Ruki e Mei: Como Tudo Começou

Capitulo XII - Não Consigo Te Entender

Mais um dia havia raiado e Mei se levantou cedo fez sua higiene pessoal e trocou de roupa colocando uma calça jeans simples e uma blusa preta de mangas longas, o dia havia amanhecido bem frio então a moça achou por bem de usar uma roupa mais quente. Como de costume usava seu cabelo solto e seus acessórios habituais.

Quando a jovem desceu para tomar café da manhã não encontrou ninguém, pelo visto todos haviam saído bem cedo e apenas ela e os empregados da casa estavam presentes.

"Nossa... Fico me perguntando se os empregados também são vampiros... Bom, provavelmente são porque se fossem humanos já teriam denunciado os Mukami ou provavelmente já estariam mortos...".

Ao terminar sua refeição a moça sobe as escadas indo para seu quarto, dormir e acordar em seu quarto era uma satisfação da qual ela não sentia a um bom tempo.

"Quanto tempo hein...".

Pensa Mei ao se sentar em sua cama e passar as mãos sobre o lençol gelado da mesma.

"Faz tanto tempo que não durmo sozinha que chega a ser estranho. No quarto do Ruki-kun eu não tenho privacidade, mas aqui eu me sinto muito mais a vontade.".

A moça fecha seus olhos para relaxar em seu quarto quando de repente ouve o barulho da porta do quarto se abrindo, sendo assim a mesma se levanta da cama e quando olhou para ver quem era vê que Ruki adentrava no quarto olhando por todos os lados.

ー Ah, você está aqui. Resolveu visitar seu quarto?
ー Ruki-kun... Ah, sim. Já que ninguém estava em casa resolvi vir para meu quarto.
ー Hm. Falando nisso você viu o Kou por aqui?
ー O Kou-kun? Não, não o vi. Aconteceu algo?
ー Não, nada de mais. Nós apenas saímos para resolver algumas coisas, então ele se irritou e disse que voltaria para casa sozinho. Então pensei que ele já estivesse em casa... ー Explicou Ruki.
ー Entendi...
ー Hm... Você parece não saber de nada mesmo...
ー O que?
ー Você poderia estar muito bem mentindo para mim na tentativa de proteger o erro de Kou. Nunca se sabe o quão longe vocês podem chegar.
ー...

"Essa falta de confiança do Ruki-kun para comigo é realmente terrível... Ele deveria acreditar mais nas pessoas... Não é porque alguém o enganou um dia que todos vão enganar.".

ー O que foi? ー Indagou Ruki ao ver a moça presa em seus pensamentos.
ー... Nada, não é nada não...
ー Hm...

Ruki a observa por alguns instantes e então começa a caminhar pelo quarto, Mei pensando que o assunto logo iria terminar volta para sua cama e se senta novamente observando o maior caminhar pelo quarto.

"Mas o que será que ele quer agora...? Será que tem mais alguma coisa para dizer?".

ー Você deve estar pensando o que eu irei fazer com você agora não Mei? ー Continua a falar com um sorriso de canto. ー Pelo fato de ter saído de meu quarto para cá é porque queria que eu notasse sua ausência, certo.
ー Hã? O que?
ー Estou errado então? ー Indagou Ruki voltando a sua face seria e inexpressiva. ー De qualquer forma eu sou aquele no qual manda nesta família, tenho o total direito de entrar em qualquer lugar. Sendo assim não importa em que quarto fique eu irei lhe encontrar em qualquer lugar.
ー... Eu sei disso...

"O que deu nele agora? Por que está falando essas coisas? Eu nem fiz nada... Dizendo isso ele não é muito diferente do Reiji-san...".

ー Você é mesmo mal educada não é mesmo. Vendo seu mestre passar este tempo todo de pé e nem o convida para se sentar, parece que precisa de uma lição.

Ruki anda até a cama da garota e se senta ao lado dela, em um movimento rápido ele a puxa para si observando a expressão divertida que a mesma fazia.

ー Seu rosto está vermelho, por quê? – Indagou Ruki enquanto a observava de perto.
ー P-Porque você me puxou tão de repente e...
ー E o que? É ruim o mestre querer passar um pouco de seu tempo com sua Kachiku? Afinal, você gosta quando eu te trato com gentileza não é?

O mais velho passa sua destra sobre a pele macia do rosto de Mei logo a descendo sobre o pescoço dela levando sua atenção para aquela pele pálida que era a do pescoço da garota.

ー Ruki-kun, por favor, hoje não... ー Digo enquanto tentava me soltar dele.
ー E por que hoje não? Apenas fique quieta e pare de me questionar, se o fizer serei gentil com você.
ー Porque hoje não estou muito bem... E você não estava procurando o Kou-kun?
ー O passado fica no passado, e ele já é crescido pode muito bem achar sozinho o caminho de casa. Agora fique quieta.

"O passado fica no passado não é? Mas não é tão fácil esquecer que você quase me enforcou, na verdade me enforcou ontem! Muito fácil não.".

ー Parece que finalmente ficou quieta.

Terminado de falar isso Ruki a morde calmamente sugando o sangue da mesma com calma apreciando cada gota daquele sangue doce e quente que descia sobre seu palato. Ruki soltava alguns suspiros e sons de satisfação enquanto tomava o sangue da mesma. Mei não gemeu de dor pelo fato de ele tê-la mordido gentilmente.

"Pergunto-me qual o problema do Ruki-kun de ter aceitado a renegar sua própria natureza para ser um vampiro. Não sei exatamente o que ele passou e também tenho medo de perguntar e abrir velhas feridas que devem ser esquecidas...".

O rapaz que estava sugando o sangue dela para de sugar quando percebe que ela estava muito quieta e que não tentava impedi-lo de fazer aquilo.

ー Mei, o que está pensando que ficou tão quieta?
ー Eh? Nada de importante...
ー Se esta pensando coisas sem importância então pare com isto agora mesmo. Trate apenas de pensar em mim que estou sugando seu sangue. Se pensar em mim já está bom.

"Bom de certo modo eu estava pensando nele já então não tem muita importância... Se bem que eu fiquei bem intrigada com isso. O que eu gostaria mesmo é saber no que ele está pensando...".

Ruki voltou a morder Mei sugando um pouco mais do sangue dela, não demorou muito, pois tinha assuntos para resolver juntamente com seus irmãos.

ー Vou ter que sair, voltarei apenas de noite com os outros. Termine seja lá o que for fazer aqui e volte para meu quarto. Não saia de lá até eu retornar.
ー Claro... Vai com Deus.

Ruki se levanta da cama e caminha até a porta do quarto dando um leve sorriso das palavras da moça logo voltando a ficar serio e olha para ela.

ー No que eu vou fazer Deus não estará comigo. Até mais tarde.

O rapaz se retira do quarto tomando seu rumo para seja lá aonde ele iria, as palavras dele deixaram Mei extremamente intrigada, fora que deixou um mistério terrível no ar.

"O que raios ele pretende fazer?!".