Chego em casa, muito cansada. Entro e sento no sofá, para descansar um pouco.

-Oi neta linda. -diz minha vó.

-Oi Vovó coruja. -dou um abraço nela.

-Vejo que comprou muitas coisas não é mesmo?

-Sim. Bem, gostei de umas coisinhas aí comprei.

-percebi. -ela ri.

-Vo, o pai já veio para casa?

-Ja. Mas ele logo saiu. Porque?

-E que hoje cedo enquanto ia para o shopping, avistei o papai em frente a uma floricultura com um buquê de rosas vermelhas nas mãos. -digo e minha vó me olha assustada.

-Luana, seu pai não trouxe flores para casa. -diz apreensiva.

-Mas, então pra quem são? -digo com a mão no lugar do coração, sentindo ele se quebrar em mil pedaços.

-Nao sei querida. Temos que descobrir.

-Ok, vou para meu quarto. -falo enquanto seguro as lágrimas que insistem em cair.

Corro para meu quarto e me ponho a chorar, enquanto soco o travesseiro. "Porque justo comigo?" Pensei. "Porque bem agora que nos acertamos, isso acontece?" Penso de novo.
Quando começo a parar de chorar, as lágrimas voltam e com mais forca ainda. Me levanto e vou até a gaveta de minha escrivaninha, onde pego minha lâmina de apontador e sento no banheiro de meu quarto.
Você é minha única amiga. Disse para mim mesma, olhando para a lâmina.
Faço pequenos cortes em meus pulsos e após isso guardo a lâmina, lavo meus pulsos e cubro com maquiagem. E depois boto um casaco por cima dá camisa.

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