- Grande amigo você, hein? Nem pra sair com a gente! O que houve com o seu celular? – Calu só perdeu o momento irradiante ao se deparar com Miguel no colégio Elite.
- Desculpe, amigo. Queria lhe cumprimentar, mas você já havia ido. Porém, para a minha defesa, acompanhei a peça por inteiro. Você foi fantástico! – Miguel sorria entredentes ao falar com Calu. Não era o primeiro que lhe bronqueava naquele dia. Já havia ouvido de Magri e Crânio...
- Vou lhe perdoar se você comparecer na semana que vem novamente, como se deve!
- Pode deixar, amigo... Estarei lá e o cumprimentarei, prometo. E Peggy?
Calu, que pouco tirava o sorriso, alargara-o um pouco mais e respondeu a Miguel:
- Iremos nos encontrar depois das aulas! Ela ficará por mais alguns dias com a gente. Espero poder contar com a sua presença desta vez.
- É claro... – respondeu tentando mostrar o ânimo que correspondia praquele futuro momento em amigos. Faria parte de um dos raros últimos momentos que poderia desfrutar com todos eles. Todos os Karas unidos mais uma vez.
KKK
Peggy sabia que estava sendo ridícula! Pensara que estava segura quanto aos encargos que a profissão do namorado traria. Teria que dividi-lo nos momentos de trabalho. Ele atuava tão bem que, qualquer um poderia dizer que ele realmente amava a atriz que interpretava Julieta. ... Ele a amava como Romeu, fazia parte da atuação, não pertencia a realidade! Pelo menos, era disso que tentava convencer a sua mente, que, embora pudesse ser destacada como uma das mais inteligentes em sua cidade, ainda era jovem e inexperiente.
- Oi Peggy!!! – Chumbinho estava animado praquele encontro. – Como passou de ontem pra hoje?
A garota que aguardava a chegada dos amigos no ponto de encontro do parque do Ibirapuera, sorrira afavelmente para o mais novo do grupo.
- Olá, Chumbinho. Tudo tem sido muito bom.
- Ah e deve ser mesmo! Devido aos compromissos em excesso, você nem sofre com a supervisão dos outros.
- Do que está falando? Vim com a babá que está no hotel... Não sabe como deu trabalho convencer meus pais a permitirem minha vinda sem os seguranças. Se tivessem vindo, todos saberiam da minha presença.
Ambos riram!
Embora o pouco tempo desde o último marcante contato com o país, Peggy já dominava quase que perfeitamente o Português. Não havia medido esforços para conseguir aprender o idioma dos amigos e namorado o mais rápido que pudesse conseguir. Tudo o que se relacionava a eles a deixava fascinada!
- E os demais, onde estão? – perguntou Peggy.
Chumbinho sabia que Calu estava ocupado se aprontando para o encontro. Miguel que, embora aborrecido e ausente, sabia que estava entretido nas atividades de presidente do grêmio estudantil e logo chegaria. Mas, os que realmente poderia apostar, era quanto a Crânio e Magrí! Eles deviam estar em algum lugar, juntos obviamente, aproveitando o tempo livre para namorar sem chamar muita atenção. A ideia animava muito o jovem Kara. Afinal, ele estava crescendo... Podia compreender algumas sensações com mais vivacidade agora que estava ficando velho. Esperava poder ser logo a sua vez de namorar e poder chegar atrasado nos encontros com os amigos também...
Antes dos demais, Miguel chegara. Chumbinho pensara ser um milagre pré-natal, pelo menos, naqueles últimos dias...
- Bom dia, Karas! – Miguel parecia abatido, mas antes que pudessem perguntar algo, Calu chegara logo seguido por Magrí e Crânio.
- É muito bom poder estar com vocês novamente! – falara o líder com todo o sentimento que tinha, porém logo fechara a expressão. – No entanto, tenho algo totalmente contrário a lhes dizer. Algo grave aconteceu ontem e precisaremos ser "os Karas", mais uma vez...
KKK
No escritório de Andrade chegavam alguns documentos policiais ultra confidenciais, dos quais, somente o gordo detetive poderia ter acesso. Fora naquela manhã que o primeiro relato de um estranho assassinato havia lhe chegado. Havia acontecido no dia anterior... Como estava de folga, só pôde vê-lo naquele dia. Assim como nos filmes antigos do "Zorro", o assassinado carregava uma marca em seu peito. Mas como poderia ser? Não podia ser ele novamente... Não havia como! A marca era um "QI".
Já havia investigado na penitenciária de segurança máxima, e lá estava ele. Negava qualquer envolvimento com o caso... Desconhecia totalmente do que se tratava. Claro que podia se tratar de qualquer outra coisa... Mas, antes que Andrade pudesse se retirar, não pôde deixar de reparar no quão abatido o doutor QI, outrora imponente, estava. O curto tempo que em que ali esteve parecera ter lhe envelhecido uns 20 anos. Relatos sobre a saúde dele também não eram dos melhores. O sistema imunológico do mesmo parecia não estar respondendo tão adequadamente e estavam investigando o que podia estar lhe acontecendo! Definitivamente, ele não podia estar por trás disso! Com certeza tratava-se de algum oportunista que havia utilizado das siglas, que ainda eram muito comentadas no meio policial, para chamar atenção.
Ao pegar os últimos relatórios, fora informado que um jovem chamado "Miguel" havia tentado entrar em contato com ele. Não queria receber chamadas, mas daqueles meninos... Precisava encontra-los e se certificar de que estavam bem.
O gordo detetive saiu de forma apressada novamente. Enquanto caminhava, usava de um lenço para limpar o suor da testa...
Após alguns minutos da saída de Andrade outro relato importante chegava em sua sala. Um suspeito havia sido preso e estava sendo interrogado, naquele momento. A vítima que, por muito pouco, escapara do atentado e da marca em comum, já havia sido liberada. O policial, por vezes, se distraia com a beleza daquela menina. Por certo era descendente de oriental, mas tinha os olhos claros e os cabelos negros ondulados. "Uma pena ser ainda tão jovem..." - pensou o policial.
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OS KARAS EM: A DROGA DO ORIENTE [COMPLETO]
FanficEm um clima de grande mistério e terror, Lia e um grupo secreto de jovens de idade aproximada se unirão para combater um grupo organizado, de um antigo e clássico vilão tão conhecido por eles. "Tudo foi muito difícil, mas nada se comparou ao moment...