Capítulo 12 - Montanha russa

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Eva Bovoir

Minha boca atrevida abriu-se para negar, porém tudo o que saiu foi um gemido estrangulado por lágrimas.

Como poderia me sentir tão bem? Na experiência mais alucinante da minha curta vida? Como uma montanha russa girando em uma espiral constante?

E eu não poderia me sentir mais culpada pelos espasmos que perpassavam por minha anatomia junto a fricção irresistivel em minha zona sul.

Quando pensei que aquela sensação gelada em meu corpo quente fosse o fim veio "os fones de ouvido" agora em meu ponto erógeno e ademais este ato estava longe de ser o fim.

Ao não poder negar, Colton sentou-se ao meu lado na cama, muito próximo ao meu corpo, porém sem me tocar.

Só a frequência de sua voz chegava a mim.

- Então não pode negar esse prazer não é? - Mordi o lábio pois não ia dar-lhe o gosto de me ouvir gemer de novo tentando falar.

- Certo.

E a coisa tremeu mais sobre meu botão.

- Esse troço tem seis velocidades e só estamos na terceira - Terminou a taça de licor e a colocou na cômoda próxima a cadeira.

Não podia mais fechar os olhos ou ia cair de vez.

- Responda-me - Rosnou mudando então a velocidade.

- Simmm - Disse entre dentes de modo insuportável.

- Sim sente muito prazer  Ou sim não pode negar que sente?

Quase bati em sua cara safada mas seu sorriso satisfeito me parou a meio caminho.

Me irritar fazia parte de me levar ao limite.

- Não posso negar que sinto.

- Imagina então quando for minha língua. Decerto, não possuo multi velocidades, mas pele contra pele é muito mais impressionante - Falava me causando um arrepio que começava na espinha e terminava na ponta do pé.

Tão perto.

Nunca havia chegado ao orgasmo, todavia  de alguma forma natural sabia que estava próxima.

- E por falar em pele contra pele lembra do pau que você não conseguia soltar? Logo ele vai estar no lugar dos seus dedos. E vai ser muito gostoso, pois ele com certeza vai ser capaz de te deixar muito mais sedenta ...

Dessa vez não o bati mas agarrei seus ombros parando inclusive de me penetrar.

- Cale a porra da boca!

O palavrão me surpreendeu ao mesmo tempo em que caí.

No momento em que agarrei-lhe ele foi da quarta a sexta e um sonoro gemido me escapuliu antes de rete-lo.

A montanha russa ao invés de ir apenas em espiral desceu em queda livre num túnel escuro iluminado por um show pirotécnico.

Podia ser lsd, mas eu somente estava gozando.

E flutuando bem depois.

- De nada - Fui tirada do meu êxtase logo que Colton falou comigo.

- Agora parece que vou ter que come-la amanhã - Tirou minhas mãos de seu ombro e levantou-me.

- Seu quarto é no final do corredor. A despertarei amanhã então terá muito no que pensar se não dormir - Virou-se na cama - Agora vá - Com a respiração ofegante fui batendo pé até quase fora do aposento. - Eva? - O fitei. - Desligue a luz - O fiz e saí em fúria.

Mesmo não entendendo bem o sentido desta.

Ele havia usado coisas em meu corpo.

Abusou de mim.

O pecado de EvaOnde histórias criam vida. Descubra agora