Destiel - Casa comigo?

Algo para contar

  - Nossa que susto! - brinco sorrindo, mas sua expressão está seria, ele se senta no sofá pegando um copo de água.

  - Castiel, nos temos que conversar sobre o papai - o arrepio que percorreu minha espinha a minutos atrás volta e olho para ele preocupado já prevendo o que está por vir. 

  - Eu vou tomar um banho frio - Dean fala indo para a minha suíte, deixando eu e meu irmão sozinhos. Vou até ele me sentando a seu lado no sofá.

  - Farei uma pergunta muito séria e você vai me responder toda a verdade, tudo bem? - pergunta me olhando nos olhos o que me deixa mais nervoso.

  - Pode falar - minha voz tem um leve tom de receio.

  - A quanto tempo você conhece esse tal de Dean? - essa é a conversa tão horrível que não pode esperar até amanhã, pensei que fosse algo muito pior.

  - Faz alguns dias por que? - o que meu irmão pode estar querendo com isso... Ou melhor, qual a relação de meu pai com essa história.

  - Você confia nele? - sua voz sai como um sussurro e ele olha para a porta do quarto com medo que Dean ouvisse.

  - É claro que eu confio nele, estamos noivos - deixo escapar o pequeno detalhe sobre nosso noivado.

  - Vocês estão o quê!?! - ele grita em um tom bravo me assustando com sua reação - Não é possível, só pode estar ficando louco, faz alguns dias que se conhecerem e já está pensando em se casar com ele! O que você tem na cabeça Castiel!?!

  - Está falando como o papai agora! - grito de volta, não acredito que depois de tudo o que passamos ele não vai ficar do meu lado.

  - Você sabe por que vim aqui? - faz uma pergunta retórica, mesmo assim balanço a cabeça negativamente - Desapareceu o dinheiro do cofre dos nossos pais e todos estão pensando que foi o seu noivo - fala a última palavra com repúdio.

  Por um momento tudo o que vivi com meu Winchester passa por minha mente, como nos conhecemos e o inicial objetivo dele, ganhar meu dinheiro, estaria eu dormindo com um ladrão?
  
  Então me lembro de todas as promessas e coisas que ele me fez. Não pode ser ele, eu confio em Dean.

  - Não foi ele, eu juro - seguro em seus ombros em súplica, mas seu olhar é de quem não acredita em uma palavra do que estou falando - Gabriel, olha nos meus olhos e me diz se eu estou mentindo.

  Ele o faz por alguns minutos e se afasta pegando as chaves de seu carro que estavam sobre a mesa, mas antes de sair volta sua atenção para mim.

  - Olha Irmãozinho, você pode até estar falando a verdade, mas é melhor fazer alguma coisa antes que o pai ligue para a polícia - e sai batendo a porta, me deixando isolado com minhas meus pensamentos e dúvidas.

  Isso não pode ser real, eu não posso estar enganado sobre ele. Ele disse que me ama.

  Com um impulso pego as chaves do carro deixando um recado para Dean, avisando que volto mais tarde.

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  O caminho até a casa dos meus pais é difícil, principalmente pelo fato de ter aprendido a dirigir hoje, mesmo assim a raiva me faz acelerar até o limite de velocidade.

  Paro o automóvel em frente a mansão descendo para tocar o interfone, o mordomo atende e me deixa entrar, logo estou no escritório de meu pai esperando por ele, que entra pisando fundo e me olhando feio.

  - O quer falar comigo? - sua voz severa e grave manda a todos os nervos de meu corpo o estímulo de não o provocar e me faz lembrar de como eram horríveis as nossas brigas.