Juntos pelas diferenças

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Gravação.

- Então Rilany como é que é esta aqui numa casa de alguém que não é popular, em?- disse gravando a reação dela ao entrar no meu quarto.

- Nada mal- respondeu ela olhando em volta.

- Então vamos ensaiar?- falei ainda gravando ela.

- Tá então.

Gravação off.

Depois de algumas horas ensaiando, e ensaiando, nós fomos almoçar, e chegando lá, minha mãe fez um monte de comida e eu pensava que ela estava fazendo tudo aquilo por causa da Rilany, então eu disse:

-Nossa mãe para que tudo isso?- ela olhou para a minha mãe, e minha mãe se assustou.

- Como assim filho? Eu sempre faço isso, cozinho bastante.- eu vi o sarcasmo no rosto dela, e ela só queria mostrar para a Rilany que não somos assim tão pobres, e que sabemos cozinhar bem, nós comemos e eu vi Rilany comendo e resolvi fazer mais uma cena para o documentário.

Gravação

- Então Rilany, porque você quis se tornar a melhor atriz da escola? - ela olhou para mim, terminando de mastigar, engoliu.

- Bom... Eu só quero seguir os passos da minha mãe que morreu quando eu tinha apenas 8 anos de idade, e ela era atriz muito famosa fez dois filmes e eu queria muito que ela me visse de onde ela estiver e que tenha orgulho de mim.- ficou um silêncio tenso na mesa.- E o seu pai Braian?

Minha mãe levantou da mesa.

- Deixa eu arruma a mesa aqui, já que todo mundo terminou de comer- minha mãe foi para a cozinha, vi ela se apoiando na pia para chorar, pois era difícil lembrar do meu pai.

- Então... Meu pai morreu a menos de um mês, pois ele foi diagnosticado com câncer a uns dois anos atrás, e esse meses para cá ela estava com muita dores, até que um dia...- quando vi já estava chorando, e muito.- Até que um dia ele dormiu e nunca mais acordou- olhei para a Rilany e ela estava chorando, e nossas mãos estavam encostadas uma na outra, estava tão bom aquele momento, eu estava vendo que ela não é o que parece, uma patricinha mimada, nós estava chegando perto um do outro, nós fechamos nossos olhos, senti nossos narizes tocarem um no outro, eu estava vendo que nós íamos nos beijar, e eu não sei porque eu queria aquilo, senti sua respiração perto de mim, senti nossos lábios tocando um no outro, mas não como um beijo, quando nós estávamos preste a beijar, ela saiu dizendo:

- Então... Vou ajudar sua mãe- eu não sei o que tinha dado em mim, eu odiava ela, quer dizer, odeio, essa confusão tomou conta dos meus pensamentos.

Gravação off.

Rilany.

O que será que aconteceu lá, o que tinha dado em mim, agora estou aqui com a mãe de Braian e estou morrendo de vergonha, eu acho que ela viu toda a cena, eu tive certeza quando ela falou:

- E você e o Braian?- meu Deus, ela viu tudo, socorro.

- Ah, nós só estamos junto por causa da peça e do documentário- fiquei com medo de ela ficar brava de eu estar falando assim do filho dela.

- Não parecia lá na mesa- meu Deus, agora eu tenho certeza.

- Se viu?- ela deu um sorriso de lado.

-Vi sim- não sabia aonde a enfiar a cara.

-Eu não sei no que tinha dado em mim, estava emocionada com tudo aquilo que ele me tinha falado...- antes de eu terminar de falar ela me interrompeu.

- Está tudo bem, eu estou feliz, você está alegrando meu filho, olha para ele- nós duas se viramos, e olhamos para ele, ele estava com um sorriso de lado bem fofo- Eu estou feliz de você ter entrado na vida dele- achei muito legal dela falar assim comigo, ela lembra um pouco minha mãe, gostei de vim aqui.

Braian.

Eu estava lá arrumando a mesa, via Rilany e minha mãe conversando, estava aqui pensando, no que elas estão falando, pode ser bom para elas, e ruim para mim.

Rilany chegou em mim.

- Braian, vamos ao shopping.- eu olhei para cara dela.

- E quem disse que eu quero ver você escolhendo roupinha?- ela fez uma cara de que estava de saco cheio.

- Da para de falar assim, vamos ao shopping comprar roupa para você, se acha que eu só penso em mim? E você pode ir gravando o passeio todo.-fiquei com muita vergonha de ter dito aquilo.

***

Chegando ao shopping, liguei a câmera para começar a gravar.

Gravação.

-Então Rilany, como é esta ajudando uma pessoa como eu?- ela olhou para mim.

- É coisa que sempre faço.

Gravação off.

Ela me levou para cada loja, de roupa, de sapato, até de celular, tivemos que chamar o motorista dela, ele levou nós para a casa dela, eu acho que só o quintal dela era o tamanho da minha casa, a sala é enorme, nós estávamos levando as compras para o quarto dela, eu vi a cara do motorista, e ele estava surpreso com o que a Rilany estava fazendo, peguei a câmera e perguntei.

- Motorista da Rilany, por que você está surpreso?- o motorista olhou com uma cara de dúvida para câmera.

- É para o documentário da escola- disse tirando a duvida dele.

- Bom... Eu estou surpreso porque ela nunca ajuda a levar as compras.

Nós subimos para o quarto dela, gravei o quarto dela inteiro, até que veio em minha cabeça o que tinha acontecido lá na minha casa, então parei de gravar.

- Então Rilany, o que você e minha mãe estava conversando?- ela olhou para mim com uma cara tipo ''você quer mesmo saber?'', ai ela viu que eu queria mesmo.

- Ela tinha visto nós, sabe?- fiquei surpreso, e ao mesmo tempo com medo.

- Sério? E o que ela disse?- ela parecia que estava tentando lembrar, eu sentei do lado dela.

- Bom... ela disse que estava feliz de eu ter entrado na sua vida.

-Também to.- que Braian? Você está louco, mas ela tinha dado um sorriso de canto.

-Desculpa Braian.

-Por que?-ela levantou, pegou um álbum de fotos, ela me mostrou uma foto.

-Me desculpe por te tratar tão mal, você que foi aquele garoto, que eu fiquei com medo de dar o meu primeiro beijo, e mesmo assim falou para todo que nós nos beijamos, nesse dia aqui lembra?- ela estava chorando, meu corpo não estava sobre meu controle, fui chegando bem perto, e vi que ela também queria o que estava pensando, assim que nossos narizes tocaram, ela fechou os olhos, de novo aquela cena, nossos narizes tocados, senti nossos lábios também tocados, e desta vez aconteceu um beijo, foi um dos melhores beijos que eu tinha dado, nossas línguas ''Sambando'', ficamos lá por uns três minutos, ela se separou.

- Braian, eu amo meu namorado.

-Tem razão, vou embora. Obrigado pelas coisas- falei me levantando, e pegando as coisas.

- Tudo bem, vou pedir para o Mufred te leva na viagem- acenei com a cabeça positivo, fui a viagem toda pensando no que tinha dado em mim, cheguei em casa, e minha mãe disse:

- E então, como foi lá no shopping.

-Vê ai- falei jogando as compras no sofá.

- Que foi, filho?

-Nada, só quero pensar um pouco- entrei no meu quarto e fiquei trancado lá durante horas, só sai para comer, meus pensamentos tomaram conta de mim, até que eu acabei dormindo.