Capítulo 2

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  - Você Ta bem?- Pergunto olhando pra ele que estava com as mãos nos joelhos, respirando fundo.- Você quer água?
- Sim.- Ele respira.- Por favor.
Vou para a cozinha e penso, o por quê de eu ter trago uma pessoa estranha para dentro de casa. Eu sou burra? Mas agora não posso expulsá-lo, assim, sem um motivo. Pego a água e entrego a ele.
- O que houve?- Ele bebe a água.
- Eu estourei o shampoo do The8.- Eu rio do motivo.- Ele tinha acabado de comprar. Foi muito tenso o negócio.- Seguro o meu riso.- Ele começou a me perseguir e correu a casa toda atrás de mim, quando eu vi, parei aqui. Ele pode ser magro, um palito, mas o bichinho é forte.
- Até por que, estourar um shampoo é uma causa para uma briga.
- Ele que pagou e foi caro, era daquela marca, super famosa, a mais cara, sabe?
- Ah, agora eu entendi... Até eu iria te esganar se você fizesse isso.- Ele ri e que sorriso mais lindo.
- Bom... eu vou indo.
  - Tchau.
  - Tchau.- Ele sai, fechando a porta, logo ela é reaberta pelo meu pai.
  - QUEM ERA AQUELE GAROTO?
  - Meu vizinho.
  - POR QUE ELE SAIU COM UM SORRISO NO ROSTO?
  - Eu sei lá.- Me virei pra ele.- Se o senhor está pensando que eu sou igual as mulheres que o senhor anda, para trair minha mãe. O senhor está muito enganado.- Acabo de falar e recebo um tapa em meu rosto.
  - OLHA O RESPEITO!
  - Olha você! VOCÊ ESTÁ BÊBADO E VEM NA MINHA CASA PARA ME AGREDIR, SE EU SAI DE CASA FOI PARA NÃO TER MAIS ISSO, MAS PERCEBI QUE NÃO ADIANTOU.- Recebo outro tapa, só que dessa vez mais forte.- Você faz isso, por que você não tem argumentos, e por que você sabe que eu estou certa.
  - Garota, você não presta pra nada, nem pra ser puta e satisfazer os desejos dos outros deve servir. Quer saber, vamos ver se você presta pra isso.
  - Não, você não vai fazer isso.- Ele se aproxima de mim.- Não pai, para por favor.- Eu começo a chorar.- Pai não!
  - Quer saber não vou perder meu tempo com você.- Ele puxa meus cabelos.- Você não presta pra nada mesmo.- Ele joga minha cabeça contra a parede e sai da minha casa, me deixando sozinha chorando. Depois de alguns minutos escuto a porta sendo aberta.
  - Eu deixei meu...- Ele me olha e corre até mim.- Você... você está bem? O que aconteceu? O canto do seu olho está inchado e suas bochechas vermelhas, o que houve?- Eu só conseguia chorar, eu só queria chorar.- Calma, fica aqui.- Ele ligou para alguém.
  Eu não conseguia parar de chorar, meu pai queria abusar de sua própria filha, eu realmente não acredito que aquele monstro iria fazer aquilo. Escuto a porta sendo aberta de novo e vejo o garoto de ontem.
  - O que houve, Hyung?-Ele olha pra mim.-O que aconteceu?
- Eu não sei.
Tomo coragem e falo.- Foi meu pai.- Olho pra eles.- Meu pai fez isso.
- Temos que ligar pra polícia.
- Não, vocês não conhecem ele.- Me levanto.- Não façam nada.
- Olha, tudo bem, não vou fazer nada com ele. Mas por que ele fez isso?- O mais velho me perguntou secando minhas lágrimas.
  - Desde sempre ele faz isso comigo, minha mãe também me batia, eu nunca tive amigos e minhas notas também nunca foram tão boas, eram na média, isso era motivo para eles me baterem. Eles queriam ter um filho homem, só que eu nasci, eles tentaram mais, só que morreram na barriga, outro motivo.- Olho pro chão.-Quando eu consegui ter uma amiga, meu pai pensou que eu era lésbica e me mudou de escola. Eu nunca fui feliz, sempre fui maltratada. Com meus dezessete anos, meu pai tentou abusar de mim, Só que não conseguiu, ele chegou no meu quarto e quando eu percebi, pulei a janela.- Os dois estavam boquiabertos.- Eles falam que eu não sirvo pra nada e que se eu morresse eles não iriam ligar, por que uma imprestável que nem eu, não era nem pra existir.
  - Nossa, eu nem imaginava. E os seus familiares?- Joshua perguntou.
  - Eles não moram na Coreia. Nem os conheço, nem devem saber que eu existo. Vocês não sabem a vontade que eu tenho de me matar.
  - Você não vai fazer isso. Sabe o por que? Por que nós dois e mais 11 pessoas entraram na sua vida. Nós vamos alegrar você, nós vamos te dar amor e carinho, tudo o que você não teve na sua infância.- Ele dá uma pausa.- Tive uma ideia. Você vai tomar um banho, eu vou ficar te esperando e nós vamos na minha casa para você conhece os outros, pode ser?
  - Não, eu não quero incomodar.
  - Você não vai. Eu que To te chamando.
  - É, você vai.- Joshua falou.
  - Ta. Eu vou me arrumar.
  - AAEEE!- Ele levanta os braços e eu começo a rir.- Eu te espero. Joshua, avisa pros meninos que ela vai e mande eles se comportarem!
  - Ta bom.- Joshua ri e vai.
  - Primeiro... qual o seu nome?- o garoto que ficou me perguntou.

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