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Última att de 2016, que 2017 traga muitas histórias e leitores, e que tenha muita felicidade nas nossas vida também!

Boa leitura e muito obrigada por todos os comentários, votos e leituras 😍 até segunda-feira.













Eu acordei no paraíso, era tudo o que passava pela minha cabeça quando abri os olhos e me deparei com a mulher mais linda que eu tinha visto na vida praticamente nua contra meu peito. Com um sorriso idiota no rosto e um calor no meu peito, afastei os fios soltos de cabelo do rosto de Perrie, podendo ver o quão suave sua expressão era durante o sono. Eu nunca me cansaria de observá-la dormindo, nem que pagassem milhões eu trocaria aquilo por alguma coisa.

A fina camada de pano sobre nossos corpos mexia com a ventania da janela aberta, não via a hora do inverno ir embora de vez. Beijei a testa dela e acariciei sua cabeça, depois sua perna enlaçada com a minha, não parecia real. Eu estava decidido em conversar com ela sobre deixar as coisas mais sérias, eu tinha esperado demais para tê-la só pra mim oficialmente e não podia deixar a oportunidade passar. Queria ser só da Perrie e era isso que eu ia fazer, só esperaria o outro fim de semana, ainda mais que naquele dia já estavamos começando a nos atrasar para a aula.

Como se adivinhassem que havia um momento a ser estragado e que uma hora eu teria que sair dali meu celular começou a acender e vibrar no criado mudo, do melhor jeito que consegui me desenrolei de Perrie e peguei o celular, me levantando e caminhando até o banheiro.

- Quem é? - perguntei encostando a porta.

- Sou eu, Z - bufei ao ouvir a voz embargada de Thabita no outro lado da linha, ela não perdia tempo.

- Eu não tenho tempo pra isso agora - falei e ao invés de gritar comigo, ela fungou.

- Aconteceu algo muito ruim, estou aqui embaixo do seu prédio, não podia contar com mais ninguém - apertei o punho na pia, confuso sobre o que fazer.

Talvez eu devesse só dar um pulo e ver o que tinha acontecido, teria que me arriscar e torcer que não fosse nenhuma armadilha. Praguejei a mim mesmo por não ter bloqueado ela assim que terminamos.

- Eu vou aí.

- Obrigada.

Desliguei a chamada e voltei para o quarto depois de jogar água rapidamente no corpo para me livrar do suor misturado com cheiro de sexo, me lembrando que mal podia esperar pela próxima vez. Vesti a roupa e deixei um último beijo na testa de Pez antes de descer, vendo o apartamento ainda silencioso.

Ao chegar na grama do estacionamento vi Thabita arrazada, com cara de choro e sem maquiagem, de um jeito que nunca vi antes. Eu não conseguia ficar com dó, mas minha consciência pesaria menos se pelo menos conversasse com ela.

- O que houve? - perguntei cauteloso.

- Meu pai... Tivemos uma briga feia outra vez e ele disse que não me quer mais em casa - ela começou a chorar e passar a manga da blusa no rosto - A sorte é que eu tenho o apartamento, mas não sei o que vou fazer.

Sem que eu dissesse nada ela me abraçou, encharcando minha blusa com lágrimas. Depois de alguns segundos em silêncio ela voltou a gaguejar.

- Ele disse coisas horríveis pra variar e eu estou muito mal.

- Como você chegou aqui? Não estou vendo seu carro por perto - eu sabia que essa não deveria ser minha preocupação no momento, mas precisava me garantir.

- Minha irmã me deixou na faculdade porque meu carro está no conserto, mas eu não tenho condições de assistir à nenhuma aula assim.

Assenti e ela me abraçou mais forte de forma que sua boca ficou contra meu pescoço, tentei esquivar porém nossa semelhança de altura fez com que ela voltasse a se encaixar em mim. Ficamos ali parados, mas eu queria subir antes que Perrie acordasse, Thabita me olhou e passou os dedos onde antes sua boca estava, se aproximando mais e me deixando puto.

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