*Capítulo 5*

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"Eres un mar donde navegan emociones,
El cielo en que flotan corazones 🎵"

*JORDAN*

Chamo Lena pra Dançar e enquanto isso conversamos sobre a vida. Eu tento ao máximo deixar ela bêbada, acredito que assim é mais fácil de obter informações.

- Meu bem, você poderia começar me contando sua história. – Sorrio curioso.

- Não há o que contar. Eu moro com minha madrinha, estudo no Eton e sonho em fazer intercâmbio no Brasil, na Argentina e no México. Acho que é isso. – Ela dá um meio sorriso e eu fico paralisado ao saber que ela estuda no Eton, só sendo rico mesmo pra estudar lá.

- Eu sei que seria muita curiosidade, mas eu queria entender por que você mora com sua madrinha?. – Pergunto curioso.

- Problemas do passado me fizeram estar onde estou e com quem estou. Só isso que você precisa saber. – Ela fala meio grosseira e me arrependo de ter Perguntado. Acho que não devia ter tocado no assunto tão cedo. Eu sou um burro.

- Desculpa se minha pergunta te incomodou, essa não foi minha intenção. – Pela primeira vez eu sou sincero com ela e digo a encarando.

...

Logo depois da minha estúpida pergunta, a menina saiu correndo chorando. Eu sou um idiota mesmo. Um maldito, fodido curioso. Eu sei que não devia ser tão ambicioso assim, às vezes eu pergunto a Deus porque ele foi tão injusto de fazer minha família viver na miséria. Eu não consigo entender, eu tenho que chegar a esse ponto pra poder dar uma vida Boa pra eles. Meu pai se descobrisse as barbaridades que já fiz e ainda faço, ele nunca me perdoaria. Eu seria a parte negra da família que ninguem ia querer. Resolvo ir atrás da menina.

- Ei, espera. Eu fui um babaca curioso. Por favor me deixe te acompanhar até em casa. – Sorrio e sou sincero com a Lena. Eu sei admitir quando estou errado.

- Não precisa. Eu não vou pra casa. Adeus Jordan. – Ela me abraça e nesse momento sinto coisas que não sei como descrever.

*LENA*

Eu tentei aproveitar uma festa direito pela primeira vez, mas sempre que eu tento alguém vem me perguntar algo que me lembra da morte dos meus pais. Será que eu nunca vou conseguir superar isso?. Já faz tantos anos, meus pais odiariam ver eu sofrendo assim. Eu não sei porque Deus não quis me levar junto, eu pedi tanto a ele. Se eu vou sentir essa dor pra sempre, não tem o mínimo sentido eu ficar vivendo. Corro daquela festa e decido nunca mais frequentar uma. Logo que eu paro perto da praça, vejo um homem vir pra perto de mim e reconheço Matteo.

- Era pra você estar na sua festa. Por que está aqui? – Pergunto curiosa, enquanto seco minhas lágrimas.

- Era pra você estar lá também, eu te chamei pra se divertir e eu não queria que acabasse assim em choro. Você pode me contar o que aconteceu? – Ele me olha espantado.

- Primeiro me diz onde está Sophie. – Digo

- Ela chamou um motorista e foi embora. Acho que a festa acabou cedo demais. – Ele dá um sorriso desanimado e eu me sinto culpada por isso. – Então, você vai me contar o que houve?

- Seu amigo fez perguntas demais sobre minha vida. Há coisas, sobre o passado que eu tento não me lembrar toda hora, mas parece impossível.- Lágrimas inundam meus olhos.

- Você não precisa contar se não quiser e quanto ao Jordan, eu sinto muito pela curiosidade. Ele só é meio besta as vezes, mas no fundo ele é bom. – Matteo sorri e eu sinto que devo contar.

- Quando eu tinha 7 anos de idade, meus pais estavam muito felizes. – Eu começo a chorar. – Eles tinham um bom emprego, um bom casamento e eram felizes. Eles resolveram ir comemorar aquele dia tão especial. - Paro e me lembro daquele dia terrível.

- Você não precisa continuar. Vejo que isso te afeta muito. – Ele me abraça

- Eles foram pra um restaurante, mas o tempo não estava muito favorável. Eles sofreram um grave acidente de carro e morreram. Desde então minha madrinha cuida de mim como se eu fosse uma filha. Se não fosse por ela, eu sei lá onde eu estaria hoje. – Eu choro no ombro de Matteo.

- Lena, a partir de agora quero que saiba que você pode contar comigo pra qualquer coisa sempre. Eu entendo sua dor, você era muito nova e teve que amadurecer e lidar com o sofrimento tão cedo. Eu te admiro muito. – Ele me olha limpando minhas lágrimas.

- Obrigada, Matteo. Em tão pouco tempo, você se tornou um grande amigo pra mim. Eu precisava de amigos. Acho que desde que meus pais morreram, eu não tenho nem vontade de viver. – Digo tristemente.

- Me escute, Lena. – Ele me encara. – Eu não conhecia seus pais, mas sei que eles gostariam que você seguisse sua vida e fosse feliz. Você precisa se lembrar de viver. Você tem que aproveitar cada momento. Porque momentos são tudo o que temos nessa vida e temos que viver intensamente. Tenho certeza que seus pais gostariam disso. - Ele sorri e eu sei que ele tem razão.

- Muito obrigada meu amigo. Essa foi a melhor lição que alguém já me falou. Prometo tentar viver mais para mim e não lembrar tanto daquilo. – Eu sorrio e o abraço. Eu gosto tanto dele.

- Vamos. Eu te levo em casa. – Ele me puxa e me leva pra casa.

Amores, espero que estejam gostando da amizade do Matteo e da Lena, eles andam tão fofinhos. Estrelinhas e comentários são sempre muito bons para ajudar a alavancar o livro. Por favor, digam o que acham e se estiver ruim avisem que eu farei o melhor para melhorar. Beijinhos 😍😘.

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