Capítulo 11

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Tento pensar em qualquer explicação minimamente racional para dar, mas nada surge em minha mente.

- É eu.. eeu - Gaguejo.

- Dakota você precisar falar algo - Matt não tinha hora melhor para dar seus pitacos, era culpa dele eu estar nessa enrascada.

- E aí menina, fala logo o que estava fazendo nessa sala.

O policial está cada vez mais impaciente.

- Eu estava procurando o banheiro e acabei me perdendo.

Engulo seco enquanto ele me analisa.

- Só isso mesmo?

- E o que mais seria? - Digo com um pouco mais de confiança na voz.

- O banheiro está bem longe daqui, vamos eu te levo até lá.

Acompanho o policial, um som agudo quebra o silêncio e vejo que é o rádio que está preso em seu uniforme.

- Policial Marks na escuta?

- Sim, aqui é o Policial Marks pode falar.

- Um assalto está acontecendo no centro da cidade, precisamos de reforço.

- Copiado.

- Olha mocinha, o banheiro é logo ali, se eu lhe encontrar bisbilhotando de novo, algo muito ruim pode acontecer.

Suas palavras são serias e duras e me causam medo, finjo que vou entrar  no banheiro e quando ele some vou em direção a recepção. Quando encontro a saída e almejo respirar aliviada por não ter sido pega, alguém me chama.

- Hey senhorita?  Não vai fazer o Boletim? 

Lanço um sorriso amarelo para o recepcionista, Matt vai estar me devendo muito quando tudo isso acabar e tenho certeza que ele consegue enxergar isso na expressão do meu rosto.

- Eu preciso ir para casa, lembrei que deixei o fogo ligado, mas depois eu volto ok?

Me viro e nem deixo ele replicar, quando saio da delegacia o seu já está totalmente escuro e uma chuva fina caí, ótimo.

- Nossa que aventura.

Matt diz enquanto nos distaciamos do prédio, verifico se não tem ninguém por perto antes de soltar os cachorros nele.

- Você enlouqueceu? Eu poderia ter me dado muito mal.

- Aaa vamos lá Dakota, nunca fez nada de perigoso? Não sentiu a adrenalina correr em suas veias?

- Não senti porcaria nenhuma e nem nunca fiz nada perigoso.

Mas apesar do que respondi, eu podia sentir, era como se pequenas ondas de energia corressem por toda minha corrente sanguínea, nunca antes tive essa sensação.

- Mas me diz, conseguiu achar algo?

- Sim, pelo que parece havia duas pessoas no estacionamento da escola próximas ao seu carro um pouco antes do seu acidente.

- Ótimo e quem são?

- Isso o documento não diz.

Matt cerra os punhos e parece frustrado.

- Então fizemos tudo isso para nada?

- Olha Matt, eu não diria que foi para nada, agora com essa informação podemos descobrir quem foram essas pessoas. -Ele me olha confuso.

- Como?

- Podemos invadir a escola e olhar nas câmeras do estacionamento.

Um sorriso surge no canto de sua boca e de alguma forma faz com que surja uma sensação boa dentro de mim.

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