Quantas foram as vezes que pensaste em mim?
E desde quando?
Desculpa a curiosidade
A curiosidade é me incontrolável
Mas preciso de ter a certezaNão tenho certeza de nada
Não tenho certeza se sentias o que dizias
Dizias o que sentias?
Honestidade, sê honesto comigo
Quantas vezes me mentiste?Foram as palavras vazias
As ações ocas
As distâncias para lá do horizonte
Foste te embora num ápice
Ainda te lembras?Completamente desolada
Perdida nos recantos da sua alma
A procura da sua verdadeira essência
Encontraste uma menina cujos traços eram imperfeitos
E cujo feitio se evidenciava pela peculiaridadeEla não é igual às outras
Foi o que contaste aos teus rapazes, estavam eles fartos de ouvir isso de ti, sobre todas
Ela é inocente e pura
Jovem virgem nunca antes tocada
Uma jóia rara perdida nas areias do fundo do marO teu papel foi extrair qualquer tipo de pureza
Deixaste a miúda numa confusão pior do que a que ela já estava
Nem te apercebeste
Foi num instante
Estragaste-a, expondo-a ao teu mundoNão te deste conta mas a jovem inocente perdeu a inocência
Agarrando se a ti com todas as suas forças
Para ti foi só mais uma para a conta
Agora diz me
Porque é que me fizeste isso?
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Devaneios
PoetrySem rumo na vida. Gosto de escrever coisas soltas, umas profundas outras simples, podem ir de pequenos diálogos a reflexões ou a uma história em si, tomando forma de poema. É o que me vier à cabeça.