Eras tu,
Já não és
Os teus olhos encontraram os meus
Enquanto timidamente procuravam segurança
Sofrias em silêncio nos teus mares indomáveis
E egoísta eu,
Por neles querer navegar
E tê-los só para mim.
Contudo, os ventos mudaram
E já não dominas o rumo do meu navio.
Nos teus caracóis revivo aquilo que senti
E que já não sinto mais
Engano me, eu.
Deixas um rasgo da tua alma em cada cigarro
Apagado e esquecido no cimento do cais.
Agora encontro te noutra viagem
Onde novamente cruzam se os nossos olhares.
Fim
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Devaneios
PoetrySem rumo na vida. Gosto de escrever coisas soltas, umas profundas outras simples, podem ir de pequenos diálogos a reflexões ou a uma história em si, tomando forma de poema. É o que me vier à cabeça.