Capítulo 6

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É lógico que eu não ficaria perto de Matthew depois do que ele me fez, sai do colégio e vim direto para casa, olhei para todos os lados na intenção de não ser seguida por ele. Não estou nem aí para o que vai acontecer, se irão levá-lo  para algum lugar ruim, apenas quero esquecer essa confusão toda.

***

Adianto a pouca lição de casa que tenho, ainda bem que é a primeira semana e não tem nada acumulado.
Minha mãe abre a porta da sala e me vê sentada no sofá assistindo tv.

- Olá, hoje você quer vê TV?  Está de bom humor?

Ela diz enquanto deixa algumas sacolas com sobras do restaurante onde trabalha na mesa.

- Apenas não queria ficar no meu quarto.

Minha mãe surge na sala. - Eu entendo, eu sei sobre o Matthew.

Congelo, o que ela sabe sobre ele exatamente? Será que me ouviu falando sozinha ontem? Não é possível, ela teria entrado no quarto, minha mãe é curiosa demais para deixar passar.

- O que você sabe?

Falo pausadamente, mas sem deixar transparecer meu nervosismo.

- Sei que ele sofreu um acidente de carro que não foi bem um acidente, ao que parece foi intencional.

- Como sabe se foi intencional ou não?

- Está nos jornais, tudo indica que os freios do carro dele foram cortados e isso provocou o acidente.

Então Matthew disse a verdade, ele não provocara o acidente por ter bebido ou avançado o sinal, alguém tentou matá-lo. Eu preciso encontrar ele antes que algo pior aconteça. Corro para o meu quarto e coloco um casaco grosso, a noite está fria e a névoa cobre a cidade.  Pego minhas chaves na sala e vou rumo a porta.

- Aonde pensa que vai essa hora?

- Preciso encontrar um amigo.

Matthew seria meu amigo?  Provavelmente não, mas minha mãe não iria me deixar sair se falasse que iria procurar um fantasma, provavelmente ela me internaria em um hospício.

- Mas está tarde e perigoso, além de estar muito frio.

- Mãe,  a senhora vive reclamando que não faço amigos e Blá Blá Blá, mas quando finalmente tenho um, não me deixa vê-lo.

- Tudo bem, mas não demore mais que uma hora e leve o celular, qualquer coisa me liga.

***

Estou andando a uns cinquenta minutos e nada de Matt, começo a pensar que o pior aconteceu, a noite está mais fria do que tinha pensado, me abraço ao casaco para aquecer minhas mãos. Ele não estava em lugar algum, pego meu celular e pesquiso o hospital que ele foi levado, demoraria umas meia hora até eu chegar lá, minha mãe vai me matar, mas preciso fazer isso.

***
Corro o mais rápido que posso, minhas pernas queimam e doem, a fachada brilhosa do hospital entra no meu campo de visão, paro um pouco e coloco as mãos no joelho, fumaça sai da minha boca quando respiro.

Dentro o hospital está vazio, poucos enfermeiros passam, mas antes de me preocupar em como irei encontrar Matt, eu o avisto sentado em um banco de madeira. - Graças a Deus.

Sento no banco e me certifico que não tem mais ninguém por perto.

- Matt?

- O que está fazendo aqui?

Ele me olha surpreso.

- Eu preciso falar com você, mas não pode ser aqui, não tenho muito tempo, vamos lá para casa e conversaremos melhor.

- Não.

Ele está ficando louco só pode.

- Olha Matt agora não é o melhor momento para - Pare ok?

Ele me corta e continua a falar.

- Se chegou minha hora eu aceito, fui um babaca com todo mundo a maior parte do tempo, se meu destino for ir para um lugar ruim tudo bem. Você e todo mundo estão certos, eu sou um idiota.

- Realmente você foi um idiota, mas isso não significa que não possa mudar, preciso te dizer algo muito importante, mas por favor venha comigo.

- Eu não tive coragem.

- Do que está falando?

- De entrar na sala aonde estou, não quero me vê em uma cama com aparelhos e tubos ligados a mim.

- Você não precisa fazer isso, apenas venha comigo e vamos descobrir um jeito de resolver tudo isso.

E ai quem será que provocou o acidente?  Muitas verdades serão reveladas, não percam os próximos capítulos, adicionem na biblioteca para serem avisados toda vez que o capítulo for lançado  <3 e se puderem votar na 🌟 e comentar 💬 eu ficaria muito feliz 😍😍😍😍.

  

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