Destiel - Casa comigo?

Você não teve coragem

  Estou tão nervoso que acabo saindo correndo mas quando estou perto da porta meus pés escorregam no tapete e sinto uma dor forte na nuca, levo as mãos até o local e vejo que estou sangrando, minha visão fica escura e ouço meu irmão gritar meu nome antes de apagar.

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  Está de noite e estou cercado por árvores, por algum motivo sei que isso não é real, mais também sei que não é um sonho. É mais como uma lembrança, uma lembrança esquecida, resolvo estão tentar me lembrar.

  Estou com tanta raiva do Dean, por que mesmo? A, sim ele me chamou de moleque mimado, como se o fato dele ser alguns anos mais velho o tornasse o dono da razão! E ainda mencionou meus pais. Ele é muito idiota mesmo. Começo andar por entre as árvores até que vejo um homem parado em minha frente, ele vem em minha direção.

  - Olha o que eu encontrei, eu esperava uma garota, mas você é bonitinho, serve para me divertir - tento correr mas não estou em total controle de meu corpo e meus pés se embaralham. O homem me pega pelos pulsos e começa a me beijar a força, tento me soltar mas ele mais forte e está mais sóbrio que eu. Quando separa o beijo para tomar fôlego começo a gritar por ajuda e pedir para que por favor me deixe ir. Ele começa a me beijar novamente e penso que está tudo acabado, mas uma mão o puxa para longe e me afasto, dos meus olhos descem lágrimas e minha garganta está seca. Me escondo atrás de uma árvore tentando recuperar o fôlego para sair dali.

  Posso ouvi-los brigar e quando meu salvador levanta o homem, agora todo machucado e o ameaça reconheço sua voz e o chamo.

  - Dean - minha voz está embargada por causa do choro e da bebida, mas mesmo assim ele me ouve e larga o cara no chão andando até mim. Sinto me corpo perder contato com o chão, vejo que ele me pegou no colo e afundo o rosto entre seu ombro e pescoço. Ele começa a falar comigo.

  - Cas, meu anjo. Está tudo bem eu estou aqui agora, nada de ruim vai te acontecer, eu prometo.

  Com dificuldade, por causa da perna machucada ele sobe os degraus da pousada e começa a falar com alguém.

  - Por favor, só essa noite, eu vou pagar pelo quarto, eu posso trabalhar eu sei arrumar carros. Mas me deixa levá-lo para um lugar confortável, ele não está bem - o tom de desespero em sua voz é perceptível, ele está quase implorando para que nós deixem ficar com um quarto.

  - Você pode consertar qualquer carro? - ouço o outro perguntar e ele afirma - Então pode ficar com aquele quarto ali.

  Estamos em movimento de novo, ele tem dificuldade para abrir a porta me segurando no colo mais consegue.Quando está quase me colocando na cama sinto ânsia e acabo vomitando e sujando a nós dois.

  - Dean, me desculpe e_eu não queria - volto a chorar com medo que ele fique bravo e me deixe sozinho. Mas ele me abraça.

  - Calma Cas, não chora, por favor meu amor não chora. - ele beija minha testa, me deita na cama e retira minha camisa suja de vómito. Pega uma limpa na minha mala e me ajuda a vestir se sentando ao meu lado, quando vai se afastar eu o chamo.

  - Dean, fica comigo, não me deixa sozinho - agarro seu braço o impedindo de ir para longe e ele se deita ao meu lado e me abraça, me viro de costas para ele proporcionando o encaixe perfeito de nosso corpos. Sinto-o acariciar meus cabelos e fecho meus olhos, quando pensa que estou dormindo ele começa a falar comigo.

  - Eu te amo muito meu anjo, mas não tenho coragem de te pedir para ficar. Eu tenho medo do que possa acontecer com você, minha sorte é você vai esquecer todo o pesadelo que passou hoje e vai esquecer também o que estou falando agora então, não importa. Eu já decidi, amanhã vou ligar para o Adam vir te buscar não me importo de ficar sem o dinheiro, você merece mais do que eu posso oferecer. Eu também vou sentir muito sua falta moleque, eu gosto muito de você Castiel, acho que nunca gostei tanto de alguém na minha vida.Você me fez ter um novo motivo para viver. Eu vou sempre me lembrar de nossos momentos juntos, mas eu não posso te prender nesse fim de mundo comigo. Nunca estará seguro aqui.