Capítulo 8: A Esperança

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    A esfera se aproxima e todos gritamos, quando o fogo atinge Flower, que relincha alto sendo queimada, o que vira a carroça e faz-nos cair na ponte

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    A esfera se aproxima e todos gritamos, quando o fogo atinge Flower, que relincha alto sendo queimada, o que vira a carroça e faz-nos cair na ponte. Eu e Clod ajudamos o fazendeiro Trunk a se levantar e corremos o mais rápido possível. Outra esfera de fogo é lançada, atingindo Land em seguida. O fazendeiro lamenta a perda de seus cavalos enquanto corremos e ouço o som agonizante do relincho de dor dos bichos, o que faz-me fechar os olhos e franzir a testa enquanto corro.

    Mais duas bolas de fogo são lançadas consecutivamente e atingem a carroça, que explode em pedaços de madeira queimada. O estrondo nos joga para fora da ponte junto com alguns pedaços da carroça, um deles atingindo minha coxa e queimando-a de imediato. Grito, franzindo as sobrancelhas. Todos caímos dentro da água e sinto uma sensação de alívio quando minha queimadura entra em contato com o líquido frio. Fico submersa por algum tempo me debatendo e vejo que uma alga se prendeu ao meu pé.

    Começo a perder oxigênio e tento achar algo debaixo d'água em que possa me segurar. Fecho os olhos, que começam a arder e me agarro a um corpo que se materializou ali. Ele então me ergue com força e voltamos à superfície. Era Clod, que me leva para fora da água e me senta no solo constituído por penedos rochosos. Concluo que aquilo é um rio de água doce. O frio se multiplicou agora que estou molhada, fazendo-me esfregar os braços em uma tentativa falha de me esquentar. Suspiro, vendo fumaça sair de minha boca e se dissipar lentamente. Clod ajuda também Trunk a sair do rio, o sentando a alguns metros de mim.

    – Vocês estão bem? – Ele pergunta esfregando as mãos.

    – Eu me queimei. – Me levanto tocando minha coxa ferida e soltando um resmungo de dor ao fazê-lo. – O que foi aquilo? – Pergunto para ambos.

    – Eles estavam nos atacando. – Trunk conclui.

    – Então esse é o estado do Vento? Nos atacando com bolas de fogo, que falta de originalidade. – Clod faz piada e eu o encaro séria, o que o faz levantar as mãos em sinal de rendição. – Só pra descontrair, senhores. – Ele ri e eu o ignoro.

    – Não sei o motivo do ataque, mas temos que chegar à sede do governo. Precisamos falar com o prefeito de Airwind. – Digo e vou em direção à água, colhendo um pouco com as mãos e bebendo. – Matem a sede, rapazes. É água doce. – Digo e eles se aproximam para beber também.

    Por fim, começamos a caminhar sobre as rochas. Sinto uma dorzinha no tornozelo ao andar, o que faz-me mancar até a enorme escadaria erguida por pilares de pedra. As escadas dão até a cidade. Talvez a elevação do estado contribua para com o frio.

    – Parem. – Trunk diz. – Se nos atacaram na ponte com certeza nos atacarão quando nos virem subindo. – Ele conclui.

    – Vamos ter que arriscar. Não viemos aqui atoa. – Retruca Clod e pela primeira vez concordo com ele. Começamos a subir as escadas extremamente extensas. Quando chegamos no último lance, suspiro, sentando-me com as mãos sobre as panturrilhas.

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