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A cabeça de Hyungwon estava doendo, parecia que estavam batendo e estava latejando. Suas batidas do coração eram sentidas em seu crânio. O antigo modelo inclinou-se sobre a pia, segurando apertado a beirada. Ele se preparou para o enjoo que estava vindo. Mas nada aconteceu. Era só a sensação de início de doença. E isso era o pior.

Olhando para cima, Hyungwon alcançando o armário atrás do espelho. Ele procurou por alguns analgésicos, o mais forte, para ser mais exato.

Inclinando a cabeça para trás, Hyungwon deixou o remédio descer por sua garganta. Engolindo o remédio à seco, o garoto se olhou no espelho.

Ele estava uma bagunça. Os membros não estavam em diferente estado.

Uma semana. Havia se passado uma semana desde que Kihyun desapareceu.

Não tinha traços deixados para trás. Nada para se seguir. Nada para procurar.

Hyungwon queria xingar. Ele queria gritar. Ele queria arrancar seus cabelos. Ele queria fazer algo.

Eles não tinham como ajudar. E esse sentimento era o que Hyungwon odiava.

"Hyung," ele suspirou. A lâmpada piscou com o nome. "Onde você está?"

A luz se apagou.

Hyungwon engasgou de medo, dando um passo para trás. Ele foi segurar a maçaneta quando uma imagem surgiu na sua visão periférica.

Um sorriso sinistro estava direcionado a ele. Os dentes estavam pobres e caindo. Os olhos eram inteiramente negros, tão negros que a escuridão brilhava nas orbes. A roupa rasgada estava manchada com sangue seco.

Hyungwon deveria ter gritado.

Mas ele não gritou.

Algo o dizia para não fazer. Algo dentro dele. Um pressentimento.

Meio corajosamente, o garoto ficou parado de frente com uma expressão lisa. O reflexo e ele se encararam fixamente.

Ninguém se mexeu. Ninguém oscilou.

O espírito deve ter percebido que Hyungwon não iria ceder. O sorriso se transformou em algo sombrio. E isso se tornou um desafio. O desafio se tornou em uma risada debochada.

A imagem do espelho se distorceu até virar um nada, como uma televisão desligada. O silêncio reinou por um tempo. Hyungwon quase saiu, em estado de urgência para avisar os outros do que tinha acontecido, Mas, de novo, ele foi parado pela pessoa no espelho.

Os olhos de Hyungwon se arregalaram. Inconscientemente, o garoto se aproximou, como se o outro tivesse finalizado a conexão

Kihyun o encarou com os olhos vermelhos e cansados. Havia traços de lágrimas contornando os traços mais sutis de seu rosto mal-humorado. Havia riscos de sangue por ele todo, como na suas roupas e manchas em sua face. Felizmente nenhum dos machucados era grande o suficiente para significar um corte profundo. Mas o sangue que já corria era alarmante.

Kihyun abriu a boca para falar algo, mas sua cabeça foi puxada para trás antes que algo pudesse ser dito. O monstro encarou Hyungwon por de trás do garoto de cabelos rosas que estava tremendo.

Raiva passou pelas veias de Hyungwon. "Deixe-o ir." Não era um pedido. Era uma ordem.

A gargalhada maléfica congelou o espelho, com gelo se espalhando pelas paredes. Um dedo se direcionou aos lábios da criatura, antes de traçar o rosto de Kihyun.

Hyungwon teve que se segurar para não atacar a criatura. Não havia como ter contato direto. Quebrar o espelho podia machucar Kihyun também.

O garoto tentou se esquivar do toque. A resistência era inútil.

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