Capítulo 31

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Dakota narrando:

Corro o máximo que posso, o vento frio parece cortar meus poros, consigo ouvir o carro da Polícia, o som da sirene está cada vez mais perto, minhas pernas fraquejam, mas eu não posso parar.

Eu preciso encontrar Matthew, e eu nem sei aonde ele está, não vou deixar que desliguem seus aparelhos, Matthew é um idiota, mas eu o amo.

Um carro se aproxima e suas luzes ofuscam meu rosto, com os olhos semicerrados tento enxegar quem está no volante, meu coração erra uma batida.

- Pai?

Ele para o carro a poucos sentimetros do meu corpo imóvel. Se joga no outro banco para abrir a porta.

- Venha Dakota.

Por que ele não me chama de filha?

Sem pensar duas vezes entro no carro.

será que tudo isso é um sonho? Estou sonhando de novo?

- Não Dakota, isto é real.

Meus olhos quase saltam para fora. 

Ele pode ler meus pensamentos? Isto é impossível não?

- Não, não é.

Quando movimento minha boca para começar a falar ele me interrompe - Irei lhe explicar tudo depois, agora precisamos salvar seu amigo.

- Matthew?  Você sabe dele?

- Sim, e estive em seu sonho, mas não foi suficiente.

Agora tudo faz sentindo, na verdade nada faz sentindo.

- Dakota, você precisa saber que aconteça o que acontecer você não pode deixar o Matthew morrer, ele é parte de sua missão.

- Como assim minha missão?

O carro para em um lugar deserto, apenas uma casinha de madeira é  o que consigo ver na escuridão da noite, uma agonia se forma em meu peito, meu pai ou seja lá quem for, desce do carro.

- Você se tornou guardiã dele no momento em que aceitou cuidar de sua vida.

- Eu não aceitei nada.

- Você impediu que os espíritos imperfeitos o levasse, e eles estão furiosos com você, e irão tentar leva-lo a todo custo.

- Mas, os pais dele querem desligar os aparelhos.

Chegamos na pequena casa e ele acende uma lamparina na entrada, ao entrar noto tudo muito sujo e bagunçado. Ele parece procurar algo e fica tenso por não achar.

- Não, os espíritos agem de muitas formas, até mesmo convencendo os país sobre isso.

Cada vez mais me sinto confusa, ele entra no que parece ser a cozinha e acende a luz, sujeira está espalhada por todo canto.

- O que está procurando?  Talvez eu possa ajudar.

- É um amuleto pequeno em forma de filtro dos sonhos, ele vai nos ajudar.

Começo a vasculhar a casa quando derrepente as portas começam a tremer e as janelas abrem e fecham sozinhas, as luzes piscam.

- Eles estão aqui.

- Eles quem?

- Não se preocupe, enquanto a luz da lamparina estiver acessa lá fora eles não poderão entrar, vamos estamos ficando sem tempo.

Procuro por todos os lugares da casa, e não encontro nada. A porta da sala é jogada para longe, e quando vejo o que está acontecendo meu corpo todo enrijece, agora sei o que meu pai quis dizer, não são mais sombras, são criaturas horrorosas, minha voz parece ter sumido da minha boca.

- Achei. - Meu pai grita.

Ele pega o amuleto e mira nas criaturas, é quando uma luz intensa  faz com que elas se dissipem e tudo volta ao normal.

- Precisamos ir, estamos ficando sem tempo.

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