No dia seguinte fui até o aeroporto e comprei minha passagem para Irlanda.
Mal posso esperar para ver a cara dele!!!################
Acordei hoje de bom humor e já repassei meus planos várias vezes na minha agenda, além de ficar pra lá e pra cá colocando coisas na minha mala grande de couro que deve ter custado uns 100 dólares. Porque eu tenho uma mala de 100 dólares? Não sei, as vezes Adam me da presentes estranhos, como o relógio daquele dia. Acho que é uma maneira de dizer "eu te amo".
Já faz uma semana que comprei as passagens e hoje é o dia, vou pegar um avião para Dublin- Irlanda, que é onde o Adam está.
Com tudo pronto, ouço a buzina do carro da Charlie. Pego minhas coisas, resumindo a mala e a carteira que vai no bolso da calça, além da agenda com tudo planejado, os lugares onde devo ir e as lojas onde posso comprar as alianças.
Chegando no aeroporto, desço do carro e recebo um abraço da minha amiga.
- Boa sorte Cas e boa viagem!
- Espero que eu esteja fazendo a coisa certa e se ele não aceitar? - estou começando a questionar tudo que vou fazer.
- Claro que ele vai aceitar, ele te ama! - ela diz com a maior animação do mundo e sorri.
O sinal indicando para entrar no avião toca e nos despedimos.
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Já dentro do avião, a única coisa que passa pela minha cabeça é: "eu vou mesmo fazer isso!!!"
No começo acho que estou passando mal de nervoso, mas percebo que o vôo tem turbulência demais, além do fato de a senhora do meu lado ter acabado de vomitar e a bebida do rapaz da poltrona de trás ter vindo parar nas minhas costas, molhando a minha camisa.
O vôo está perfeito!Mas todo bom humor acaba e o meu acabou quando anoiteceu e estávamos passando no meio das nuvens, para ajudar começou a chover e a cada trovoada o céu se iluminava.
Após uma forte turbulência o piloto avisou que teríamos que fazer um pouso forçado e quando estivéssemos em terra pegaríamos outros vôos.
É com certeza o pior dia da minha vida e só está começando!
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Em terra, descobri que ainda teria que atravessar o mar para chegar em Dublin e para piorar nenhum avião ou barco de luxo sairia nesse temporal. Legal, agora teria que pegar um meio de transporte de classe econômica, o que logo descobri que também não estava afim de sair na chuva. Eu não posso esperar a chuva passar, se me atrasar a convenção na Irlanda acaba e o Adam vai para o Japão. Droga.
Acabei em um barco fedorento de um pescador a qual paguei uma boa quantia para me deixar o mais perto possível de Dublin, ou seja, um fim de mundo onde não deve existir nem internet.
Estou questionando seriamente minhas chances de sair vivo dessa viagem.
Mal entrei no barco e já estou enjoado, essa banheira gigante balança muito e o cheiro de peixe não ajuda. Dou três passos em direção ao convés e vomito em meu próprios pés, atrás de mim ouço os marinheiros rindo e me mandando vomitar no mar para alimentar os peixes. Ao ouvir isso, sinto ânsia novamente e corro em direção a borda do barco.
Ao sair, o barco da um tranco que quase me joga para fora, pois estava totalmente inclinado na borda "alimentando os peixes".
Vendo isso o capitão me manda ir para cabine. Entro em uma porta e vejo uma cama, não é uma "cama" é mais um colchão colocado sobre um enorme banco de madeira. Mesmo assim, me atiro nele apagando logo após.
Sou acordado por um bando de marinheiros me sacudindo como saco de batatas, me levanto meio zonzo e com dor de cabeça. O pior é que ainda está de noite, não devem ter me deixado dormir nem duas horas, está chovendo e tudo o que vejo são minhas coisas jogadas na areia molhada de uma praia.
Legal, vão me largar aqui sozinho no escuro e no meio do nada. Seria mais fácil me roubar logo.Meus pés mal tocam o chão e ouço o barco se desprender e ir embora, não tem uma casa à vista é a única luz que vejo é a do farol do porto. Terei muita sorte se apenas me assaltarem.
Vejo uma pequena estrada de terra que leva para o meio do mato alto, que chega até meus joelhos mais ou menos. Pelo jeito é o único caminho.
Pego a mala no colo para não fazer barulho, não quero chamar atenção de nada que esteja no mato. Minha sorte é que alguns raios de luz da lua passam por entre as nuvens de chuva ajudando a iluminar.
Após alguns minutos andando vejo o mato a minha frente se mover, o coração acelera e ouço apenas minha respiração ofegante. Sinto algo passar em minha perna e a primeira coisa que penso é: cobra.
Fecho os olhos e os abro lentamente, quando lhe direciono o olhar vejo a bela silhueta de um cão, orelhas pontudas e pelo branco com manchas pretas. Sua calda felpuda está passando em minha perna, não era uma cobra, ufa! Depois de me recuperar do susto, olho ao longe e percebo inícios de civilização.
- Ei amigão, vamos lá! - estou me borrando tanto que tô até falando com o cachorro, essa viagem esta mexendo com o meu psicológico.
Alguns passos afrente vejo um bar que parece ser a única coisa aberta nesse fim de mundo. Penso um pouco mas acabo entrando, não vou ficar aqui fora ouvindo meus próprios pensamentos.
Ao entrar vejo vários senhores de idade bebendo em pequenas mesas talhadas em madeira bruta, é apenas isso que deve ter aqui, bêbados e... Saio dessa linha de pensamento quando vejo um loiro que abraçava uma morena e um ruivo, na maior pose de pegador.
Ele pula o balcão com facilidade e vem até mim.
- E aí cara, tudo bem? - sei que ele está esperando uma resposta mas só consigo prestar atenção em seus maravilhosos olhos verdes.
- Ei, você está com uma cara estranha, tá passando mal? - ele fala de novo e vejo que o estou encarando.
- Tô, eu tô bem sim - passo as mãos pelo rosto para limpar as gotas de chuva - Você pode me dizer onde fica o hotel mais próximo?
Olho em volta e percebo que as pessoas não tiram os olhos das minhas coisas, seguro a mala rente ao corpo me chingando mentalmente por levar coisas tão caras.
O loiro percebe meu nervosismo e da um sorriso amigável, repousando uma de suas mãos em meu ombro. Isso faz com que meu coração acelere deixando a respiração ofegante.
- Temos quartos para alugar, você tem dinheiro? - ele pergunta como se não tivesse visto minha mala e roupas caras, diferente dos outros que estão no bar, parecem abutres.
- Dinheiro cla_claro - gaguejar era o que menos queria agora.
- Então venha, vou te mostrar os quartos - disse sorrindo.
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Notas finais:
Bom, o capítulo acaba aqui espero que tenham gostado. Logo posto outro.
Se conhecem algum amigo que gostaria de ler essa história, mostra para ele também. Boa noite/manhã!
Até o próximo capítulo. Bjs :-)
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Destiel - Casa comigo?
FanfictionCastiel vai para outro país pedir seu namorado Adam em casamento. O que ele menos esperava nessa viagem era se apaixonar.