Capítulo 11

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                                     Pedro

Depois que entramos no hospital, Esther e Eu fomos direto a sala onde tia júlia estava. Passamos a noite toda alí, esperando que ela se acordasse. Minha mãe não conseguia relaxar, ela andava de um lado para o outro, eu sentia isso, pois também estava impaciente com a espera. Então logo decido ir até o outro corredor onde estava a sala em que Iza também estava internada.

Saio e vou em direção ao corredor 202, o hospital era enorme e hávia muitos corredores por isso todos eram listados em ordem numerica. Chego em frente a sala e não vejo mais os tios da Iza no banco de espera, então penso que eles já haviam adentrado a sala, pois os mesmos não deixariam a iza em um hospital sozinha. Bato na parto com calma e espero que algum deles venham abri-lá. Mas quando a porta se abre, me assusto, Não eram os tios da iza que abrirá a porta para mim, era pessoas estranhas que eu nunca teria visto.

- Boa noite, senhor, é aqui que a senhorita izabella está internada? - Pergunto, tentando parecer o mais calmo possivel, não poderia ter errado de quarto.

- Boa noite. - Ele Responde. - Não conheço nenhuma izabella, desculpe, mas quem está internada aqui é a minha mulher.

Passo as mãos sobre meu cabelo começando a me preocupar, fico pálido, estava bastante nervoso, e na minha cabeça só vinha o pior. Ouço então o senhor me chamar.

- Você está bem, rapaz? - pergunta ele, me olhando.

- Desculpe, estou bem, obrigada. - Respondo-o, saindo e indo em direção à uma enfermeira que estava pegando alguns curativos em uma sala a frente.

Entro e pergunto a ela se ela sabia sobre alguma izabella que estava internada no hospital. Ela me responde e diz que sim, e que a mesma jà teria tido alto. O médico achou melhor ela descansar em casa, ela já parecia bem melhor. Agradeço a ela e volto para o quarto onde estava minha tia, olho meu celular e vejo a hora, já eram 4:00 da manhã. Eu estava completamente perdido no tempo, e mau tinha reparado na hora.

Passamos então mais quatro horas no hospital, minha tia hávia acordado as 6:00 hrs da manhã e recebeu alta as 8:00hrs. O médico receitou algum remedio e muitas recomendações para nós todos, minha mãe tinha ficado aliviado que nos exames não havia nada de errado no cerebro da minha tia. Chegamos em casa era nove hrs, o engarrafamento estava horrível. Minha mãe ainda preocupada, preferiu que tia júlia ficasse lá sobre os cuidados dela, esther quem não gostou muito, pois sábia que agora teria horario para tudo, principalmente para chegar em casa.

Eu apenas dei um beijo sobre a testa da minha mãe e fui direto ao quarto, iria tentar dormir, a tarde teria que ir a escola e esparava ver izabella.

                                       Izabella

Estava tonta e enjoada quando me acordei, deveria ter sido por conta dos tranquilizantes ou algum outro remedio que tivessem me dado. Quando me levantei, vi minha tia deitada de mau jeito em uma poltrona rosa, que ela hávia comprado para mim quando era menor e vinha passar as férias aqui. Apenas me levantei da cama devagar e abri a porta do quarto sem fazer muito barulho, não queria acordar minha tia.
Desci as escadas e logo peguei meu casaco que estava na ponta do sofá, então saí em direção a uma praça que hávia na outra rua, tinha algumas pessoas caminhando com seus cachorros, outros com seus filhos brincando. O lugar era bem agradavel e estava frio, então sentei em um banco afastado das pessoas e comecei a olhar o céu, e me lembrar de tudo que ja tinha acontecido desde a morte do meu pai, eu me sentia destruida por dentro, mas admito que ainda sentia ele alí perto de mim. Pensei sobre pedro, e como as coisas tinham acontecido tão rápido entre nós dois, e finalmente pensei sobre a morte de livia, minha melhor amiga que tinha se envolvido com jovens drogados e agora estava morta. Era tanta coisa na minha cabeça, tinha medo de voltar a depressão de antes, medo de me machucar com pedro, eu não sabia o que fazer, mas tinha que fazer alguma coisa, teria que deixar de ser tão criança.

Quando voltei para casa, ja eram 10:00 hrs, minha tia tinha acabado de se acordar e dava pra perceber isso de longe, pelos gritos chamando samuel e perguntando a ele se tinha me visto, parecia preocupada. Entrei em casa e ela correu em direção a mim.

- Onde você estava? - Perguntou ela, com uma cara preocupada.

- Calma, tia, eu não me suicidei, se era isso que estava pensando. - Falei, sorrindo. - estava na praça na outra rua, quis pensar um pouco sobre tudo.

- E como você se sente? - Retorna a pergunta.

- Me sinto bem, tia. - respondo, indo em direção a cozinha. - Eu vou superar, eu sempre supero.

- Não fale assim, iza. - Fala ela, me seguindo.

- Ta tudo bem, tia. - Falo, dando um beijo em seu rosto, e indo em direção ao meu quarto, quando ouço minha tia perguntar.

- Vai para escola hoje? - Pergunta.

- Vou, ja tenho muitas faltas para uma novata. - Respondo, fechando a porta do quarto.

Eu sentia que naquele momento estava nascendo uma nova izabella, cansada de tanto sofrimento, sabia que essa nova izabella seria melhor para todo mundo, principalmente para mim mesma.

Me Abrace Mais ForteOnde histórias criam vida. Descubra agora