Amor e amizade : Uma história de amor proibido (Romance Gay)

Capítulo 2- Eu não sei Física

Já eram 14:55 e eu estava na porta do prédio do apartamento de Lucas, tinha pedido um táxi, por ainda não saber andar na nova cidade, mesmo que ela fosse pequena.

Ao tocar a campainha do apartamento, ouço sua voz perguntando quem era e digo o meu nome, logo, a porta do prédio se abre e eu subo de elevador.

O elevador, me deixa diante da porta dele, e toco a campainha e ele a abre.
O que não esperava era vê-lo daquela forma.

Lucas esta sem camisa, com aqueles típicos shorts pretos de jogar bola e sua cara estava toda amassada. Eu tinha certeza que ele acordou agora.
Fico olhando ele e percebo que fiquei tempo demais.

-O Júlio, você vai entrar ou vai ficar me admirando aí fora.

Saiu dos meus pensamentos e fico sem graça com o que ouço, mas entro logo na casa dele.

Assim que ele vai andando na minha frente, vou reparando o apartamento dele, a copa era imensa, o segundo cômodo vejo é uma sala, onde vejo o corredor e duas portas fechadas.

-Cara, vamos fazer esses exercícios lá no meu quarto, pus uma mesinha e a varanda vai ajudar a ventilar, porque tá calor demais. Só não repara a bagunça, tava dormindo, quando o interfone tocou.

Apenas confirmo com a cabeça e o sigo. Ao entrar no quarto, dou uma olhada, ele era bastante grande, suas paredes eram cobertas de imagens de bandas de rock, e tinha um quadro cheio de fotos, de vários lugares que eu não conhecia.
A cama dele, é de casal, e em cima dela,
estava jogado a blusa de uniforme e a calça jeans que ele usava mais cedo na escola.

Fico encostado na parede do quarto e ele monta uma mesinha e coloca outro colchão no chão. Entendo que é lá que vamos sentar pra resolver a lista de exercícios.

-Chega aí mano.

Me sento e tiro a lista de exercícios da mochila. Deixo o meu caderno fechado, pois não quero que ele veja que não fiz nenhum dos que foram passados em sala.

Ele pega a dele também e senta novamente.

-Me fala aí, qual você sabe fazer, porque você faz elas que eu faço as outras.

Olho rapidamente a lista de exercícios de novo, e percebo o que constatei mais cedo, eu não sabia fazer nenhum daqueles 10 exercícios.  Mas, não vou admitir isso a ele, ainda mais depois dele me zoar sobre estar analisando ele.

-Sei os 5 primeiros.

Ele me olha, e me dá um sorriso.

-Ótimo, vou fazer os últimos então e depois montamos em uma folha para entregar.

Depois que ele diz isso, Lucas me deixa quieto e começa a calcular os exercícios.

Eu começo o primeiro e depois de várias tentativas desisto, e passo para o segundo, e a mesma coisa acontece. Quando estou tentando o último da minha parte, vejo que ele já está parado sem calcular nada, apenas me esperando.

Fico um tempo tentando o último exercício e vejo que não vou mesmo saber resolver. Acho que o medo desse novo garoto me afeta, porque começo a chorar em silêncio, sem perceber.

-Qual é cara, porque tu tá chorando igual a um viadinho?

Ouço aquilo e noto que estou chorando, apenas respiro fundo.

-Qual é a sua?

Ele pergunta de novo e eu começo a responder

-É o se...guin...te

-Fala direito PORRA.

O grito dele me assusta e eu falo tudo de uma vez.

- É o seguinte, eu não sei fazer nenhum desses exercícios, sempre fui péssimo em física, matemática e biologia. E nunca tinha visto essa matéria ainda, onde eu estudava eu mal mal, ficava na média.  Aí a professora me coloca com você, e fiquei sem graça de falar que não sabia fazer nada.

Ele fica me olhando e não fala nada, então continuo.

-Aí já estava sem graça com isso, e depois quando eu cheguei você já tirou uma com minha cara. Então.

-Ah vey é isso?  Você não sabe fazer? É por isso que estava chorando. Isso eu ensino para você numa boa. E não vou falar nada com a professora.

Sorriu sem graça, e ele continua.

-E sobre o que falei na porta, era brincadeira, mas me pergunto agora, porque isso atingiu tanto você ?

Fico calado...

-Você é gay?