Amor e amizade : Uma história de amor proibido (Romance Gay)

Capítulo 20 - É só um momento?

Júlio

Otávio acaba ficando do meu lado o tempo todo. É até engraçado, eu entro no banheiro e ele me segue e me espera perto da pia.

_ Ou, rolou algo que eu não sei? O olhar de Lucas falando para eu cuidar de você aqui fora.

_ Ah, posso não falar disso?

_ Claro, quando precisar estou aqui.

Entro no box do banheiro e não consigo fazer o que esperava. Quando sai correndo da sala, achei que o Otávio iria me esperar no corredor, mas entrou comigo no banheiro.

Dou descarga e saio e Otávio está lá. Reparo que Otávio é muito fofo, seu corpo não é tão musculoso como o de Lucas, mas aquele jeito dele, os olhos negros como carvão.

Lavo meu rosto, eu preciso controlar meus hormônios com urgência.

Saímos do banheiro e voltamos para a sala, ao entrar a sala já está cheia e Bruno está sentado com o olho roxo no canto da sala.

Agora entendo a mão machucada de Lucas.

Me sento perto de Otávio e Lucas e a aula de português começa.

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_ Júlio, você vai lá pra casa? Quer ir comigo de uma vez?

_ Pode ser.

Me despeço de Otávio que caminha na direção ao contrário da nossa.

Entro no carro de Lucas novamente. Já virou rotina, mais do que esperava. Mesmo sabendo que não devo gosta dele, eu só quero ficar próximo.

_ Ouvi você conversando com o Otávio, você vai ensinar inglês para ele na sexta não vai?

_ Vou sim, ele me pediu ajuda e eu resolvi ajudar. Se não fosse você eu não ia ter ninguém pra me ensinar física.

Lucas dá um sorriso, mas vejo que algo o está incomodando, porém, deixo para lá.

_ Olha vou esquentar uma lasanha no microondas e um arroz. Normalmente como algo fácil, minha mãe está trabalhando e fazer comida só para mim.

_ Tudo bem, lá em casa normalmente não fazemos nada demais também. Meus pais ficam o dia todo fora, é raro a minha estar em casa mais cedo. Uma exceção foi o primeiro dia que vim aqui.

Lucas vai na cozinha e fala que eu posso deixar a mochila no quarto dele, que quando tiver pronto ele avisa.

Como já sei onde é tudo, vou para o quarto de Lucas. Hoje o quarto está mais bagunçado do que antes. O engraçado é que eu gosto.

Me sento na cama e vejo que tem uma cueca daquelas boxes azul marinho e a coloco de lado. Gente, aquele garoto.

_ O Júlio está pronto, vamos lá comer. Pode seguir o corredor que vai dar na cozinha.

Saio, e observo que a parede para a cozinha possui diversas fotos, quase todas de um garoto que está rindo, ou está correndo. Lucas sempre foi atlético.

A cozinha é igual uma cozinha de apartamento, meio pequena mas bem organizada. Da para notar a diferença entre o quarto de Lucas e o restante da casa.

Me sento na cadeira da mesa e espero Lucas aparecer, logo ele aparece.

Lucas trocou de roupa, na verdade ele está vestindo apenas um short de fazer exercício.

_ Eu disse que você ia enjoar de me ver assim que nem ia mais ficar sem graça.

_É.. você disse...

Lucas se senta na minha frente e coloca a comida na mesa. Eu fico observando ele andar. Sério, ele disse que vou parar de ficar sem graça perto dele. De fato, ele pode ter certeza, mas como vou parar de sentir o que estou começando a sentir?

Almoçamos em silêncio e ele me chama para irmos para o quarto ouvirmos música.

_ Vamos sim, só vou lavar os pratos.

_ Não precisa, depois eu lavo.

_ Precisa sim! Você fez o almoço.

_ Na verdade não fui eu, foi o microondas.

_ Você entendeu.

Lucas sai na frente e eu fico lavando. Sério, Lucas de costas é uma visão maravilhosa.

Foco, foco Júlio! O Lucas é hétero!

Volto para o quarto e quando chego na porta, Lucas está deitado olhando para o teto, de fundo a música "dancing on my own" toca de fundo.

A cena dele deitado apenas de short me parece uma cena de filme. Foco, eu preciso focar.

_ Entra aí Júlio, pode sentar, e descansar. Daqui a pouco começamos os exercícios.

Me sento na ponta da cama, e lá fico.

_ Júlio, posso te perguntar uma coisa?

_ Pode.

_ Você gosta de mim ou só sente atração por mim?

Não acredito que Lucas me perguntou isso, se não fosse trágico seria engraçado. Pois, ele está ali deitado e eu sentado perto da perna dele.

Aquela proximidade toda. Prefiro ser sincero, ele é alguém que demonstra ser um amigo. Então, a melhor coisa é ser sincero.

_ Lucas, eu não sei. Eu não sei o que sinto por você.

Lucas se aproxima e toca em minha perna. Eu fico parado, ele sobe suas mãos e eu não sei o que fazer.

Lucas para e se levanta, e fica exatamente na minha frente. Ele puxa seu short para baixo e fica apenas de cueca.

Meu coração bate acelerado, ele começa a se movimentar e fica em
cima de mim.

_ Lucas, eu...

Ele pega minhas mãos e as colocam em seu peito, e as descem. Eu apenas me deixo levar.

_ Lucas, eu...

Ele retira a minha blusa e minha calça é puxada. Estou só de cueca e Lucas continua movimentando suas mãos.

_ Lucas, eu estou...

_ Eu sei, agora me responda, você se ver comigo daqui há uns anos?

Não entendo aquela pergunta, estamos apenas de cueca, eu estou muito excitado, Lucas está entre minhas pernas e me solta essa pergunta. A verdade é que não sei.

Lucas é doido, mas me fez ver que não sinto algo muito grande por ele, pois no momento que ele me pergunta, a sinceridade é que não sei.

_ Não sei, mas podíamos viver o momento.

Lucas sorrir com a resposta.

_ Então, se eu disser sim, vamos viver só o momento? Tem certeza que não vai gostar de mim? Ou gostar mais?

Não tenho a resposta, mas eu quero ficar com Lucas.

_ Vai ser só um momento.

Lucas fica parado, mas não quero parar, eu me levanto e vou até a sua cueca e a aperto. Lucas geme beija meu corpo.