Capítulo 6 - Questão de confiança

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O primeiro dia após o resultado da perícia foi difícil. Sasuke estava visivelmente triste. Sakura tentava acalmar o coração do marido, mas não tinha sucesso em nenhuma tentativa. Enquanto Sarada mantinha Indra e Ashura entretidos no quarto, Sasuke e Sakura tinham uma conversa séria na sala.

— O que você vai fazer agora? – Perguntou Sakura.

— Eu pensei muito e vou voltar a empresa para procurar alguma prova. – Disse Sasuke.

— Que tipo de provas?

— Meus cálculos, Sakura. Eu procurei antes, mas acabei não achando. Eles ainda devem estar lá. Eu mantinha um caderno de cálculos de cada projeto com que estava envolvido. – Relatou Sasuke.

— Você devia dizer isso a Boruto, afinal ele é o seu advogado. – Disse Sakura.

— Sim, vou falar com ele. Sarada mesmo havia me dito mais cedo que Boruto estava me procurando. Precisamos definir a minha defesa. Se eu achar esse caderno, posso provar que o cálculo estava certo. – Alegou Sasuke.

— Te desejo boa sorte, meu amor. – Sakura então abraçou e beijou Sasuke.

— Quero esfregar na cara do meu pai a minha inocência. – Disse Sasuke.

— Querido, seu pai não falou aquilo por mal. – Disse Sakura.

— Ele não acredita em mim! – Disse magoado.

— Seu pai confiou na perícia. – Sakura tentou defendê-lo.

— Ele tinha que confiar em mim, Sakura! Vai dar razão a ele? Daqui a pouco vou começar a pensar que você também tem dúvidas sobre a minha inocência. – Disse meio nervoso.

— Sasuke, eu acredito em você! Só acho que você não pode ser tão rude com seu pai. – Disse Sakura.

— Olha, por você, vou tentar não ser assim, mas ele me magoou muito com o tom acusatório.

— Sasuke, ele é desse jeito. Você não pode mudar o seu pai, mas pode fazer com que ele se arrependa do que disse. Quando você provar que é inocente, ele vai te pedir perdão.

— Meu pai não pediu perdão nem pra você. E olha que ele te fez muito mal. Acha mesmo que ele pediria perdão pra mim?

— Sasuke, seu pai melhorou bastante nos últimos anos. É verdade que ele nunca me pediu perdão, mas...

— Mas nada, Sakura! O senhor Fugaku Uchiha é incapaz de reconhecer um erro. Mesmo que eu prove minha inocência, ele nunca vai me pedir perdão.

— Ei, não fala assim! Ele pode te surpreender!

— Ia ser muito bom se ele me surpreendesse! Bem, eu vou lá no escritório do Boruto. Volto para o jantar, tudo bem? – Disse Sasuke dando um beijo na esposa.

— Ok. Te esperamos para o jantar então, amor! – Sorriu.

[...]

Enquanto brincavam, Sarada ouviu Indra se queixar de uma dor na garganta. Mas, inicialmente, achou que não era nada demais e que depois diria para sua mãe. No entanto, alguns minutos depois, ela foi beijar a testa do menino e percebeu que ele estava ardendo em febre. Por ser mais manhoso, Sarada tinha achado que ele só estava querendo ter mais atenção que Ashura, mas então se deu conta que ele estava passando mal mesmo. Desesperada, Sarada pediu para Ashura ficar de olho no irmão e correu para falar com Sakura.

— Mãe! O Indra tá passando mal! Ele tá com febre e dor de garganta! – Avisou Sarada.

— Era só o que faltava! Vamos levá-lo ao médico agora mesmo! – Disse Sakura correndo até o quarto.

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