Me Abrace Mais Forte

Pedro (Capítulo 14)

Meu dia estava indo de mau a pior, além da Natalia vim me procurar querendo voltar, ainda tinha a Iza com raiva e pra completar tudo, teria que trabalhar até mais tarde. Estava sentado na cadeira da diretoria quando ouço meu celular tocar, me levanto em direção a ele esperando que fosse a Iza me ligando, mas me engano. Era um numero desconhecido, então atendo para saber quem é.

- Alô. - Falo.

- Pedro. - ouço a voz feminina do outro lado da linha, um tanto familiar.

- Sim, quem é? - pergunto.

- sou eu, esther.

- Porquê está me ligando a essa hora, ainda mais com um numero restrito.

- Pedro, eu vim para uma festa com uns amigos, mas fui assaltada. Levaram meu carro, meu dinheiro e celular. Estou com medo, pedro, vem me buscar.

- Ah meu deus, esther. Onde você está e com quem está? - pergunto, irritado.

- estou com em frente a um posto de gasolina. - responde ela, chorando.

- tudo bem, calma. Chego aí em 10 minutos.

Desligo a chamada depois de pegar todas as informações da rua onde ela estava. Era um lugar um pouco distante, mas estava preocupado e ao mesmo tempo irritado. Agora além de primo teria que ser pai da Esther, pra tira-lá de todos os problemas que se mete.

Chego no lugar onde Esther me passou o endereço em 15 minutos. A rua estava quieta e deserta, apenas um poste estava acesso. Parei o carro em frente a uma casa que estava caindo em pedaços e desci do carro indo em direção ao posto de gasolina logo a frente. Chego ao posto e não vejo ninguém, nem mesmo esther. Começo a ficar mais preocupado ainda com o que poderia ter acontecido, então vou mais a frente onde está um orelhão, que deve ter sido de onde ela tenha me ligado. Mas ela não estava lá. Quando me viro de costas vejo dois homens fortes me encarando com um sorriso no rosto, eram cheios de tatuagem e nojentos como dois ratos de esgoto.

- Quem são vocês? - falo.

- Acho que nós que deveriamos perguntar isso. - ouço um dos homens falar.

- Pedroo.. - uma voz grita.

- É a voz da minha prima, cadê ela, o que fizeram com ela... - exalto o tom da minha voz.

Eles começam a sorrir.

- Essa vádia é sua prima? - uma voz atrás de mim fala.

Me viro e vejo esther ao lado do mesmo homem com quem a flagrei transando na noite passada.

- Solte ela. - Falo.

- claro que vou soltar, Não quero mais nada com ela. O que eu tinha de fazer com ela foi bem fácil de conseguir. - responde o homem, com a mesma camiseta do rolling stones da noite em que o vi com esther.

Ele empurra esther no chão, que esta chorando e cheia de marcas vermelhas pelo corpo. Ajudo-a a se levantar e carrego-a em direção ao meu carro.

- Se ela aparecer aqui de novo, nem ela e nem a criança que está dentro dela saem vivos. - Grita o homem, que logo entra em um dos prédios vazios.

Olho para esther ainda não acreditando no que acabava de ouvir, e ela me responde com lágrimas. Eu simplesmente em choque e com raiva a abraço tentando conforta-lá. Era o começo de uma grande tempestade.

Fomos o caminho todo de casa calados, esther ainda deixava algumas lagrimas cairem sobre o rosto. Eu apenas não queria acreditar, não queria acreditar que minha prima estava grávida de um criminoso qualquer. Chegamos em casa e esther vai direto para o seu quarto, mas subo até lá e abro a porta.

- Coma algo antes de dormir. - falo

- Não estou com fome. - Ela diz

- Mas o bebê que está dentro de você, sim.

- Eu não quero essa criança.

- Tivesse pensando antes, tarde demais.

Ela chora.

- Passo a mão sobre meus cabelos em gesto de cansaço e pertubação. - Você precisa ter forças, Esther. Temos que contar isso a sua mãe. -falo

- Não, por favor, pedro. Não conta nada a ela agora, estou com medo. - ela fala, vindo até mim chorando.

- Tudo bem. Ainda está cedo, temos que primeiro confirmar isso. Coma e durma. Amanhã vamos ao médico. - falo

- Obrigada. - responde.

- Ah, uma coisa. - falo. - Porquê não falou a verdade? Porquê não disse com quem realmente estava.

- Eu estava com medo, ele iria me matar. Se eu não tivesse te ligado, talvez nem estivesse aqui. - responde.

-Nunca mais vá naquele lugar. Nunca mais. - falo. - está me ouvindo, esther?!

- Sim. - Diz ela, de cabeça baixa.

Dou lhe um beijo na testa e volto para o meu carro, ainda tinha papeis para organizar e longos dias para enfrentar, com essa gravidez antecipada de Esther.