O Cavaleiro das Feras

A Boca do Inferno

Oyama e Osamu foram até as mesas caídas á procura de alguém supostamente escondido. Oyama viu um pedaço de tecido branco ser mover atrás de uma mesa, mas tomou nenhuma ação para evitar que o alvo fugisse.

-Você tem certeza que está por aqui? –Disse Oyama revirando os olhos na direção de uma mesa pela qual passaram.

Osamu entendeu a mensagem e apontou para onde o fantasma estava. –Acho que não, melhor voltarmos AGORA!

Osamu saltou por cima da mesa e agarrou a gola da clériga escondida antes que ela pudesse escapar. A mulher golpeava desesperada a mão de Osamu na medida em que ele a erguia do chão. Osamu rapidamente agarrou o pescoço da clériga tomando cuidado para não quebrar e apertou o suficiente para que ela perdesse o ar e desmaiasse.

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O fantasma correu em direção a cúpula de gelo onde o arquimago e os outros se protegiam. Ao chegar a uma distancia razoável ele se teletransportou com um golpe e se chocou com a parede de gelo, quebrando os sabres negros que carregava. Apoiando os pés na barreira ele se empurrou para trás e dando uma cambalhota caiu de pé.

Dentro da cúpula, Portinari estava apreensivo. Sentiu-se decepcionado por não trazer nenhuma bomba pronta consigo, mas depois se lembrou de que provavelmente seria uma péssima idéia usar bombas contra um inimigo tão rápido. Talvez uma garrucha ou um bacamarte lhe servissem melhor nessa situação, mas sua única garrucha quebrara há um ano e era extremamente raro encontrar armas de fogo para uso pessoal fora de Alcander ou da Íberia.

-Quais são as chances de ele teletransportar para cá?-Perguntou Portinari.

-Foi exatamente o que ele acabou de tentar fazer. –Disse Jegfeller.

-A superfície tem energia demais para ele atravessar. –Respondeu o arquimago calmamente.

-Tudo bem, o que faremos agora? –Perguntou John.

-Esperamos, eventualmente Jamal virá nos socorrer. –Disse o arquimago.

O fantasma encarou a barreira pensativo até que os irmãos drows pararem próximos a ele.

-O que vamos fazer? –Perguntou Osamu.

-Vamos chamar reforço. –Disse o Fantasma fazendo um gesto com as mãos.

O orbe que jogara para fora do palácio começou a brilhar e soltou uma explosão de energia que fez com que um pouco de água do rio evaporasse, deixando uma cortina de vapor na área. As silhuetas dos três inimigos desapareceram em meio ao vapor.

-Droga! Vai ser impossível enxergar qualquer coisa assim. –Protestou Jegfeller.

-Paciência camarada, basta manter o foco e sairemos daqui sãos e salvos. –Disse o Arquimago.

Um estrondo ressoou pelo palácio e todos ouviram pedras pesadas caírem no chão. Em meio ao vapor e poeira, algo brilhou acima dos portões destruídos, olhos vivos como magma e uma boca repleta de dentes enormes e pontiagudos transbordando com fogo, como se o próprio inferno estivesse logo atrás de seus dentes.

Portinari ficou paralisado, nunca pensou que veria outra destas criaturas em sua vida, muito menos uma tão grande.

-Dragão! –Gritou John.

Imediatamente um jato de fogo saiu de sua boca, derretendo estatuas de metal e atirando escombros por todos os lados. A barreira de gelo começou a evaporar e rachar com a força do sopro. O dragão cessou sua baforada e viu que apesar do ataque devastador a barreira permanecia em pé. A fumaça se dispersou permitindo que John tivesse uma visão melhor da criatura. Seu corpo era coberto por escamas rubras e placas negras. Possuía quatro patas robustas com quatro dedos em cada, em suas costas estavam abertas longas e majestosas asas. A afiada ponta de sua cauda e seus chifres eram feitos de pedra obsidiana assim como a ponta de suas garras. O dragão era imenso, media cerca de trinta metros de altura e cinqüenta de comprimento. Nas costas do dragão Osamu estava com a Clériga inconsciente. A enorme criatura abriu sua boca e começou a canalizar uma pequena esfera de magma e rochas vulcânicas, depois uma esfera de fogo maior por cima da primeira.