Capítulo 13- Ninguém sabe sobre mim

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Narrado por Lucas

Júlio se afasta de mim , levanta e fica de costas, noto que ele acha que eu não reparei o motivo dele fazer isso.
Eu tento não rir, ele é mais imprevisível que eu imaginava, muito mais.
Levanto e aviso onde fica o banheiro e que vou à cozinha, melhor deixar ele se recompor, já que ele está achando que não notei nada.
Na cozinha faço um lanche, pois nem eu ou Júlio almoçamos.
Ao voltar para o quarto, vejo que Júlio está sentado na beirada da cama, com a cabeça baixa.
Deixo os dois pratos na mesinha e fico em pé na sua frente.

_Cara, levanta essa cabeça, eu não estou com raiva de você ou nada do tipo, apenas acho que você tem que dar queira contra Bruno. O que ele fez é crime.

Eu estava com raiva, mas não ia falar, não sabendo o estado emocional de Júlio.
Júlio me olha e fica quieto, eu continuo falando

_Você foi estuprado cara, dentro da escola, em seu segundo dia lá, além disso, Bruno foi um covarde, nada nunca justifica o que ele fez com você. Ele é um animal.

Júlio levanta a cabeça e me olha e abre a boca finalmente.

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Narrado por Júlio

Fico ouvindo Lucas conversar comigo, e não consigo olhar para ele. Tudo isso aconteceu por causa do meu desenho, um desenho que eu nem tinha recuperado.
Mas, ao ouvir ele dizer :

_ Você foi estuprado cara, dentro da escola, em seu segundo dia lá, além disso, Bruno foi um covarde, nada nunca justifica o que ele fez com você. Ele é um animal.

Resolvi falar tudo de uma vez.
_Cara, sou muito grato por você ter chegado naquela hora, sei que se você não tivesse chegado, seria pior. Porém, infelizmente não posso denúncia-lo, para começar, ninguém sabe sobre mim, até ontem ninguém nem sonhava. Minha mãe não sabe, ninguém sabe. E não quero que as pessoas fiquem sabendo assim. E sabemos quem eles vão culpar pelo o que aconteceu, sempre é o "diferente". Além disso, não recuperei o desenho, então sei isso foi apenas o começo.

Começo a chorar, mas concluo.

_ Agradeço por tudo que você fez, mas agora tenho que ir, quero tomar um banho e descansar, meu corpo dói.

Me levanto, mas Lucas segura o meu braço, eu paro. Vejo ele indo até o guarda roupa, e eu me viro.

_Toma Júlio, vai tomar um banho, aqui uma toalha e uma roupa, acho que vai servir em você, depois quando voltar a gente vai estudar. Eu disse que ia te ensinar física e vou, nada mudou.

Olho para ele, como nada mudou?

_Como assim? Como nada mudou? Você sabe que eu fiz um desenho seu, você sabe que eu sou gay, que sou diferente. E diz que nada mudou.

_Sim nada mudou, apenas o fato que eu ganhei um amigo, um irmãozinho para eu cuidar.

Lucas vira as costas e vai mexer no computador. Fico um instante parado , segurando a toalha, um short e uma camiseta; dou um sorriso e saiu do quarto. De fato Lucas é estranho...

Amor e amizade : Uma história de amor proibido (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora