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A manhã estava linda aquele dia, o sol fazendo meus cabelos loiríssimos brilharem e refletindo em meus olhos verde-esmeralda, fazendo também minha pele branca ficar vermelha... Me lembrava bem daquele dia, talvez seja porque eu o havia observado bem...

Uma mulher por nome Carlota ia comigo dentro do carro junto com o motorista, ela estava me levando pra uma "nova casa" e eu não estava gostando nem um pouco; já havia tido uma, não só uma na verdade; mas o pior de tudo era que eu estava sozinha, sem ninguém.

Paramos em frente a uma casa, observei bem e vi que era uma mansão, não dava pra distinguir a cor, talvez um creme ou branco. Um homem negro abriu a porta e Carlota murmurou:

_ Esse é o Carlos.

Eu balancei a cabeça, confirmando.

E entramos.

Do lado de fora era enorme mas parecia pequeno, acho que porque ali havia muitos cômodos, o primeiro que eu entrei foi a sala, super sala... tinha dois sofás, um hacker com uma tevê enorme e do lado direito um extenso corredor, do lado esquerdo uma escada que levava para o segundo andar.

_ Seja bem vinda! _ falou Carlota_ Como é mesmo o seu nome?

_La-laura_ gaguejei.

_Hum, pois então Laura...

_ Mas prefiro Laurinha. _ a interrompi.

_ Tudo bem, pois então Laurinha, vou levá-la para o seu quarto, lá você vai arrumar suas coisas e depois minha filha Soraya vai mostrar a casa pra você.

Ela começou a subir as escadas e eu a segui mas estava com algumas dúvidas...

_ A senhora tem filhos?

_ Sim, na verdade tenho filhas_ respondeu ela sorrindo_ tenho 3 filhas.

_ Nossa..._ murmurei.

Subimos as escadas e fomos por um corredor que ficava na mesma direção do outro abaixo de nós, passamos por uma porta e na segunda nós paramos, Carlota abriu a porta e nós entramos, e o que vi agradou meus olhos.

Eu vi um beliche do lado direito do quarto e ao lado dele uma penteadeira, do outro lado havia um guarda roupa e uma janela com uma vista magnífica, a cor das paredes era de um laranja bem fraquinho.

_ Bom Laurinha, esse vai ser o seu quarto.

Arquejei.

_ Nossa... eu nem acredito, obrigada dona Carlota, eu...

_ Você tem permissão pra me chamar de Carlota, ok?

_ Tudo bem... _ eu sorri.

Nos sentamos na cama de baixo do beliche e eu fiquei analisando o quarto até que percebi que ela me olhava.

_ E então querida, porque não me fala um pouco sobre você? _ eu franzi a testa_ me fale um pouco sobre a sua vida...

_ Minha vida...? _ murmurei, e as imagens perturbadoras vieram à minha mente...

Uma mulher deixando um bebê na porta de uma casa.

Outra mulher o acolhendo com alegria.

Lágrimas caindo de meus olhos enquanto um garoto me dizia para não gritar enquanto minha mãe era agredida por um homem.

E a triste lembrança dela me deixando num lugar desconhecido com uma mulher de óculos, me prometendo que voltaria logo.

Também, a imagem de duas garotinhas curiosas me olhando, aquelas que seriam as minhas futuras amigas, me olhavam inseguras, me vendo chorar no colo da mulher de óculos quando descobri que minha "mãe" não voltaria nunca mais...

CHIQUITITAS - InnocenceOnde histórias criam vida. Descubra agora