Eras tu

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Eras tu,

Já não és

Os teus olhos encontraram os meus

Enquanto timidamente procuravam segurança

Sofrias em silêncio nos teus mares  indomáveis

E egoísta eu,

Por neles querer navegar

E tê-los só para mim.

Contudo, os ventos mudaram

E já não dominas o rumo do meu navio.

Nos teus caracóis revivo aquilo que senti

E que já não sinto mais

Engano me, eu.

Deixas um rasgo da tua alma em cada cigarro

Apagado e esquecido no cimento do cais.

Agora encontro te noutra viagem

Onde novamente cruzam se os nossos olhares.

Fim

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