinha eu tinha medo de ver a mesma mesa de ontem a noite
- E foi aí que quando olhei pra baixo vi minha perna sangrando, liguei pro Lucas e o resto você sabe
- Aí é que quando eu criei coragem de voltar pra casa e pedir desculpas não te encontrei e vi o bilhete e o sangue no chão, fiquei louco e liguei atrás de você
- Meu celular estava no silencioso e eu capotei com os remédios
- Quando falei com o Lucas é que percebi o quanto fui idiota, não poderia ter feito isso com você, te trouxe pra cá pra te mimar e te deixar em repouso, não pra se esforçar, se não tivesse feito isso não teria voltado pro hospital
- Agora não importa mais, só vamos esquecer isso e parar de brigar à toa, afinal somos um casal certo?
- Sim, e voltando a intenção inicial de ontem... - ele se ajoelhou no chão e – Le, aceita namorar comigo?
- Só com uma condição
- Qual?
- Levanta daí e vem me beijar, se eu forçar a perna e estourar esses pontos o médico me mata
- Isso eu faço com prazer
Julio
Levanto e vou beijar o meu namorado, o pego no colo e vamos até a nossa cama, o deito e tomando o máximo de cuidado retiro sua roupa, beijo seu corpo e vejo que ele se excita, começo a chupá-lo devagar, quero saboreá-lo primeiro, minha saliva se mistura ao seu pré gozo e espalho por todo seu membro, lambo a virilha e o saco, ele costuma se depilar, está mais peludo pois por causa da cirurgia não está conseguindo fazer sozinho – e não me deixa ajudar - começo a chupar o saco, passo a língua o movimentando com força e vontade, vejo ele mexer a perna machucada, o impeço com o braço, a outra fica livre e ele usa pra se retorcer na cama, chupo só a cabecinha, batendo ela na língua e no meu rosto enquanto com a mão faço movimentos de cima a baixo em sua base, ele goza em minha boca e o sinto relaxar, subo seu corpo espalhando beijos até encontrar a sua boca onde ele corresponde chupando minha língua com força enquanto puxa meus cabelos e aperta meu corpo.
Por hora é o suficiente, não posso deixa-lo se esforçar, nos abraçamos e ficamos em silêncio, fico pensando em como fomos bobos, uma conversa ontem a noite teria mudado tudo isso, agora entendo o que o Giu quis me dizer e ainda mais o Risto, todos os dias vou dar o meu melhor pra nunca mais ter que reparar nada. O Le começa a se movimentar e me pede pra ajuda-lo a tomar banho pois o ultimo foi ontem a tarde quando eu ajudei e ainda mais tendo ficado no hospital, vamos ao banheiro e tomamos banho juntos, o deixo de cueca em cima da cama e volto pro banheiro com qualquer desculpa e me preparo, sei que ele não costuma ser muito ativo mas não tem outra escolha, a perna dele precisa repousar e eu preciso do meu namorado, volto para o quarto e ele está quase dormindo, fico com pena mas meu tesão por ele fala mais alto, vou massageando seu corpo chamando sua atenção, mordisco e chupo seus mamilos e ele acorda, passa a me apertar, me puxa para um beijo, monto em seu quadril, sinto que já está pronto, desço a sua cueca travando as pernas, volto a montá-lo e começo a descer sobre seu pau, faz muito tempo que não sou passivo de alguém, sinto dor, mas a recompensa de ver sua cara de prazer é inexplicável, vou aos poucos descendo e o acomodando em mim, assim que consigo colocar quase tudo passo a subir e a descer, suas mãos vem em direção ao meu peito puxando meus pelos ao seu encontro, minhas mãos se seguram em seu peito malhado, minha boca devora a sua, cavalgo cada vez mais forte, sinto vontade de gozar mas ainda não, preciso dele por mais tempo, esperei muito pra ir tão rápido. Mas a quem eu quero enganar? Por mais que eu queira não vou aguentar nada, e o Le ainda começa a me masturbar, acabo gozando em seu peito e barriga enquanto ouço um rosnado rouco de sua garganta que me mostra que ele está gozando também, saio de cima dele, estou cansado mas preciso cuidar do meu namorado – to besta até agora com isso – vou ao banheiro, me limpo rapidamente, volto para o quarto e limpo minha porra que está em seu corpo, arrumo sua cueca no lugar, deito ao seu lado, o cheiro do sexo ainda está no quarto, posso senti-lo, e assim adormecemos.
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Recomeçar
RomanceLeandro já sentiu o ódio simplesmente por ser quem é Júlio teve sua vida virada do avesso Ambos tiveram seus recomeços sozinhos Mas não precisa ser assim para sempre